MUSE observa estrutura gigante a acretar matéria em torno de um quasar

Créditos: ESO / Arrigoni Battaia et al.

Esta Fotografia da Semana mostra uma enorme nuvem de gás em torno do quasar longínquo SDSS J102009.99+104002.7, obtida pelo instrumento MUSE (Multi Unit Spectroscopic Explorer) montado no Very Large Telescope do ESO (VLT) no Observatório do Paranal.

Os quasares são centros luminosos de galáxias ativas, que se mantêm em atividade devido ao material que cai no seu buraco negro central supermassivo.
Este quasar e a nuvem que o circunda situam-se a um desvio para o vermelho maior que 3, o que significa que estão a ser observados apenas 2 mil milhões de anos após o Big Bang.

A nuvem de gás (ou nebulosa) que rodeia o quasar é conhecida pelos astrónomos como uma Enorme Nebulosa Lyman-alfa. Este tipo de nebulosas são estruturas de gás massivas que se formaram no Universo primordial e podem ajudar os astrónomos a compreender melhor como é que o momento angular — que explica a rotação que se observa nas galáxias mais recentes — se criou no Universo. Graças ao instrumento MUSE revolucionário, é agora possível observar estas nebulosas gigantes raras com mais detalhe do que o obtido até à data.

Esta Enorme Nebulosa Lyman-alfa, em particular, tem um diâmetro de cerca de um milhão de anos-luz e as capacidades espectrais e de imagem do MUSE permitiram aos astrónomos medir pela primeira vez a assinatura de movimentos em espiral no seio desta nebulosa.

Fonte (transcrição): ESO

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