série Marte

Finalmente vi a mini-série Mars.

Mars teve 6 episódios e mostra como seria a primeira missão humana a Marte.

Supostamente, no ano 2033, uma missão com 6 astronautas é enviada para Marte.

Quando chegam ao planeta vermelho, acontecem alguns percalços: um problema faz com que pousem a 75 quilómetros de distância do local destinado, o seu comandante morre, etc.

A mini-série é basicamente de marketing: propaganda de Elon Musk para nos sentirmos bem em conquistar Marte.
O que não quer dizer que seja negativo. Simplesmente devemos ter esse sentido crítico.

Gostei:
– a introdução feita logo no primeiro episódio é fantástica.
– contém fabulosas imagens espaciais e marcianas.
– mostram imagens históricas que é sempre ótimo vermos.
– existe uma excelente combinação entre anos (2016-2033), misturando a missão em 2033 com entrevistas supostamente históricas com explicações sobre a história real e sobre a ciência na base da missão (entrevistas a Elon Musk, Andy Weir, Robert Zubrin, Neil deGrasse Tyson, entre outros).
– no episódio 4, o investigador Joe Levy, da Universidade do Texas em Austin, aparece bastante.
– adorei que tivessem incluído a comparação com a exploração e investigação na Antártica. Na Estação McMurdo. Procurar vida na Antártica é quase tão difícil como procurar vida em Marte.
– a morte do comandante foi um elemento credível. Para se tornar ainda mais credível, deviam morrer todos. Mas não seria inspirador…

Não gostei:
– a gravidade em Marte é cerca de um 1/3 da Terra. Dessa forma, não só eles não deveriam caminhar da mesma forma como aqui, mas também deviam fazer muito mais exercício e deveriam sofrer os efeitos de uma longa exposição a um ambiente de gravidade menor.
– as tempestades de poeira, sobretudo os chamados dust devils, têm uma intensidade muito menor do que é mostrada na mini-série.
– relacionado com o ponto anterior, a atmosfera não é tão densa como a série faz parecer.
– no episódio 5, o Robert não deveria ter encontrado o cabo da estação de energia. Se fosse real, ele deveria ter-se perdido e morrido.
– o botânico Paul Richardson devia ter-se “passado mais” e mais rápido. Mesmo assim, foi interessante a forma como descreveram o seu evento psicótico.
– a descoberta de vida foi um estratagema parvo. Foi somente um cop out. É verdade que funciona na série, mas na realidade, a missão deveria ter terminado. Mas é verdade que a vida encontrada é fantástica (foi muito bem pensada)…

Mas mesmo que eu gostasse que a série tivesse tido mais drama, sendo mais real, a verdade é que recomendo que vejam esta série! É de visualização obrigatória! 😉

Finalizo com as palavras da personagem que representa Elon Musk na série: “É preciso não desistir. Devemos continuar.”

1 comentário

  1. Análise à segunda temporada:
    http://www.astropt.org/2019/01/10/marte-2-2/

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