Não é como dizem… sobre Astronomia

Uma série de imagens para tentar diminuir a enorme quantidade de conceitos errados em Astronomia, que são facilmente encontrados (o mesmo já foi feito para biologia, aqui).

Se não houvesse gravidade, o que manteria os planetas em órbita ao redor de suas estrelas?

Se não houvesse gravidade, o que manteria os planetas em órbita ao redor de suas estrelas?

Você pode experimentar um efeito semelhante num avião fazendo uma trajetória aproximadamente parabólica.

Você pode experimentar um efeito semelhante num avião fazendo uma trajetória aproximadamente parabólica.

A não ser pelo disco do Pink Floyd, não existe um dark side of the moon.

A não ser pelo disco do Pink Floyd, não existe um dark side of the moon.

Além disso, a diferença entre o afélio e o periélio não é tão grande assim.

Além disso, a diferença entre o afélio (ponto da órbita mais afastado do Sol) e o periélio (ponto da órbita mais próximo do Sol) não é tão grande assim.

Esse fenômeno é descrito incorretamente em praticamente todo filme ou animação.

Esse fenômeno é descrito incorretamente em praticamente todo filme ou animação.

Você não vai conseguir vê-los com seu telescópio de plástico comprado em loja de departamentos, mas eles existem.

Você não vai conseguir vê-los com seu telescópio de plástico comprado em loja de departamentos, mas eles existem.

11 comentários

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    • Areli Nogueira Jr. on 03/01/2016 at 01:28
    • Responder

    A diferença entre afélio e periélio não influencia de sobremaneira na temperatura da Terra?

    1. Não.

      Imagine que você tem uma lâmpada a 1 metro de si. Sente o calor, certo?
      Agora coloque-a 5 centímetros mais longe. Sente diferença? 😉

      abraços!

    • Manel Rosa Martins on 28/12/2015 at 00:33
    • Responder

    Há uma afirmação no primeiro diagrama bastante errada. A que diz que há Gravidade em qualquer local do Universo.

    Gravidade é a resultante da Força Gravítica ou Gravitação no Planeta Terra.

    E há pontos de equilíbrio com gravitação zero:

    – Os baricentros dos sistemas planetários e estrelares, que podem ser no interior dos astros que interagem pela gravitação ou no seu exterior.

    -Os Pontos “L, ou de Lagrange, estando alguns até em equilíbrio térmico, onde alguns telescópios espaciais beneficiam dessa estabilidade adicional.

    -Para lá da ergoesfera do Buracos Negros não podemos afirmar que haja Gravitação, apensa podemos dizer que desconhecemos as Leis Da Física que regem esse regime onde o tecido do espaço-tempo foi “rasgado” pela Gravitação.

    – No todo do Universo (mas não localmente) a Energia-escura tem quase 3 vezes a intensidade das componentes que proporcionalmente multiplicam o produto das massas (matéria-normal e matéria-escura).

    É portanto uma afirmação destemperada e que se deve ter o cuidado de evitar.
    —-

    Está excelente a desmistificação de que não há força Gravítica na ISS, mas como esta não está na Terra de novo não é Gravidade. Gravidade é apenas uma resultante, não é uma força, a força é a Gravitação ou Força Gravítica.

    —-

    Boas Festas

  1. Só não entendi a última imagem que no caso não deveria ter corrigida. A imagem não está errada, pois diz que os 4 planetas gasosos tem anéis, que, porém mais finos.

    1. Lucas,

      Os 4 planetas gigantes têm aneis. Normalmente, as pessoas pensam que é só Saturno, mas é uma ideia errada. Daí a imagem corrigir essa ideia errada.

      abraços

        • Bruno on 21/12/2015 at 10:59

        A ideia errada não é das pessoas, é das inúmeras representações em que só saturno tem os anéis representados. Talvez se devesse começar por corrigir as ilustrações…

        https://www.google.pt/search?q=solar+system&espv=2&biw=1455&bih=849&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjn25qD2OzJAhXDXRoKHSCkDFcQ_AUIBigB#tbm=isch&q=solar+system+scale

    • Leandro Salles Nogueira on 21/12/2015 at 03:04
    • Responder

    Proponho ir além.
    Quem poderia explicar (corretamente, é claro) o que é o fenômeno de aberração? Esse parece ser um fenômeno sem qualquer importância, mesmo em Astronomia! Ou estou enganado?
    Repensar sobre isso é o principal caminho para a Física avançar!

