Hubble detecta possíveis plumas de água em Europa

Crédito:  NASA, ESA, W. Sparks (STScI), the USGS Astrogeology Science Center, e Z. Levay (STScI)

Crédito: NASA, ESA, W. Sparks (STScI), USGS Astrogeology Science Center, e Z. Levay (STScI)

Astrônomos, usando o Telescópio Espacial Hubble, fizeram imagens de potenciais plumas de vapor de água sendo expelidas da superfície de Europa, lua de Júpiter. Essa descoberta está de acordo com outras observações do Hubble de 2012 sugerindo que a lua gelada expele mesmo plumas de vapor de água.

As observações aumentaram a possibilidade de que missões para Europa possam ser capazes de estudar o oceano submerso do satélite sem precisar perfurar a sua crosta de gelo que tem quilômetros de extensão.

Crédito: NASA, ESA, e A. Feild (STScI)

Crédito: NASA, ESA, e A. Feild (STScI)

“O oceano de Europa é considerado como sendo um dos lugares mais promissores para abrigar vida no nosso Sistema Solar”, disse Geoff Yoder. “Essas plumas, se realmente existirem, podem fornecer uma outra maneira de se explorar a subsuperfície de Europa”.

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Estima-se que as plumas tenham 200 km de extensão, e que o material depois cai sobre o próprio satélite. Europa tem um imenso oceano global que contém duas vezes mais água do que os oceanos da Terra, mas ele é protegido por uma camada de gelo extremamente fria e dura, de espessura desconhecida. As plumas fornecem uma oportunidade de se analisar amostras desse oceano, sem precisar perfurar essa camada gigantesca de gelo.

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O principal objetivo do grupo de astrônomos nesse estudo não era estudar as plumas de Europa, mas sim descobrir se o satélite tinha ou não uma fina atmosfera, ou uma exosfera. Para isso eles usaram a mesma técnica utilizada no estudo de exoplanetas, observando o satélite passando em frente de Júpiter, observando a silhueta, e se existisse uma atmosfera, seria possível detectá-la.

Em 10 trânsitos de Europa durante 15 meses, os astrônomos puderam detectar as plumas em 3 ocasiões.

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Esse trabalho fornece evidências para a existência de plumas em Europa. Em 2012, outra equipa independente de pesquisadores detectou evidências de vapor de água sendo expelido da região polar sul de Europa, atingindo 160 km no espaço.

Embora as duas equipas tenham detectado as plumas de forma independente e com métodos diferentes, eles ainda não conseguiram detectar de forma simultânea as plumas em Europa. As observações sugerem que as plumas são altamente variáveis.

Se confirmadas as plumas, Europa seria o segundo satélite no Sistema Solar com plumas de vapor de água. Em 2005, a sonda Cassini detectou jatos sendo expelidos da superfície de Encélado.

O que os cientistas pretendem agora é esperar pelo observatório espacial James Webb e usar a sua capacidade de observação no infravermelho para confirmar a existência das plumas em Europa.

Fontes: NASA, HubbleSite

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