DSCOVR captura Lua passando na frente da Terra

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Somente pela segunda vez em um ano, a câmera da NASA a bordo do satélite Deep Space Climate Observatory (DSCOVR) capturou o nosso satélite natural, a Lua, passando à frente da Terra.

“Pela segunda vez na vida do DSCOVR, a Lua passou entre a sonda e a Terra”, disse Adam Szabo, cientista de projeto do DSCOVR no Goddard space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland. “O projeto registou o evento no dia 5 de Julho de 2016 com a mesma cadência e resolução espacial do primeiro registo ocorrido em 2015”.

As imagens foram capturadas pela Earth Polychromatic Imaging Camera, ou EPIC, da NASA, uma câmera CCD de 4 megapixel e telescópio no satélite DSCOVR, que orbita a Terra a uma distância de 1.5 milhão de quilômetros. Dessa posição, entre a Terra e o Sol, o DSCOVR conduz sua missão primária que é a de monitoramento em tempo real do vento solar, para o National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA).

A câmera EPIC mantém uma visão constante da Terra, totalmente iluminada, enquanto ela gira, fornecendo assim observações científicas do ozono, da vegetação, da cobertura de nuvens e da quantidade de aerossóis na atmosfera. A câmera EPIC está fornecendo uma série de imagens da Terra que permitem estudar as variações diárias em todo o globo.

Essas imagens foram feitas entre 00:50 e 4:18, do dia 5 de Julho de 2016, hora de Brasília, mostrando a Lua movendo-se sobre os oceanos Índico e Pacífico. O Polo Norte está na parte superior das imagens.

O DSCOVR está numa órbita ao redor do primeiro Ponto de Lagrange do conjunto Terra-Sol (onde a força gravitacional da Terra é igual e em direção oposta à do Sol), numa complexa trajetória não recorrente que muda de uma elipse para uma circunferência e vice-versa, trajetória essa chamada de Órbita de Lissajous. Isso mantém a nave entre 4 e 12 graus do plano Sol-Terra. Essa órbita intercepta a órbita lunar cerca de 4 vezes por ano. Porém, dependendo da fase orbital relativa da Lua e do DSCOVR, a Lua aparece entre a sonda e a Terra uma ou duas vezes por ano.

A última vez que a câmera EPIC capturou esse evento foi entre 16:50 e 20:45, do dia 16 de Julho de 2015, hora de Brasília.

As imagens em cor natural da Terra são geradas pela combinação de três exposições separadas monocromáticas feitas pela câmera numa rápida sucessão. A EPIC faz uma série de 10 imagens usando diferentes filtros espectrais, do ultravioleta até ao infravermelho, para produzir uma grande variedade de produtos científicos. Os canais vermelho, verde e azul são usados nessas imagens coloridas.

Combinando essas três imagens, feitas com 30 segundos de separação à medida que a Lua se move, é possível ver um leve artefacto da câmera no lado direito do satélite. Pelo fato da Lua estar se movendo em relação a Terra entre a primeira exposição (vermelho) e a última (verde), um fino deslocamento em verde aparece no lado direito da Lua, quando as exposições são combinadas. Esse movimento lunar natural também produz um leve afastamento para o vermelho e para o azul no lado esquerdo da Lua nas imagens não alteradas.

Fonte: NASA

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