A adolescência das Galáxias Espirais

Créditos: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO) C. Papovich; A. Angelich (NRAO/AUI/NSF); NASA/ESA Hubble Space Telescope.

Sabemos que as galáxias possuem um ciclo de vida, como tudo no universo. Ou seja, elas nascem, vivem, evoluem e morrem.

Obviamente que as galáxias espirais como a nossa Via Láctea nem sempre tiveram essa estrutura bem definida como vemos hoje.

Os astrônomos pensam que entre 8 e 10 bilhões de anos atrás as galáxias eram menos organizadas e menores. Porém, apresentavam uma taxa de formação de estrelas maior com muito material à disposição.

Como fazer para comprovar essa hipótese?

Nada melhor do que usar os sofisticados instrumentos atualmente disponíveis para a astronomia para fazer isso. Um desses instrumentos é o ALMA.

Os astrônomos apontaram o ALMA para um grupo de galáxias parecidas com o que era a Via Láctea há aproximadamente 9 bilhões de anos atrás.

O que eles descobriram é que cada galáxia era incrivelmente rica em monóxido de carbono, um gás conhecido por marcar o processo de formação de estrelas.

Como esse gás ainda era rico nessas galáxias, isso indica que elas não estavam totalmente formadas e eram menores do que as galáxias observadas atualmente, como a Via Láctea.

Os dados adquiridos pelo ALMA indicam que a maior parte da massa dessas galáxias estava presente no gás frio molecular, em vez das suas estrelas.

Isso indica que essas galáxias estavam passando por uma fase que pode ser considerada a adolescência galáctica.

Estudos como esse ajudam os astrônomos a traçarem a linha evolucionária das galáxias, desde a infância, passando pela adolescência até chegar na vida adulta e na velhice.

Com isso é possível também montar mais uma peça no intrigante quebra-cabeças relacionado com a evolução do nosso universo.

Fonte: ALMA Observatory

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