Hubble identifica Disco Galáctico Morto

Créditos: NASA, ESA, S. Toft (University of Copenhagen); M. Postman (STScI), CLASH team.

Como as galáxias massivas, normalmente as elípticas, se desenvolvem?

Será que é por meio da fusão de galáxias menores, ou será que existe algum processo que transforme uma galáxia espiral numa galáxia elíptica?

Essas são questões que ainda intrigam os astrônomos, principalmente depois da recente descoberta feita, utilizando o telescópio espacial Hubble.

O telescópio espacial surpreendeu mais uma vez os astrônomos.

Usando um efeito de lente gravitacional, o Hubble observou uma chamada galáxia morta, ou seja, uma galáxia onde não ocorre mais a formação de estrelas no universo primordial.

E, ao invés de observarem uma bola caótica de estrelas, resultado da fusão de várias galáxias, o que se viu foi um disco galáctico, algo semelhante a uma galáxia espiral.

Isso pode mudar completamente a maneira como os astrônomos pensavam que as galáxias elípticas eram formadas, ou seja, por meio da fusão de galáxias menores.

A galáxia se chama MACS 2129-1 e está localizada a uma distância equivalente ao momento em que o universo tinha somente 3 bilhões de anos de vida.

Essa galáxia só pôde ser observada devido ao efeito de lente gravitacional criado pelo aglomerado de galáxias MACS J2129-0741.

As observações não são recentes: estão em dados de arquivo de um projeto chamado CLASH – Cluster Lensing And Supernova Survey with Hubble.

Os astrônomos conseguiram calcular a massa, a rotação, a idade das estrelas e a taxa de formação de estrelas da galáxia, e concluíram que ela não forma mais estrelas, ou seja, é uma galáxia considerada morta.

Não se sabe ao certo porque a galáxia parou de formar estrelas, mas uma hipótese é: devido aos ventos gerados pelo buraco negro supermassivo central da galáxia, que inibe a formação de estrelas aquecendo o gás.

O facto mais importante dessa pesquisa é que mostra que pelo menos algumas galáxias no universo primordial se desenvolveram passando de uma galáxia espiral para uma elíptica.

O principal pesquisador desse trabalho diz que as galáxias espirais devem se fundir para formar galáxias elípticas maiores.
A questão é que não se tinha até então resolução suficiente nem a metodologia para se encontrar galáxias mortas em forma de disco.

Isso mostra que o processo de evolução das galáxias é muito mais complexo do que se pensava.
Elas podem passar por uma completa transformação não só na sua estrutura, mas também no movimento das estrelas.

Fonte: Hubblesite

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