Colisão de Galáxias Gigantes no Universo Primordial

Ilustração artística de duas galáxias a colidirem no universo primordial.
Créditos: NRAO / AUI / NSF

O que acontecia no universo primordial, quando as primeiras galáxias se formaram?
Só tem um jeito de saber: levar os nossos instrumentos ao limite, e tentar observar o que acontecia há dezenas de bilhões de anos atrás.

Investigando o universo primordial, primeiro com o Observatório Espacial Herschel, da ESA, e posteriormente com o ALMA, do ESO, os astrônomos descobriram um par de galáxias a 12.7 bilhões de anos atrás. O par se chama ADFS-27.

Num primeiro momento eles pensavam que era uma única galáxia gigantesca, o que já seria algo raro, mas a descoberta se tornou mais rara ainda quando descobriram que na verdade era um par de galáxias em processo de fusão.

Além de tudo isso já ser impressionante, os pesquisadores conseguiram identificar que as galáxias estão num processo muito ativo de formação de estrelas: formando estrelas numa velocidade mil vezes mais rápida que a Via Láctea, e formando 50 vezes mais estrelas que a nossa galáxia.

Essas galáxias são classificadas como Galáxias Hiper-Luminosas de Explosão de Estrelas, onde “explosão” quer dizer uma alta taxa de formação de estrelas.

Imagem composta do par de galáxias ADFS-27.
A imagem por trás foi feita pelo Observatório Espacial Herschel. Depois, o objeto foi detectado pelo telescópio Atacama Pathfinder Experiment (APEX), do ESO (imagem do meio). Finalmente, o ALMA conseguiu identificar duas galáxias (direita): ADFS-27N (Norte) e ADFS-27S (Sul).
Créditos: NRAO / AUI / NSF, B. Saxton; ESA Herschel; ESO APEX; ALMA (ESO/NAOJ/NRAO); D. Riechers

As observações mostraram que as galáxias estão separadas por uma distância de 300 mil anos-luz, e se movendo uma em direção à outra a uma velocidade de algumas centenas de quilômetros por segundo.
No final do processo de fusão, que deve demorar algumas centenas de milhões de anos, o resultado será uma gigantesca galáxia elíptica.

Quando o James Webb estiver operacional, os pesquisadores pretendem utilizá-lo para observar esse par de galáxias e, junto com o ALMA, caracterizá-lo da melhor maneira possível.

Fonte: ALMA Observatory

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