King Kong

King Kong é um filme de 1933, que se tornou um filme de culto.
A cena do rei Kong em cima do Empire State Building a lutar contra aviões tornou-se uma imagem icónica e culturalmente marcante.

O resumo do filme, segundo a wikipedia:

Uma equipa de cinema liderada por Carl Denham viaja para a Ilha da Caveira, que se pensava ser apenas uma lenda, e depara-se com uma civilização primitiva que oferece mulheres a Kong, um deus-gorila gigante.

Quando essa civilização captura Ann Darrow, a estrela do filme, a equipa de marinheiros, agora liderada pelo valente e apaixonado imediato Jack Driscoll, parte em resgate, enfrentando inúmeros perigos, tais como dinossauros e insetos gigantes.

Depois de muitos marinheiros perderem a vida na empreitada, Ann é salva das garras do gorila que, aparentemente, se apaixonou por ela. Tendo os sobreviventes em segurança, Denham faz de tudo para conseguir raptar o macaco e levá-lo para Nova York, onde faria dele sua grande atração: “Kong, a Oitava Maravilha do Mundo”.

Por fim o monstro escapa e fica solto e furioso no meio da cidade, recapturando Ann e dirigindo-se ao Empire State, para a cena que ficaria imortalizada até hoje, tornando-se um ícone pop. Aviões metralham Kong que cai de cima da torre e morre enquanto Ann vê lá de cima o macaco morrer.

Como não era nascido na altura do filme original, não percebi o impacto que o filme teve na altura.

Daí que para mim, a melhor versão desta aventura épica, é o filme de 2005, realizado pelo famoso Peter Jackson.
Inclui os excelentes atores Jack Black, Adrien Brody e Naomi Watts.

A história é extremamente fiel à do filme de 1933.
Mas com muito melhores (atuais, fabulosos) efeitos especiais.

É uma história que faz lembrar o filme A Bela e o Monstro.

É um filme longo, de 3 horas, mas vale bem a pena.

O filme baseia-se no fascínio por terras perdidas, que supostamente continham dinossauros e animais gigantes.

O filme inclui, obviamente, a imagem icónica do King Kong no topo do Empire State Building.

Adorei as criaturas que saem da água e apanham os humanos.


Kong aprende a linguagem gestual demasiado depressa. Aprende a dizer lindo (pôr-do-sol). Percebe-se que tem que ser assim num filme, mas é irrealista.

Um dos Humanos diz que o Kong é um animal, por isso é estúpido. (It’s just a dumb animal. Doesn’t know nothing). Continuamos a desvalorizar aqueles que são diferentes de nós.

Outra citação importante é quando é dito que foi a beleza que matou o monstro: It was beauty killed the beast.

Mais uma citação emblemática foi quando foi dito que os monstros pertencem aos filmes B: Monsters belong in B movies.


Não entendo a necessidade da ilha ter indígenas. Percebo que está de acordo com o original, mas não entendi a inclusão deles no original. Sem esses humanos, a história não perderia nada.

O filme parece ter algumas descontinuidades: quando o casal cai no rio e logo a seguir aparece a correr em terra; quando King Kong está no lago gelado do Central Park e aparece na estrada imediatamente logo a seguir; etc.


O filme revela e critica a ganância dos Humanos, sobretudo nas atitudes do “vigarista” (realizador) que pensa mais em si próprio do que no bem comum e que manipula os outros.

Um tema comum neste tipo de filmes é os Humanos fazerem guerra contra aquilo que criaram. A sua criação deveria ser da sua responsabilidade, mas eles acham sempre que não.
Por outro lado, os Humanos veem essa criação como sendo uma ameaça, quando raramente o é.

Aliás, o gorila simplesmente protegeu-se (como no Alien). Os Humanos é que atacaram o seu habitat e atacaram o Kong.

Na verdade, Kong foi mais humano que os humanos.
Os Humanos é que são constantemente “os monstros” nestes filmes.
Estes filmes visam sempre uma crítica social.

Totalmente irrealista e humancentric é o facto do gorila gigante se apaixonar pela humana. Isto mostra que o geocentrismo psicológico continua a existir. Os Humanos acham-se tão especiais que até os “monstros” se apaixonam por eles.
E, claro, depois temos o padrão/preconceito de beleza: o gorila quer matar toda a gente, menos a loira de olhos azuis.

Por fim, temos o mesmo problema que na maioria dos filmes: apesar de ele ser mais forte que os Humanos, os humanos vencem sempre.

A versão mais recente desta história é o filme de 2017 denominado: Kong: Skull Island / ilha da caveira.

Não gostei nada deste filme.
Até porque lhe faltam elementos icónicos da história original, como a cena do King Kong no topo do Empire State Building em Nova Iorque (Kong nem sai da ilha nem vai para NY).
Mas neste filme, o Rei Kong triunfa sobre os humanos maus, o que é positivo.

Tal como os outros, este filme tem excelentes efeitos especiais.
Tem também belíssimas paisagens.
E contém auroras espetaculares, apesar de não terem relevância para o filme.

Tal como nos outros filmes, não consigo entender onde estão os outros elementos da espécie do Kong. Não é possível ter somente um indivíduo, a não ser que existissem há poucas décadas atrás, e fossem todos extinguidos inexplicavelmente.
Tal como nos outros filmes, também não entendo porque existem nativos na ilha. Apesar disso, a inclusão de um elemento cómico (sobrevivente de há 28 anos atrás) é um ponto positivo.

Ao contrário dos outros filmes, neste filme a expedição à ilha é feita com militares.
Igualmente ao contrário dos outros filmes (em que é utilizado nevoeiro a rodear a ilha), neste filme a ilha está rodeada por enormes tempestades. O nevoeiro é mais realista.

Tal como nos outros filmes, os invasores são os Humanos. Kong simplesmente defende-se.
Tal como nos outros filmes, o “inimigo” é criado pelos humanos. Ele não existe até o criarmos.

Adorei o início do filme, em que é defendido que encontrar ecossistemas biológicos complexos (com seres gigantes) em ilhas perdidas na Terra é parecido com o que faz o SETI. E a probabilidade de acertar é a mesma ou superior à do SETI encontrar vida inteligente no resto do Universo.

Gostei de ver a personagem de uma bióloga chinesa na expedição. Mas não gostei do facto de ela não dizer nada, de ser irrelevante.

Não gostei de ver o Landsat ser retratado no filme como sendo uma organização ou expedição. É sim um programa de satélites de observação da Terra.

Detestei a inclusão da vigarice da Terra Ôca. Foi metida no filme como sendo uma ideia credível. Supostamente, as espécies gigantes vêm de dentro da Terra. Estes filmes disseminam ainda mais estas tretas disparatadas pela população.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Verified by MonsterInsights