Crédito: NASA / JHUAPL / SwRI / SCIENCE PHOTO LIBRARY
Plutão é um objeto frio no nosso Sistema Solar.
O problema é que quando a sonda New Horizons passou por lá, ela observou e adquiriu dados que mostraram que Plutão é bem mais frio do que se pensava anteriormente.
A sonda New Horizons mediu uma temperatura de -203 graus Celsius, o que é cerca de 30 graus mais frio do que se previa teoricamente até então.
O que acontece é que a atmosfera de Plutão é muito mais complexa do que se pensava anteriormente, antes da New Horizons.
Os modelos para explicar a temperatura em Plutão focavam somente gases como o metano. Mas a New Horizons mostrou que Plutão tem uma névoa na sua atmosfera, essa névoa é carregada de partículas e essas partículas causam um efeito muito interessante. Essas partículas esfriam muito a atmosfera, através de um processo de reemissão da radiação infravermelha para o espaço, processo esse que nunca tinha sido considerado antes nos modelos. Essas partículas também absorvem energia solar para esquentar a atmosfera, mas o problema que o resfriamento é muito mais intenso e então no computo geral o planeta-anão é resfriado mais ainda.
Essa explicação também ajuda a resolver um grande mistério de Plutão: o porquê da atmosfera superior ser muito mais fria e escapa para o espaço muito mais vagarosamente do que o esperado.
O mais interessante é que essa descoberta tem uma possível aplicação para nós aqui na Terra.
Será que se criarmos ao redor do nosso planeta uma névoa como a encontrada em Plutão conseguimos resfriar o planeta e assim tentar combater um pouco o aquecimento global?
Esse seria um belo trabalho de geoengenharia: estaríamos mudando a atmosfera do nosso planeta para sanar um problema que nós mesmo criamos.
Fonte: New Scientist
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