Herschel revela a matéria tecendo filamentos cósmicos na Via Láctea

http://www.esa.int/spaceinimages/Images/2015/05/Herschel_s_view_of_G49

Visão da G49 pelo Herschel

Estas novas três imagens de estruturas filamentares gigantes de gás e poeira foram capturadas pelo observatório Herschel da ESA. Estas notáveis imagens revelam como a matéria ordinária se distribui através da nossa galáxia, a Via Láctea.

Fios longos e frágeis emergem de uma mistura de material entrelaçado, originando formas complexas enquanto o gás e a poeira inclusos se tornam mais densos e mais frios. Duas das estruturas até exibem uma ‘cabeça’, ou seja, um grupo mais brilhante da matéria na ponta do fino fio.

Contendo massas de milhares a várias dezenas de milhares de vezes a do nosso Sol, estes estão entre os filamentos mais destacáveis já observados na Via Láctea. Mais longos que 100 anos-luz, os filamentos têm no máximo 10 anos-luz de largura, reproduzindo nestas escalas muito grandes a distribuição filamentar de matéria que Herschel observou em detalhe em regiões de formação de estrelas próximas na Via Láctea.

http://www.esa.int/spaceinimages/Images/2015/05/Herschel_s_view_of_G64

G64

A poeira é apenas um ingrediente menor nesta mistura cósmica, que brilha nos comprimentos de onda do infravermelho distante e comprimentos de onda no submilímetro sondados por Herschel. Isto permitiu aos astrônomos revelarem pela primeira vez as porções mais frias e mais densas neste emaranhado, visíveis em vermelho e amarelo nestas imagens em cores falsas.

Os filamentos são pontilhados com aglomerados brilhantes de matéria, estes são incubadoras cósmicas, onde as sementes de novas gerações de estrelas estão a tomar forma. O brilho azul e violeta das manchas difusas que embelezam os filamentos revela casulos de material mais aquecido, incendiados pela poderosa radiação liberada por estrelas recém-nascidas ainda incorporadas dentro dos casulos.

Antes das observações do Herschel, apenas dois filamentos gigantes como estes eram conhecidos. Agora os astrônomos utilizaram dados do observatório espacial para descobrir vários novos filamentos que teceram seus caminhos através dos braços espirais da Via Láctea. Os cientistas sugerem que estas são as primeiras estruturas a se formar quando a matéria interestelar começa a se agrupar, eventualmente levando à formação de estrelas.

http://www.esa.int/spaceinimages/Images/2015/05/Herschel_s_view_of_G47

G47

Clique aqui saber mais sobre filamentos estudados pelo Herschel

Fonte

ESA: Threading the Milky Way

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