Observada a estrela mais distante através de microlente gravitacional

Observação da estrela mais distante.
Imagem na esquerda: observação em 2014 do aglomerado de galáxias MACS J1149.5+2223. O quadrado indica a posição onde a estrela apareceu em Maio de 2016 – com a luz da estrela magnificada por microlente gravitacional.
Imagem na direita em cima: posição da estrela, observada em 2011.
Imagem da direita em baixo: estrela magnificada por microlente gravitacional em Maio de 2016.
Créditos: NASA & ESA e P. Kelly (University of California, Berkeley)

Uma equipa internacional de astrónomos utilizou o Telescópio Espacial Hubble para observar a estrela mais distante jamais descoberta.

A estrela recebeu o nome de Lensed Star 1 (LS1), e o apelido de Icarus.
É uma estrela de tipo B, supergigante, bastante luminosa, massiva, azul e quente.
Ela já existia quando o Universo tinha somente 4,4 mil milhões (bilhões, no Brasil) de anos de idade – atualmente, o Universo tem 13,8 mil milhões de anos.

A estrela distante foi descoberta na mesma linha de visão do aglomerado de galáxias MACS J1149-2223.

Aglomerado de galáxias MACS j1149.5+223.
Créditos: NASA, ESA, S. Rodney (John Hopkins University, USA) e the FrontierSN team; T. Treu (University of California Los Angeles, USA), P. Kelly (University of California Berkeley, USA) e the GLASS team; J. Lotz (STScI) e the Frontier Fields team; M. Postman (STScI) e the CLASH team; e Z. Levay (STScI)

As observações destinavam-se a estudar a supernova apelidada de Refsdal, através de lente gravitacional, quando um ponto de luz subitamente apareceu na mesma galáxia, localizada a cerca de 9 mil milhões (bilhões, no Brasil) de anos-luz de distância da Terra, onde se deu a supernova.

A luz desta estrela foi magnificada cerca de 2000 vezes devido ao fenómeno de microlente gravitacional. Ela foi magnificada não só pela enorme massa do aglomerado de galáxias, mas também por um objeto compacto (estrela, pulsar ou buraco negro) com 3 vezes a massa do Sol, dentro do aglomerado de galáxias, e que se interpôs na linha de visão entre nós e a estrela.

Lensed Star 1 no aglomerado de galáxias MACS j1149.5+223.
Créditos: NASA, ESA, S. Rodney (John Hopkins University, USA) e the FrontierSN team; T. Treu (University of California Los Angeles, USA), P. Kelly (University of California Berkeley, USA) e the GLASS team; J. Lotz (STScI) e the Frontier Fields team; M. Postman (STScI) e the CLASH team; e Z. Levay (STScI)

Fontes: NASA, Space Telescope, Hubblesite, artigo científico

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