Nibirénix: O Renascimento do Nibiru

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Eu quero acreditar que neste momento as pessoas riem deste tipo de assuntos. Mas o certo é que continuam a aparecer e a ter seguidores.
O Nibiru vem… e agora é mesmo mesmo mesmo mesmo mesmo mesmo mesmo a sério! E sabem porquê? Porque da outra vez era apenas mesmo mesmo mesmo mesmo mesmo mesmo e nada aconteceu.
Desta vez vai ser a 29 de Setembro de 2016. E eu que já passei por tantos… só este ano foram uns 3. O pior é que muitas das vezes a data já passou, quando fico a saber que podia ter sido o meu último dia. É frustrante! Eu tenho coisas combinadas! Eu trabalho! Tenho família! Estas coisas são para se combinar com antecedência. Mas, felizmente considero-me sortudo pois escapei a todos os fins-do-mundo ate agora.

O que está a acontecer, para escrever sobre isto novamente?
É que o Nibiru, Hercólubus, Planeta X e outros nomes, renasceu das cinzas tal como Fénix!
Podia ter dado o nome de Fénirú, mas preferi o Nibirénix para não ter tanta piada.
Podemos ver pela imagem que até tem asas e é de fogo, dependendo das manipulações que são feitas (a imagem é de uma estrela T Tauri com o código RNO 54 e que no Catálogo de Tycho é chamada de TYC 1861-1988-1).

Segundo ouvi, esta ideia vem do povo Sumério que dizia que o planeta passaria pela Terra a cada 3600 anos. Contudo, não há relatos históricos de que tivesse passado por cá na época em que a civilização Suméria estava presente.

Há 4 anos (em 2012), visualizei vídeos no YouTube com supostos avistamentos do imaginado planeta que não eram mais do que montagens muito mal feitas.
Hoje, podemos vez exactamente as mesmas montagens, igualmente mal feitas, apesar de estarmos 4 anos mais à frente.

Se quero saber se alguma coisa, perto de nós, anda a ameaçar-nos, preciso recorrer a especialistas, certo?
Então vamos a isso:

O programa NEO não encontrou qualquer objecto gigante em rota de colisão. “Mas o NEO está manipulado pelo Governo dos EUA!”, dizem.

Então vamos a organismos e governos diferentes, por exemplo, os russos. Aliás, vamos ver o que dizem as 20 agências espaciais espalhadas pelo mundo e, ainda, centenas de astrónomos amadores: Ninguém confirmou a existência desse planeta próximo a nós. Ninguém com conhecimento para olhar o céu e que tenha equipamento verificou esse objecto. Mas ele foi visto por pessoas sem equipamento e sem conhecimento. Estaremos perante um milagre selectivo de pessoas demasiado crentes em teorias demasiado voláteis? Sim!

“Mas foi descoberto um planeta! É esse mesmo!!”

Como diz este nosso post:

“Os astrónomos estudaram distúrbios gravitacionais nas órbitas de 13 objectos da Cintura de Kuiper (incluindo planetas-anões).

Através de modelos matemáticos e simulações por computador, tendo em conta as perturbações na órbita de 6 dos 13 objectos da Cintura de Kuiper, previram a existência de um planeta no sistema solar exterior a provocar essas influências gravitacionais.
A existência desse planeta também explicaria a inclinação do eixo de rotação desses 6 objectos (inclinações similares, na mesma direcção), assim como os seus planos orbitais similares e o facto das suas órbitas se cruzarem nos periélios.
Adicionalmente, também explicaria a órbita tão alongada de Sedna.
E por fim, também explicaria as órbitas perpendiculares (em relação ao plano dos planetas) de alguns objectos da Cintura de Kuiper.

O hipotético planeta deverá ter 10 vezes mais massa que a Terra e deverá ser cerca de 3 vezes maior que a Terra.
Deverá ser um planeta gasoso e gelado, do género de Neptuno, provavelmente com uma atmosfera de hidrogénio e hélio. Deverá ser assim um mini-Neptuno, ou um planeta gasoso-anão (termo sugerido pela conhecida astrónoma Sara Seager).
A sua órbita deverá estar 20 vezes mais longe do Sol do que Neptuno. Mesmo quando está mais próximo do Sol, está 7 vezes mais longe do Sol que Neptuno, 200 vezes mais distante do Sol que a Terra. Quando está mais longe, poderá ficar 1.000 vezes mais longe do Sol que a Terra.
O seu ano (tempo que leva a completar uma órbita ao redor do Sol) demora entre 10.000 e 20.000 anos terrestres.”

Uma das hipóteses para a sua existência é de que o planeta é um exoplaneta capturado pelo Sol há 4,5 mil milhões de anos, quando residia no seu aglomerado estelar. O Sol nasceu num aglomerado estelar que continha entre mil a 10 mil estrelas, muitas delas com planetas. A nossa estrela poderá ter passado próxima de outra e capturado o “planeta 9”. A probabilidade de isto acontecer situa-se entre os 0,1% (=0,0001) e os 0,2% já que a órbita é muito extrema.

Outra hipótese avança para um planeta exilado, que ter-se-á formado perto do Sol e foi sendo expulso para a periferia (este efeito é observado noutros sistemas com os chamados Júpiteres quentes, e no nosso sistema solar também poderá ter acontecido).

O Planeta 9 é responsável pelas extinções com chuva de cometas, como afirmam as maluquices da Internet?
Como, se até ao momento não existem sequer observações deste suposto planeta?

O Planeta 9 é só uma hipótese, como diz o próprio investigador principal, Mike Brown.

Ainda não se sabe se o planeta existe. Para já ninguém o detectou.
Quem o poderá detectar são os astrónomos.
Mas os Nibirutas assumem que sabem tudo sobre um planeta que nunca ninguém detectou… eles até lhe atribuem “poderes especiais na Terra”, quando nunca ninguém provou que existe.

Mas note-se: caso exista, o “planeta 9” está muito longe, sempre muito longe. Mesmo que exista, a sua órbita coloca-o sempre muito longe da Terra… ao contrário do que imaginam os Nibirutas.

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