    Conteste a afirmação acima; mas antes, quem tiver interesse, pode ler o que vem a seguir, que corresponde a não mais que duas páginas.

    Eu posso propor a realização de dois experimentos sobre aberração da luz?
    Afirmo ser possível calcular a velocidade de um local da Terra a partir da medição da aberração de uma fonte de luz (própria da Terra) utilizando o seguinte modo de calcular a aberração e o fator que (diferentemente do fator de Lorentz) admite a existência do fenômeno de aberração da luz:
    Gama’ = 1/√(c^2 / v^2 -1)
    A = L * gama’
    v =(A × c) / √(A^2 + L^2 )
    Observação: “v” não é a mesma coisa que “v” do fator de Lorentz! É a soma vetorial total das velocidades de determinado local da terra. É possível, também, medir o ângulo de aberração que substitui o valor de “A” em outra expressão.
    Caso a proposta seja aceita, peço autorização para o envio de anexos, contendo a teoria que fundamenta a dedução do fator alternativo (que admite o fenômeno de aberração da luz) e a descrição detalhada do método de medição.
    Aproveito a oportunidade para comentar o seguinte:
    Existe uma importante referencia bibliográfica (básica) para muitos cursos de graduação em Física, aqui no Brasil, que não aborda o fenômeno de aberração da luz. Em: “Fundamentos de Física – Halliday, Resnic e Walker, 9 ed., 2012” é assim. Isso é muito grave!
    Peço desculpas, mas o fenômeno de aberração da luz não foi corretamente interpretado e não está sendo adequadamente discutido entre os Físicos. Parece que o fenômeno de aberração é considerado de importância menos do que secundária. Em: “HINDLER, W. Introduction to special relativity. New York, Oxford University Press, 1982. 185p”, entre outros, os autores não colocam a fonte nos esquemas. Ou seja, estes autores se esquivam de enfrentar a questão do que acontece com a fonte!
    Fiz um experimento que demonstra ou sugere, que a atmosfera da terra arrasta a luz e, por esse motivo, não há aberração com a luz se propagando na atmosfera da Terra. Portanto, é possível detectar aberração sobre um laser que propaga no vácuo ou no espaço “vazio” (primeiro experimento). Também é possível construir um tipo especial de esfera integradora (a “vácuo”), que passo a chamar de “Esfera Referencial” (é o segundo experimento e corresponde a um ajuste na velha proposta de Fizeau), capaz de medir a velocidade total do local em que se encontra.
    Em outras palavras: não é o braço do interferômetro que ficou mais curto, é a atmosfera da Terra que arrasta a luz! Tão pouco é o fato da fonte de luz ser própria da Terra. A principal razão (entre outras, conforme descrevo na nova proposta) pela qual os experimentos do passado apresentaram resultados negativos é o fato de não haver aberração com a luz a se propagar na atmosfera da Terra.
    Sendo assim, o fator de Lorentz pode ser considerado “simplório” ou insuficiente para uma descrição mais abrangente da natureza. Só pode ser aplicado quando não há aberração. Além disso, sua interpretação não esta correta. Mas está feito como está (o “trenzinho relativístico” arrastando a direção de propagação da luz e admitindo a existência de um referencial “PRIVILEGIADO”, que arrasta a direção da luz, e outro “COITADINHO”, que fica olhando: Oh!) por não haver aberração. Eles sabiam disso, portanto. Não sei se discutiram isso; na história que li o autor não entra nesse detalhe. Mas, não tenho dúvidas, de que se deve discutir isso, prioritariamente. Isso é, possivelmente, uma das origens das dificuldades com a simetria de Lorentz.
    A natureza se mostra muito mais complicada do que imaginamos. Devemos considerar, na construção de uma mecânica mais abrangente, o fenômeno de aberração da luz e as situações de transição nas quais a luz (sinal eletromagnético que carrega a informação) passa de um meio sem aberração para outro no qual há aberração. Outro aspecto muito importante a considerar é o entrelaçamento entre “Aberração” e “Efeito Doppler”. O que acontece com os fótons no meio de um plasma (em altas rotações e turbulências) deve ser uma loucura, imagino.
    Simplificadamente (sem as equações), o que proponho para a interpretação do comportamento da luz com relação aos movimentos da fonte e do receptor implica em coisas assim:
    • Aberração da posição.
    • Aberração do tempo (efeitos ilusórios).
    • Aberração dos comprimentos.
    • O que se vê e o que se mede não dependem do ponto de vista (tipo de fenômeno e valor das grandezas medidas), pois o referencial é a própria onda eletromagnética.
    • Talvez os neutrinos possam ser utilizados como referencial mais interessante para a construção de uma mecânica mais simples e mais abrangente, por não interagirem muito com a matéria (ao contrário das “oems”), mesmo considerando todas as dificuldades relacionadas à sua detecção.
    A equação da energia cinética relativística precisa ser rediscutida (o referencial deve ser a própria “oem” com sua direção e valor de “c”), mas paro por aqui, sabendo que há muitas implicações disso (além da equação da energia total) e dizendo apenas que a velocidade calculada a partir do método proposto deve ser compatível com:
    http://arxiv.org/pdf/astro-ph/9609034.pdf
    V = 368 km / s (L = 264,31º ; b = 48,05º) de 1996, em:
    O CMB dipolo – A mais recente medição e alguma história – Charles H. Lineweaver
    Cordialmente, agradeço sua atenção.
    LSN

