Vida difícil ao redor de Anãs Vermelhas

Créditos: NASA, ESA, e G. Bacon (STScI)

Com os anúncios recentes da descoberta de planetas em estrelas como a TRAPPIST-1 e a LHS 1140, que são estrelas do tipo anãs vermelhas, cresceu muito o interesse em pesquisar essas estrelas.

Isso se deve a dois motivos: alguns desses exoplanetas foram encontrados na zona habitável de suas estrelas, e essas estrelas são as mais comuns na nossa galáxia.

Porém, é sabido que essas estrelas não são muito calmas.
Elas emitem violentas flares e uma grande quantidade de radiação que pode varrer os planetas próximos.

Com isso surge a questão, será que essas estrelas seriam amigáveis para a vida como a conhecemos?

Com essa questão em mente, um grupo de astrônomos usou uma missão conhecida como GALEX para pesquisar flares na radiação ultravioleta.
Isso é importante, pois eles conseguiram investigar flares menos intensas.

Mas se são menos intensas, então não tem problema para a vida?
Embora sejam menos intensas, são mais frequentes, e isso pode representar um problema para o desenvolvimento da vida.

As flares detectadas pelo GALEX são similares em intensidade às flares produzidas pelo nosso Sol.
Porém, com os planetas orbitando a estrela a uma distância muito menor, eles estão sujeitos a uma quantidade de energia muito maior.

A consequência disso tudo é que as flares podem arrancar a atmosfera dos planetas, e a forte radiação ultravioleta que penetra na superfície do planeta poderia danificar os organismos ali presentes ou até mesmo evitar que a vida pudesse acontecer.

Claro que estamos falando de vida como a conhecemos e não vida exótica que possa, por exemplo, utilizar essa radiação a seu favor.

O GALEX foi originalmente desenvolvido para observar e estudar galáxias, mas devido ao seu poder de resolução, os pesquisadores resolveram utilizá-lo para esse tipo de pesquisa.
Isso mostra a importância de integrar as ferramentas disponíveis atualmente para a astronomia. Nesse caso específico, o GALEX e o KEPLER.

Os pesquisadores aguardam ansiosos o James Webb para que possam estudar a atmosfera desses exoplanetas e entender cada vez mais e melhor o que acontece com eles.

Fonte: Hubblesite, NASA

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Verified by MonsterInsights