Tomb Raider

Conheci o fenómeno Tomb Raider, inicialmente em jogo. Há mais de 20 anos, em vez de despender o meu tempo no blog, passava os dias a jogar o Tomb Raider. O jogo permitia controlar uma heroína badass, que matava tudo e todos. Além da ação, o jogo tinha várias surpresas ao “virar da esquina”, esconderijos secretos e muitos enigmas para resolver.
Isto fez com que Tomb Raider e Lara Croft tivessem um enorme impacto cultural a nível mundial.
Para mim, sempre foi um dos melhores jogos de sempre!

A personagem do jogo Lara Croft não era baseada em Angelina Jolie.
No entanto, quando o jogo passou para filme, Angelina Jolie foi a escolhida para representar o papel.
E foi bem escolhida!
Mas o primeiro filme não fez jus ao jogo. No entanto, não desgostei, até porque me fez lembrar os antigos filmes de Indiana Jones.
O segundo filme, ainda com Angelina Jolie, foi um pouco melhor, devido à história.

Agora, saiu o terceiro filme. Com uma nova atriz: Alicia Vikander. E pareceu-me que esteve muito bem!

Não só a atriz esteve muito bem, mas o filme pareceu-me melhor que os anteriores.
A história é muito interessante, e existe muita ação.
Também gostei bastante do facto de ela ter que resolver enigmas.

No entanto, o filme tem vários lugares comuns de crescimento pessoal: a rebeldia da adolescência, fazer o oposto do que o pai queria, e querer continuar a ser a “filhinha do papá” desaparecido.
Mas gostei do facto dela ser bastante independente e com um conhecimento acima de média.

Gostei do filme, mas não entendi o que era.
O filme parecia uma prequela dos outros filmes.
No entanto, ao longo do filme tive a sensação que estava a ver um reboot (devido sobretudo à forma do pai morrer).

Adorei a cena final, em que Alicia Vikander se parece mesmo com a Lara Croft dos jogos, não só em termos visuais e de indumentária, mas sobretudo quando pega nas duas armas.

Tal como em muitos outros filmes, também neste a heroína leva uma carga de porrada e recupera extraordinariamente rápido. Não faz sentido.

Sendo que Ana Miller trabalha para ela, não entendo porque não a despede quando suspeita no final que ela é a chefe da Trinity. Mas talvez isso seja feito no próximo filme, sequela deste.

Vogel morre ao engolir um saco plástico hermético, que não deveria deixar sair a doença que estava lá dentro. No entanto, ele morre devido à doença e bastante rápido. Não entendo porque morre, se a doença estava dentro do saco hermético. Devia funcionar da mesma forma que os “correios de droga”.

A doença só se transmite pelo toque na Rainha Himiko. Assim, não se entende como a Rainha poderia provocar um genocídio. Bastaria que ficasse em quarentena, tal como voluntariamente ficou.

Uma das citações do filme é que os mitos estão sempre baseados em alguma coisa da realidade. Pode é ser uma versão deturpada da realidade…
Porque é isto importante?
Pela razão de ter falado deste filme aqui no blog.
Eu trouxe o filme aqui ao blog porque me fez lembrar as histórias do Scooby-Doo.
Ao longo do filme é explicado o mito de Himiko, a rainha que supostamente tinha poder sobre a vida e sobre a morte das pessoas. As pessoas, sobretudo os seus súbditos e os seus inimigos, acreditavam que ela tinha um poder sobrenatural. Na verdade, nada mais é que uma doença. Uma doença a que ela é imune, mas que a transporta. Uma doença bastante contagiosa que é transmitida pelo toque nas pessoas.
Ora, mais uma vez, temos a explicação racional a sobrepôr-se ao sobrenatural.
Esta foi uma das mensagens que tirei do filme: a razão desmascara, novamente, a vigarice da explicação sobrenatural.

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