Crédito: Instituto de Astrofísica de Andalucía (IAA-CSIC)
As galáxias são as principais estruturas para se entender a evolução do nosso universo.
As galáxias se aglomeram formando os aglomerados de galáxias, esses formam os superaglomerados, as estruturas em grande escala e assim por diante.
Mas entender como as galáxias se formaram e evoluíram, não é simples.
As estrelas e seus movimentos dentro da galáxia podem ajudar muito os astrônomos a entenderem melhor como as galáxias evoluem desde o seu nascimento.
Estrelas com uma órbita mais comportada se formaram num disco mais tranquilo.
Estrelas com órbitas mais aleatórias se formaram em ambientes mais turbulentos, e podem até ser o resultado da fusão de galáxias.
Ou seja, se os astrônomos conseguirem estudar com detalhe o movimento das estrelas dentro das galáxias, eles estarão praticamente lendo um livro de história que conta como a galáxia nasceu e evoluiu com o passar do tempo.
Porém, essa não é uma tarefa fácil.
Crédito: Instituto de Astrofísica de Andalucía (IAA-CSIC)
Para fazer isso, os astrônomos desenvolveram um projeto chamado CALIFA que fica no Observatório de Calar Alto.
Esse projeto usa a técnica de espectroscopia de campo integral para estudar o movimento das estrelas nas galáxias.
Assim, os astrônomos conseguem fazer mapas cinéticos de cada galáxia estudada.
Os astrônomos então construíram modelos para cada galáxia, 300, nesse estudo, sobrepondo os diferentes tipos de órbitas de estrelas.
Os mapas mostraram mudanças na distribuição das órbitas dependendo da massa total das galáxias.
As órbitas mais ordenadas são mais proeminentes em galáxias com uma massa de 10 bilhões de vezes a massa do Sol e menos importantes em galáxias mais massivas.
As órbitas aleatórias dominam as galáxias mais massivas, com massa superior a 100 bilhões de vezes a massa do Sol.
Esse trabalho destaca a importância da técnica de espectroscopia de campo integral, destaca a importância do projeto CALIFA e cria uma bela biblioteca de galáxias onde o movimento das estrelas foi mapeado com precisão.
As galáxias estudadas pelo CALIFA estão no chamado universo local.
Os pesquisadores desejam estender a pesquisa para o universo primordial, estudar galáxias mais distantes e descobrir se esse movimento se mantém.
Fonte: Phys.org
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