Projeto Almanaque

Projeto Almanaque é um filme de ficção científica que lida com questões de viajar no tempo.

Pessoalmente, gosto bastante das histórias com viagens no tempo… apesar de cientificamente incorretas.
Nunca existe qualquer explicação científica (credível) das máquinas.
E os viajantes nunca viajam no espaço, mas somente no tempo: o que faria com que ficassem sempre a flutuar no vácuo espacial caso viajassem para o passado ou para o futuro (já que a Terra não estaria no mesmo local).

Neste filme, um grupo de jovens descobre na cave da casa de um deles, planos para construir uma máquina do tempo: os planos foram feitos pelo pai.
Eles decidem construir a máquina do tempo, de modo a poderem ter tempo para fazerem um sem-número de atividades e para corrigirem situações do dia-a-dia que não lhes correram bem.

No entanto, ao mudarem eventos passados, as coisas começam também a mudar no presente.
E por mais que tentem corrigir o presente, mudando novamente o passado, o que acontece é que as coisas descontrolam-se, e tendem a ficar sempre cada vez pior…

Apesar de todas as limitações, gostei deste filme. É um filme giro, divertido.
Gostei da ação e da jovialidade com que tratam o tema.
Gostei do facto deles viajarem no tempo com propósitos pessoais, egoístas, e de acordo com a idade de cada um.
Gostei também da filmagem ser feita pela câmera deles, como em Blair Witch Project.

O filme levanta várias questões sobre o livre arbítrio.
Por exemplo, quando no início David vê que esteve na sua própria casa, com 17 anos, no dia do seu aniversário quando fez 7 anos, isso quer dizer que o futuro já estava determinado e ele tinha mesmo que viajar para o seu passado?

O filme também lida com questões filosóficas de andarmos sempre à procura de melhorar as nossas vidas.
E, inevitavelmente, algumas coisas vão sempre correr mal.

Não gostei das “obrigatórias” lições de moral e avisos para os riscos.
No final, aparecem as atitudes de “Velho do Restelo”, das advertências para os perigos de “playing God”.
Como as coisas se descontrolam, o filme deixa o alerta: não brinquem com o tempo, deixem estar esses assuntos quietinhos.
Não gosto deste tipo de mensagens porque, obviamente, são anti-científicas. Quando há avanços científicos, há sempre quem critique esses avanços por motivos ideológicos de querer a sociedade sempre na mesma.

Mas, claro, mudar o tempo levanta questões éticas que devem obviamente ser discutidas e salvaguardadas…

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