Água fluiu recentemente na superfície de Marte

Créditos: Frances Butcher, NASA, JPL-Caltech, MSSS

Água em Marte é um tema que atormenta a cabeça dos cientistas planetários.

Ontem mesmo trouxe aqui o vídeo mostrando que as esperanças de se encontrar água atualmente fluindo na superfície marciana estão quase acabando, já que os lineamentos nos taludes das crateras provavelmente são formados por fluxos granulares.

Mas uma coisa que é meio consenso entre todos é que no passado muita água já existiu na superfície marciana, e os pesquisadores acabam de encontrar outra evidência.

Descobrir onde a água fluiu em Marte no passado é muito importante para o caso de se querer um dia colonizar o planeta.
Essas regiões podem dar pistas sobre a presença de água subterrânea.

Marte tem características semelhantes às da Terra: nos polos encontramos as calotas polares e na região equatorial não temos indícios nenhum desse gelo aparente. Entre o equador e o polo nós temos o que chamamos de latitudes intermediárias, e no caso de Marte, essas latitudes intermediárias são repletas de geleiras/glaciares, e pode ser que nessas regiões possamos encontrar uma boa quantidade de água subterrânea que pode ser explorada no futuro.

Os pesquisadores usaram então imagens da superfície marciana e começaram a buscar por feições geológicas que indicariam a presença de água no passado do planeta.
Eles procuraram uma estrutura conhecida como esker. Um esker é um depósito de sedimentos, formado pelo degelo de geleiras/glaciares. Quando as geleiras retraem, formam algo parecido com uma cadeia de montanha, e essa feição é o esker.
Assim sendo, encontrar um esker na superfície de Marte, significa encontrar um local que no passado tinha uma geleira.

Com as imagens e os dados adquiridos de Marte, foi possível encontrar um grande conjunto dessas feições, os esker, e ainda se conseguiu datar essas estruturas. Os pesquisadores chegaram a idades entre 110 e 150 milhões de anos para os eskers pesquisados, o que é muito recente em termos geológicos, indicando assim que no passado geológico recente a água fluiu na superfície marciana graças ao degelo de geleiras.

Essas regiões são interessantes por dois motivos: podem formar escudos que protegem uma possível vida, principalmente da radiação mortal, e os eskers poderiam ser usados por futuros astronautas para acessar uma quantidade de gelo soterrado e transformar isso em água.

Fontes: Phys.org , artigo científico

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