Vortex: a revolução no estudo de exoplanetas

O desenvolvimento tecnológico aliado com o desenvolvimento de técnicas de processamento de dados permitirá observar directamente cada vez mais exoplanetas.

Um instrumento revolucionário instalado na câmera NIRC 2 do Observatório Keck no Hawai, entregou seus primeiros resultados e são resultados surpreendentes.

O instrumento se chama Coronógrafo Vortex e permite que os cientistas observem as regiões ao redor de estrelas onde os planetas parecidos com Júpiter e Saturno se formam.
Além de ser possível realizar imagens diretas de exoplanetas e também das famosas anãs marrons/castanhas.

Anã marrom/castanha chamada HIP 79124B.
Crédito: NASA/JPL-Caltech

Os primeiros resultados do Vortex apresentaram imagens da anã marrom/castanha conhecida como HIP 79124B, localizada a apenas 23 anos-luz de distância de uma estrela.

Um segundo estudo realizado com o Vortex apresentou resultados de 3 anéis de poeira, ao redor da estrela HD 141569A.
Esses anéis de poeira é que formam os planetas.

Combinando esse resultado com o de outros instrumentos foi possível notar que o material de formação de planetas é constituído de grãos de olivina, o silicato mais abundante no manto da Terra, e que a temperatura é de cerca de -173 graus Celsius, um pouco mais quente que a temperatura do cinturão principal de asteroides do Sistema Solar.

Discos de poeira ao redor da jovem estrela HD 141569.
Crédito: NASA/JPL-Caltech

O Vortex foi inventado em 2005 na Universidade de Liege na Bélgica, e é único pois ele não bloqueia a luz da estrela com uma máscara, mas direciona a luz para longe dos detectores usando uma técnica onde as ondas de luz são combinadas e se cancelam.

Como ele não usa uma máscara ele consegue fazer imagens de regiões bem próximas das estrelas.

Com o instrumento testado e aprovado agora, os astrônomos tentarão observar planetas perto da chamada linha de congelamento, região ao redor da estrela onde a temperatura é fria o suficiente para que as moléculas voláteis de água, metano e dióxido de carbono se condensem em grãos de gelo sólido.

Com isso, será possível entender cada vez mais e melhor como se dá a formação de planetas, a migração desses planetas ao redor da estrela e como eles evoluem.

Fonte: JPL-NASA

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