    1. Leandro,

      Sabe que isto é um blog e não uma publicação científica como a Nature ou a Science, certo?

      http://www.astropt.org/2015/08/10/faca-o-favor-de-nos-enganar/
      http://www.astropt.org/2015/01/03/quadrantidas-2015/

      abraços

        • Leandro Salles Nogueira on 25/12/2015 at 16:11

        Oi Professor,
        Boas Festas a toda família do AstroPT.
        Desculpe-me. A falta de chuvas aqui está causando alguns transtornos.
        O AstroPT é muito mais do que um blog. É o melhor blog e com essas vitórias sucessivas vai entrar para a História.
        O Professor Geraldo Furtado está de parabéns pela matéria, muito oportuna.
        Até bem pouco tempo eu também acreditava que a gravidade só existiria até pouco além da nossa atmosfera! Foram algumas matérias que li, aqui no AstroPT, o caminho para a superação disso entre outras coisas.

        A intenção, é claro, não é esperar que o blog possa realizar o experimento; mas eu gostaria muito de contar com seu prestígio e sua orientação no sentido de conseguir convencer alguém ou alguma instituição de pesquisa a apreciar a proposta. Entendo que talvez o debate sobre isso, via AstroPT, possa resultar em alguns transtornos e, sendo assim, é melhor ignorar. O Senhor tem autonomia sobre isso, é claro. Dois interlocutores com os quais conversei aqui no BR me alertaram sobre as dificuldades de abordagem sobre esse assunto e um deles me disse que será muito difícil (não impossível) encontrar um orientador para meu curso de pós-graduação, que desejo fazer. Minha formação é na área de engenharia, o que gera uma dificuldade a mais e, sem atropelar etapas, vai demorar demais até que eu consiga realizar o experimento.
        Como resultado de algumas abordagens, no Brasil, ocorreram esses casos: recebi autorização para o envio do material, enviei e não mais obtive resposta; não houve manifestação alguma (talvez a pessoa não tenha visto ou fez de conta que não viu); a manifestação foi na forma de piadinhas; etc. Essas reações são compreensíveis ao considerar o desconforto envolvido nisso (não deveria ser assim – não é religião é Ciência), e eu já havia sido alertado sobre isso; portanto, encaro com naturalidade.
        Hoje temos essas facilidades de interação e devemos ser muito gratos a iniciativas como essas do AstroPT. Admiro o esforço que o Senhor faz para responder a tempo e com atenção a todos que acompanham o blog.
        Naquela época, eles não podiam contar com isso; portanto, procuro lidar com todo respeito sobre o que já foi construído.
        Mais sucesso e reconhecimento para 2016.
        Att.

      1. Leandro, pelo que percebi agora da sua mensagem, o Leandro tomou a atitude certa inicialmente: será em departamentos universitários (no Brasil, já que se encontra aí) que deverá encontrar o orientador que necessita 😉 abraços!

    • Nuno José Almeida on 21/12/2015 at 01:28
    • Responder

    No meu entender “dark side of the moon” nunca foi pensado como sendo literalmente lado escuro mas lado obscuro ou seja escondido.

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