Novas Evidências para o Planeta 9

Crédito da ilustração: NASA

Saiu uma nova pesquisa que mostra possíveis mais evidências para a existência do chamado planeta 9.

Em 2016, Mike Brown e Konstantin Batygin, dois pesquisadores da Caltech, com base no alinhamento da órbita de determinados KBOs, chegaram à conclusão que deve existir um planeta com 10 vezes a massa da Terra localizado a 700 UA do Sol, nos confins do nosso sistema.
Esta era a sua hipótese.

Porém, com o passar do tempo, e com vários testes e análises que foram feitas, pesquisadores do projeto OSSOS identificaram que havia um viés observacional nos dados usados pelo pessoal da Caltech. Elas estavam todas direcionadas na mesma região do céu, e isso não seria possível somente com a presença de um planeta massivo.

Agora, um grupo de pesquisadores espanhol aplicou uma nova técnica, baseada em algoritmos de Data Mining, e menos expostas ao viés observacional para estudar os ETNOs, os chamados Objetos Trans-Netunianos Extremos.

Os pesquisadores espanhóis estudaram outro parâmetro: a distância dos nodos até ao Sol. Os nodos são os dois pontos em que a órbita de um objeto, no caso os ETNOs, cruzam o plano de órbita do Sistema Solar.

Os astrônomos espanhóis descobriram que possivelmente os nodos de 28 ETNOs estão aglomerados num certo intervalo de distância do Sol.
Além disso foi encontrada uma correlação que não deveria existir entre os nodos e a inclinação.

Se nada perturbasse os objetos, os nodos deveriam estar uniformemente distribuídos e não deveriam apresentar agrupamentos.
Esse agrupamento é sinal de que sofreram uma perturbação, e pelas análises, essa perturbação seria talvez causada pela presença de um planeta localizado a 300 ou 400 UA do Sol.

Como as distâncias nodais dependem do tamanho e da forma da órbita, elas estão relativamente livres de qualquer viés observacional, tornando-o assim um parâmetro mais confiável para ser estudado.

Os estudos feitos pelos astrônomos espanhóis suportam os estudos feitos pelos pesquisadores da Caltech, e o planeta teria basicamente os mesmos parâmetros definidos anteriormente.

Fontes: Phys.org , Artigo Científico, AstroPT, AstroPT

2 comentários

    • Regis Henrique Olivetti on 15/07/2017 at 02:12
    • Responder

    Com quase certeza, seriam órbitas instáveis, quanto maior for a massa do objeto em órbita em relação a sua distância.

    1. Não creio que sejam instáveis, afinal não há muitas interferências gravitacionais devido a longa distância.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Verified by MonsterInsights