ExoMars a caminho de Marte

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A sonda ExoMars 2016 partiu hoje de Baikonur, no Cazaquistão, às 9:31 GMT, a bordo de um foguetão Proton-M.
Após uma viagem de 7 meses, deverá chegar ao planeta vermelho em Outubro de 2016.

Esta missão consiste de uma orbitadora e de um módulo de aterragem.

A sonda Trace Gas Orbiter ficará a orbitar o planeta e irá estudar a atmosfera de Marte, sobretudo em termos de metano, vapor de água, dióxido de carbono, acetileno, óxidos de azoto/nitrogénio, etc. O objetivo será tentar quantificar a origem e as mudanças destes gases, de modo a saber se existe alguma atividade biológica em Marte (na verdade, serão evidências indiretas dessa atividade).
A origem do metano em Marte ainda hoje é controversa: será origem geológica ou biológica? Espera-se que a Trace Gas Orbiter ajude a clarificar esta questão.

O módulo de pouso denomina-se Schiaparelli e terá a função de preparar a chegada de um rover. Este módulo desprender-se-à da sonda principal, 3 dias antes da chegada a Marte. Se tudo correr como previsto, o módulo ficará em Meridiani Planum, perto do equador marciano.

Por fim, realço que a ExoMars é na verdade constituída por duas fases.
Esta é só a primeira fase.
Na segunda fase, com lançamento previsto para 2018, um rover será lançado para Marte. Apesar de já haver rovers da NASA em Marte, desta vez será uma missão conjunta da ESA (Agência Espacial Europeia) e da RosCosmos (Agência Espacial Russa) a colocar rovers em Marte. Este rover, a ser lançado em 2018, terá capacidade para analisar o solo marciano até uma profundidade de 2 metros.

Uma missão subsequente, após as 2 fases da ExoMars, será enviar um módulo de pouso que traga amostras de solo para serem analisados nos laboratórios terrestres.

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O objetivo principal desta missão ExoMars em duas fases é procurar exobiologia: evidências de vida atual ou passada no planeta Marte.

4 comentários

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  1. Drº Carlos, ainda sobre pouso em sítios mais complicados.

    Qual o diâmetro da Cratera Gale que o Curiosity pousou e qual o diâmetro do topo do monte Olympus? Só para ter uma idéia da dificuldade que seria colocar um robô lá em cima.

    Desculpe se a pergunta parece boba, mas eu fico imaginando novos lugares para exploração, como por exemplo a cratera Occator em Ceres, seria um pouso diferencial.

    Abraços…

    1. A cratera Gale tem 154 km de diâmetro.

      O Monte Olympus tem, parece-me, 85 km de diâmetro no topo, onde existe a caldeira (constituída por várias “crateras de colapso”).
      https://pt.wikipedia.org/wiki/Caldeira_vulc%C3%A2nica
      http://www.britannica.com/place/Olympus-Mons

      Todos os locais são potenciais locais de pouso.
      O problema no topo do Olympus é que existem várias pequenas crateras (logo, torna-se mais difícil pousar) e não tem aquilo que se procura em Marte: água 😉

      abraços!

  2. De novo , pousando em Meridiani Planum !!!!

    Meu Deus do céu, vamos mudar a região pessoal, mando logo uma sonda dentro da Valles Marines para ver se encontra alguma novidade lá dentro, ou pousa no topo do Olympus Mons para analisar quem sabe a temperatura lá em cima, ou pressão atmosférica, quem sabe o solo lá em cima seja muito diferente, chega de tanto óxido de ferro no solo…..

    Abraços…

    1. As dificuldades de pouso num sítio ou noutro são bastante diferentes.

      Tendo em conta as tentativas falhadas anteriores, a estratégia mais inteligente é tentar num sítio mais fácil para pousar 😉

      abraços

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