Crateras em Ceres podem acumular gelo

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É bastante comum existirem muitas crateras na superfície de vários corpos do sistema solar, como a Lua ou Mercúrio.

Esses corpos repletos de crateras possuem determinadas regiões que estão permanentemente na sombra. Essas regiões, normalmente crateras, são locais onde se pode encontrar alguma acumulação de gelo.

Em Ceres isso não é diferente. Os cientistas identificaram regiões no planeta anão que estão permanentemente nas sombras. Essas regiões podem conter depósitos de gelo.

Ceres tem as condições ideais para isso, ele é frio o bastante e possui massa suficiente para manter as moléculas de água na sua superfície.

Essas regiões que ficam permanentemente na sombra não recebem luz, e por isso a temperatura ali é extremamente baixa (cerca de -151 graus Celsius). Esses locais são excelentes para acumular de água e ela permanecer estável. Essas regiões haviam sido previstas em Ceres, mas até agora nunca haviam sido identificadas.

Os pesquisadores encontraram em Ceres, dezenas de regiões que ficam constantemente na sombra. A maior delas é uma cratera de 16 km de diâmetro, localizada a 65 km do polo norte de Ceres.

Juntas, todas as regiões mapeadas ocupam 1800 quilômetros quadrados. Isso equivale a menos de 1% da área de superfície do hemisfério norte do planeta anão.

Como Ceres está bem mais distante do Sol do que Mercúrio e do que a Lua, existe uma mudança nas regiões sombreadas, elas ocorrem também um pouco distante do polo. Os cientistas disseram que a situação em Ceres é mais parecida com a de Mercúrio: as regiões são aproximadamente do mesmo tamanho e a área é comparável.

De acordo com os cálculos: 1 em cada 1000 moléculas de água em Ceres terminarão nessas armadilhas geladas, durante um ano de Ceres, 1682 dias. Isso é o suficiente para gerar finos depósitos de gelo, porém detectáveis em 100000 anos.

Ceres, devido à sua natureza, pode ter formado depósitos com um reservatório de água maior do que Mercúrio e Lua. Algumas observações indicam que Ceres pode ser um mundo rico em voláteis, independente de fontes externas.

Essa pesquisa é muito importante pois pode ajudar a entender de onde veio a água que existe hoje na Terra e em outros corpos do Sistema Solar, e assim ajudar a entender a evolução do nosso Sistema Solar.

Fontes: NASA, Artigo Cientifico

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