Supernovas relativamente perto do Sistema Solar fizeram chover detritos radioativos sobre a Terra

Ilustração Artística de uma supernova. Crédito: Greg Stewart, SLAC National Accelerator Lab

Ilustração Artística de uma supernova.
Crédito: Greg Stewart, SLAC National Accelerator Lab

Uma equipa internacional de cientistas encontrou evidências de que uma série de poderosas supernovas (explosões estelares, colapso do núcleo) perto do sistema solar ocorreram há somente 2-3 milhões de anos, o que fez com que “chovessem” detritos/poeira radioactivos na Terra.

Isto levou a mudanças na temperatura terrestre, arrefecendo o planeta, terminando a era do Plioceno e começando a do Pleistoceno. Consequentemente, também existiram mudanças na fauna da Terra.

As evidências centram-se na análise de partículas de ferro-60 encontradas a cinco quilómetros de profundidade na crosta terrestre e em amostras recolhidas dos sedimentos dos leitos dos Oceanos Atlântico, Pacífico e Índico.
O ferro-60 é um isótopo radioativo que é produzido quando a estrela está em fase terminal e expele ferro e outros elementos juntamente com raios cósmicos.
O facto deste isótopo estar distribuído virtualmente por todo o planeta, leva os cientistas a pensar que não se deve a um impacto isolado, mas sim a uma série de supernovas.

Os raios cósmicos também podem ter levado a um aumento da quantidade de nuvens na atmosfera terrestre, provocando uma descida da temperatura no planeta.

As supernovas deram-se a menos de 300 anos-luz de distância da Terra, possivelmente num enxame estelar que entretanto se moveu para mais longe da Terra.
Isto é suficientemente perto para terem sido bem visíveis durante o dia.
No entanto, é suficientemente longe para não terem causado danos biológicos ou desencadeado extinções em massa.

Uma das supernovas deverá ter ocorrido há 8 milhões de anos e parece ter levado a mudanças globais na fauna durante a era do Mioceno tardio.

Leiam o comunicado de imprensa e o artigo científico.

3 comentários

  1. Notícia bem duvidosa do ponto de vista técnico.

    1. Como a “notícia” é quase uma tradução do comunicado de imprensa dos cientistas… então o que o Regis está a dizer é que os investigadores sabem pouco do nível técnico (pelo menos, comparando com o Regis)… é isso?

        • José Sergio on 15/04/2016 at 23:09

        Matéria tá na Nature e o cara fala em “duvidosa”? Esse manja muuuuuuuito de publicação científica….

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