A Superfície da Lua

Terrea e Marea. Crédito: Jerzy Łągiewka.

Ao contemplarmos a beleza do nosso satélite natural, por vezes associamos imagens relacionadas com as partes claras e escuras que observamos. Dito de outra forma, existem dois tipos principais de terreno na Lua:

1. os terrea: zonas claras, altas, antigas (~4 mil milhões de anos) e cheias de crateras; e

2. os marea: zonas mais escuras e recentes (de ~3.5 mil milhões de anos a mil milhões de anos), planos e com poucas crateras.

Os marea ocupam 16% da superfície lunar e terão resultado de grandes impactos na superfície da Lua, os quais originaram enormes crateras que foram depois preenchidas com lava. A razão porque tais impactos levaram à formação de marea apenas no lado da Lua virado para a Terra poderá ter a ver com o facto do lado oposto possuir uma crusta consideravelmente mais espessa.

Mare Nactaris, Mts. Pyrenaeus & Fracastorius. Crédito: Jerzy Łągiewka.

Em alternativa, há quem sugira que os marea poderão ter sido originados pelo impacto que produziu a cratera de South Pole-Aitken, a maior cratera de impacto na Lua (e no Sistema Solar), com 2250 km de diâmetro e 12 km de profundidade, o qual também explicaria o porquê da não coincidência dos centros de massa e geométrico da Lua, e o facto dos marea se encontrarem no local da Lua oposto àquele onde se encontra a cratera South Pole-Aitken (e no lado da Lua virado para a Terra).

 

Existe gelo de água em algumas crateras profundas nas zonas polares da Lua, permanentemente na sombra e cujas temperaturas rondam os -250 graus C, detectado pela primeira vez pela sonda Clementine (1995) e depois confirmado pelas sonda Lunar Prospector (1998) e LRO/LCROSS (2009).

 

Na fotografia seguinte aplicou-se um filtro IR e obteve-se uma lua colorida que depois foi saturada para melhor visualização da sua composição química à superfície.

As tonalidades azuis revelam áreas ricas em ilmenita, que contém ferro, titânio e oxigénio, enquanto as cores laranja e roxa mostram regiões relativamente pobres em titânio e ferro.

Lua mineral. Crédito: Menezes FO.

Plataforma “O Universo em Fotografia”.

2 comentários

  1. Muito show de bola

    1. Valeu Fernando. As tuas fotos do Sol são magníficas (http://www.astropt.org/2016/07/12/o-sol-em-h-alfa/) 🙂

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