Estrelas distantes da Via Láctea foram arrancadas de Outra Galáxia

Nesta imagem feita em computador, a oval vermelha marca o disco da nossa Via Láctea e o ponto vermelho mostra a localização da galáxia Anã de Sagittarius. Os círculos amarelos representam estrelas que foram arrancadas da Anã de Sagittarius e foram enviadas pelo espaço.
5 das 11 estrelas mais distantes na nossa Galáxia foram provavelmente roubadas desta forma.
Crédito:Marion Dierickx / CfA

O ambiente onde a nossa galáxia reside não é muito calmo.
A Via Láctea possui cerca de 50 pequenas galáxias satélites, conhecidas como galáxias anãs.
Será que existe alguma interação entre a nossa galáxia e essas galáxias anãs?

Um grupo de pesquisadores descobriu que as 11 estrelas mais distantes da Via Láctea estão localizadas a cerca de 300.000 anos-luz de distância da Terra, bem fora do disco espiral da nossa galáxia.
Metade dessas estrelas podem ter sido arrancadas de outra galáxia, nomeadamente uma galáxia anã, satélite da Via Láctea, conhecida como Anã de Sagittarius.
Com o passar das eras, e dos muitos encontros entre as galáxias, a Via Láctea certamente arrancou estrelas dessa galáxia anã.

Os pesquisadores usaram modelos computacionais que simularam o movimento da Anã de Sagittarius durante os últimos 8 bilhões de anos.
Eles variaram parâmetros como a velocidade inicial e o ângulo de aproximação com a Via Láctea para poder ajustar aos dados observados.
A simulação mostrou que no início, a Anã de Sagittarius tinha uma massa equivalente a 10 bilhões de vezes a massa do Sol, 1% da massa da Via Láctea. Com o passar dos tempos, ela perdeu cerca de 1/3 da suas estrelas e 9/10 da sua matéria escura.
Isso resultou em 3 distintos fluxos de estrelas na direção da Via Láctea.
As 11 estrelas mais distantes da nossa galáxia possuem posições e velocidades que se ajustam perfeitamente ao que se esperaria de estrelas arrancadas da Anã de Sagittarius.

Outras 6 estrelas não parecem ser dessa galáxia mas de outra galáxia anã.

Fontes: Comunicado de Imprensa, Astronomy Now, Artigo Científico

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Verified by MonsterInsights