The Endless

No passado, 2 irmãos faziam parte de um culto, um UFO death cult, que tinha por objetivo o suicídio em massa.
Quando perceberam que toda a gente se ia suicidar, resolveram escapar.

No entanto, cá fora, a vida não é fácil.
O irmão mais novo quer voltar para o local do culto porque tem memórias melhores de lá do que é a sua vida cá fora. Ele tinha melhor comida, amigos, família, namoradas, etc. Cá fora não tem nada nem sequer dinheiro.
O irmão mais velho diz que está melhor cá fora, porque consegue pensar por ele próprio, sem lhe imporem crenças.

O irmão mais novo quer voltar ao local do culto, dizendo que não era um culto mas sim uma comuna, uma pequena sociedade hippie auto-suficiente.
Ele também diz que as pessoas não morreram, mas ascenderam. Não é morte, é ascensão.
E lembra-se que eles adoravam um deus na floresta.

Ou seja, o irmão mais novo tem uma visão idealista, romanceada, do que era a sua vida no culto.

De qualquer modo, os dois irmãos voltam ao culto donde tinham escapado anos antes.
Quando chegam, veem que as pessoas ainda estão lá. E as pessoas mantém-se jovens!

Ao conversarem com elas, percebem que as crenças do grupo podem ser mais verdadeiras do que anteriormente pensavam.
No entanto, as pessoas do culto mostram-se um pouco estranhas, e utilizam linguagem enigmática. Exemplo: “Dizer mais é como explicar uma cor impossível”. Isto são frases típicas dos pseudos…

Após uma investigação, eles descobrem que estão “presos” numa redoma, em que o que está dentro da redoma se encontra numa realidade paralela. As pessoas dentro da redoma, após ascenderem/morrerem, já não podem sair mais da redoma. Dentro da redoma, os eventos estão infinitamente a repetirem-se. É semelhante ao filme Groundhog Day.
Um ser, deus, está acima deles e controla o que se passa dentro da redoma.

Dentro da redoma, olha-se para o céu e prevê-se o que vai acontecer: uma lua é normal, duas luas é sinal de contar a verdade, e três luas é tempo para ascenderem.

Posteriormente, os irmãos percebem que não existe só uma redoma, mas sim várias, com diferentes espaço-tempos.
Os irmãos ainda não ascenderam. Por isso, podem entrar e sair de redomas, ir passando entre redomas, e verem as coisas acontecerem em loop.

O irmão mais novo, que é crente, diz que prefere ficar dentro da redoma com o resto do culto. Ele prefere as crenças, em vez de ter pensamento próprio. A justificação dele é que fora da redoma, na vida normal, acontece o mesmo: os dias vão passando e parecem sempre iguais. Diz ele que as pessoas também estão dentro de um loop do qual não conseguem escapar: a vida repete-se: todos os dias vão para o trabalho, fazer o mesmo, voltar para casa para o mesmo, etc. Esta é uma excelente crítica social.
Diz ele que, ao menos na redoma vivem para sempre e serão sempre jovens. Apesar de não saberem do Universo cá fora. Ou seja, ele prefere sacrificar o conhecimento, em benefício de uma vida confortável sem desafios.

No entanto, no final, eles conseguem fugir, não sendo apanhados pela ascensão. Por isso, não repetem o loop.

Este filme é parado e estranho.
E, claro, é um filme que promove demasiadas ideias pseudo.

No entanto, pareceu-me ser um filme interessante.
E inclui algumas críticas sociais relevantes.

Fiquei sem saber quem enviou a cassete-vídeo, no início do filme, para os dois irmãos. Não podiam ser as pessoas do culto, porque essas não têm contacto com o mundo exterior à redoma. Assim, a única explicação lógica deverá ser que foi a entidade-deus acima da redoma que lhes enviou o vídeo, de modo a atraí-los de volta para o culto.

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