Uma roseta para o VLT

Crédito: ESO

Esta imagem colorida mostra uma parte da Nebulosa da Roseta na constelação do Unicórnio. Trata-se de uma nebulosa de emissão, composta por nuvens de gás que estão a brilhar devido à radiação emitida pelas estrelas que se encontram no seu interior. A Nebulosa da Roseta é um exemplo típico de nebulosa de emissão — no entanto, típico não quer dizer aborrecido! As nebulosas são uns dos objetos celestes mais bonitos, aparecendo de modo espectacular em imagens obtidas por telescópios astronómicos, como a que aqui apresentamos.

Neste tipo de nebulosas, o gás e a poeira combinam-se para formar uma nova geração de estrelas. Inicialmente, estas estrelas recém-formadas estão envoltas nas nuvens de poeira que lhes deram origem e não podem ser observadas na luz visível. No entanto, depois de algum tempo as estrelas “sopram” para o exterior o material mais denso e a sua radiação ioniza o gás circundante, fazendo com que este brilhe intensamente. Todos estes elementos estão presentes nesta imagem: a mistura do gás resplandecente e da poeira escura é esculpida pela radiação estelar em padrões complexos, tal como o fumo em volta de uma fogueira.

Esta imagem foi obtida pelo instrumento FORS 2 montado no Very Large Telescope do ESO, instalado no inóspito deserto chileno do Atacama. O FORS 2 é um instrumento extremamente versátil que pode criar imagens de qualidade muito elevada, como a que aqui vemos. Ao mesmo tempo é também um espectrógrafo que separa a radiação colectada num arco-íris de cores, dando aos astrónomos informação sobre a composição química dos objetos no Universo.

Esta imagem foi criada no âmbito do programa Joias Cósmicas do ESO, uma inciativa de divulgação que visa obter imagens de objetos interessantes, intrigantes ou visualmente atrativos, utilizando os telescópios do ESO, para efeitos de educação e divulgação científica. O programa utiliza tempo de telescópio que não pode ser usado em observações científicas. Todos os dados obtidos podem ter igualmente interesse científico e são por isso postos à disposição dos astrónomos através do arquivo científico do ESO.

Fonte (transcrição): ESO

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