Solucionado mistério da Galáxia de Andrômeda

Fontes: NASA / JPL-Caltech / GSFC / JHU

A galáxia de Andrômeda é a galáxia enorme mais próxima da Via Láctea, nossa vizinha cósmica, um objeto a que estamos ligados, já que daqui a alguns bilhões de anos nos tornaremos um só objeto.
Além disso, é uma galáxia que parece com a Via Láctea, e é um excelente laboratório para estudar os fenômenos que acontecem com as galáxias espirais como a nossa.

Mas mesmo sendo muito estudada, e estando relativamente próxima, a galáxia de Andrômeda ainda guarda segredos e mistérios que aos poucos vão sendo revelados e descobertos.

Um desses mistérios até agora era uma fonte intensa de radiação na forma de raios-X localizada no centro da galáxia de Andrômeda.
O objeto chamado de Swift J0042.6+4112 até agora era tido como um objeto desconhecido.

Porém, graças a um instrumento chamado NuSTAR, um observatório espacial da NASA especialista em estudar as fontes de raios-X, foi possível decifrar o mistério, e o objeto muito provavelmente é um pulsar.

Pulsar é a parte remanescente super-densa de uma estrela massiva que chegou ao final da sua vida.
Pelo facto de ser altamente magnetizado, esse objeto gira rapidamente e produz feixes de radiação que atingem a Terra.
Quando os astrônomos observam esse objeto, ele parece pulsar e daí vem o seu nome.

Na verdade, essa fonte possivelmente é um sistema binário, onde o material de um objeto companheiro, uma estrela, está sendo sugado pelo pulsar, produzindo uma intensa radiação quando o material é aquecido.

Para chegar a essa conclusão os astrônomos analisaram diferentes observações: em 2012 com o Swift, na década de 1970 com o Observatório Einstein da NASA, com o Chandra, e com o XMM-Newton. Porém, só com o NuSTAR foi possível acabar com a ambiguidade nas interpretações.

Os astrônomos pensaram que poderia ser um buraco negro, devido à forte emissão de raios-X.
Porém, surpreendentemente, nem os buracos negros supermassivos geram a intensidade de radiação em raios-X observada pelos astrônomos nessa fonte.

Para acabar com qualquer ambiguidade, o NuSTAR comparou o espectro dessa fonte, com o espectro de outros pulsares localizados dentro da Via Láctea e assim pôde concluir que era mesmo um pulsar num sistema binário.

Essa pesquisa mostra a importância dos sistemas de pulsares na emissão de raios-X nas galáxias, além de ajudar a resolver alguns objetos misteriosos que estejam espalhados pelo universo.

Fontes: NASA, Artigo Científico

1 comentário

  1. Será que algum dia poderemos sair de nosso sistema solar? Há tantas forças avassaladoras conhecidas e desconhecidas, radiação, gravidade, ausência de recursos naturais acessiveis, patógenos desconhecidos e até vida inteligente agressiva que acho que estamos condenados a ver o universo apenas pelos olhos de autômatos e naves não tripuladas…O que acha?

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