Hubble descobre “galáxias oscilantes”

Abell S1063.
Créditos: NASA, ESA, e J. Lotz (STScI)

Uma equipa de astrónomos utilizou o Telescópio Espacial Hubble para descobrir que as galáxias mais brilhantes nos aglomerados de galáxias, “oscilam” em relação ao denso centro de massa do aglomerado.

MACS J1206.
Créditos: NASA, ESA, M. Postman (STScI) e the CLASH Team

Normalmente, os aglomerados de galáxias (com milhares de galáxias) têm uma galáxia maciça no seu centro, chamada “a galáxia mais brilhante do aglomerado” (BCG). Esta galáxia não se deveria mover em relação ao denso centro de massa. Não só devido à enorme gravidade da matéria normal, mas sobretudo devido à enorme gravidade da matéria negra lá existente.

Mas uma equipa internacional de astrónomos analisou 10 aglomerados de galáxias (que funcionam como lentes gravitacionais) e descobriu que as suas BCG oscilavam (não estavam fixas) em relação ao centro de massa.
Por vezes, o centro da BCG e o centro de massa do aglomerado estavam separados por 40 mil anos-luz.

Este resultado não está quantificado nas previsões sobre matéria negra.
Por isso, ter um maior conhecimento deste fenómeno pode nos fornecer mais informações sobre a natureza da matéria negra.

Abell 383.
Créditos: NASA, ESA, J. Richard (CRAL) e J.-P. Kneib (LAM); Marc Postman (STScI)

Provavelmente o que se passa é que o centro dos aglomerados de galáxias é menos denso do que se pensava. O que provavelmente indica que a matéria negra no centro de aglomerados de galáxias é ainda mais exótica do que se pensava.

Por outro lado, pode ser devido a características da matéria negra que desconhecemos e que está em contradição com o que pensamos atualmente. Por exemplo, talvez as partículas de matéria negra interajam umas com as outras…

E com menor probabilidade, pode ser devido a um fenómeno astrofísico ainda desconhecido…

Fonte: Space Telescope