O que vai acontecer quando o nosso Sol morrer?

Abell 39, uma bela nebulosa planetária.
Créditos: T.A.Rector (NRAO/AUI/NSF e NOAO/AURA/NSF) e B.A.Wolpa (NOAO/AURA/NSF)

Qual será o final da vida do Sol?
Para saber isso, os astrônomos traçam de forma geral o ciclo de vida das estrelas.
No caso de estrelas com a massa similar ao Sol, elas vivem um bom tempo na chamada sequência principal, depois se tornam gigantes vermelhas, como se elas inflassem. A seguir, elas começam a perder camadas de gases, formam o que chamamos de uma nebulosa planetária e por fim, o que resta delas é uma anã branca.
Ainda existem aqueles que defendem que depois da anã branca, elas continuam e se transformam numa anã negra.

Isso é o que acontece de maneira geral.
Por muitos anos, os astrônomos não tinham certeza se o Sol chegaria a se transformar numa nebulosa planetária. Pensava-se que ele tinha pouca massa para isso.

Para resolver esse dilema, só usando as famosas simulações computacionais.

Um grupo de astrônomos gerou um modelo do ciclo de vida das estrelas para prever a luminosidade do envelope ejetado no momento em que a estrela se transforma numa nebulosa planetária.
Quando a estrela morre, ela ejeta uma massa de gás e poeira, conhecida como envelope, no espaço. O envelope pode ter cerca de metade da massa da estrela. Com isso o núcleo da estrela é revelado, e é esse núcleo irradiando que faz com que a nebulosa planetária brilhe.

O modelo ajudou ainda a resolver um problema de mais de 25 anos na astronomia.
Os astrônomos descobriram que se você observasse nebulosas planetárias em outras galáxias, as mais brilhantes terão sempre o mesmo brilho. Isso seria excelente para medir a distância com precisão até essas galáxias.
Mas havia uma grande contradição entre os modelos e os dados observados e isso atormentou a cabeça dos astrônomos por 25 anos.
Com o novo modelo, eles descobriram que estrelas com massas menores que 1.1 vezes a massa do Sol produz nebulosas fracas; e estrelas com mais de 3 vezes a massa do Sol produzem nebulosas mais brilhantes; para o resto, o brilho previsto é próximo do observado.
Ou seja, esse novo modelo estabeleceu os limites e resolveu o problema de 25 anos.

Com isso, os astrônomos estão chegando bem perto de saber com precisão como será o final da vida do nosso Sol.
Mas fiquem tranquilos que isso só vai acontecer daqui a uns 5 bilhões de anos.

Fonte: Phys.org

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