Sobrevoando a Cratera Occator em Ceres

Crédito: DLR

Pesquisadores do Instituto de Pesquisa Planetária no Centro Aeroespacial Germânico, ou DLR, produziram uma impressionante animação 3D que simula um sobrevoo sobre a Cratera Occator, uma das maiores crateras do Planeta Anão Ceres.

A Cratera Occator chama muito a atenção: ela tem 92 km de diâmetro e é maior que a Cratera Tycho na Lua.

As paredes íngremes da Occator chegam a ter 2 km de altura.

E os misteriosos pontos brilhantes no seu interior têm criado um debate sobre a sua natureza e a sua origem.

“O impacto que produziu a Cratera Occator, provavelmente criou uma conexão com o estrato inferior, o que pode ter feito que uma mistura de gelo, lama e sal chegasse até à superfície por meio de rachaduras na crosta”, disse o Dr. Ralf Jaumann, diretor da equipa que cuida da câmera da sonda Dawn, no DLR.

“O sal brilhante, localizado na superfície de Ceres é o resíduo desse processo”.

“O que aconteceu ali, foi algo parecido com uma erupção vulcânica, mas nesse caso, não envolvia rocha derretida, mas sim um líquido de gelo derretido com lama misturada”.

Occator Crater on Dwarf Planet Ceres from Sci-News.com on Vimeo.

O vídeo de Ceres é baseado nas observações feitas do planeta anão a partir da chamada órbita de mapeamento de baixa altitude (LAMO) da sonda Dawn. Nessa órbita, a sonda estava a 375 km da superfície do objeto.

Os dados de 548 imagens foram combinados para montar esse vídeo.

As regiões brilhantes possuem agora nomes próprios. A região que chama mais a atenção, localizada no coração da Cratera Occator, com pontos brilhantes e bojo fissurado no seu centro, é chamada de Cerealia Facula, enquanto que as porções menos refletivas a leste são chamadas de Vinalia Faculae.

“Nem todas as crateras grandes de Ceres exibem esses depósitos salinos que foram claramente reconhecidos na Occator à medida que a sonda Dawn se aproximava do corpo celeste”, disseram os pesquisadores da DLR.

“Assim, é possível que o impacto nesse ponto particular tenha perturbado os materiais que provavelmente não estão presentes em outras grandes crateras”, disse o Dr. Jaunann.

Na superfície, o gelo derretido imediatamente transitou para o seu estado gasoso, deixando a lama e o sal na superfície. Esse incidente aconteceu há cerca de 18 milhões de anos atrás; algo recente, geologicamente falando.

Outra hipótese sugere que o calor gerado durante o impacto fez com que o material crustal derretesse, disparando alterações hidrotermais do material e então a formação de sais.

Fonte: Sci-news

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