Wrinkle in Time

Meg vive em casa com o seu irmão, Charles Wallace, e com os seus pais (ambos cientistas da NASA).

Charles Wallace é um filho adoptado.
Aparentemente, ele sabe tudo o que se passa no Universo. Sabe qual é o “plano”.

Após o desaparecimento do seu pai, aparecem 3 seres peculiares a Meg, ao seu irmão e ao seu amigo Calvin.
Esses 3 seres enviam as 3 crianças numa aventura pelo espaço para encontrarem o pai de Meg.

Os 6 indivíduos (3 seres “mágicos” e 3 crianças) viajam para o planeta Uriel.
Não encontram o pai de Meg.

A seguir vão ao planeta Camazotz.
Nesse planeta está It (A Coisa), um ser feito de energia maligna.
No planeta, encontram o pai de Meg e salvam-no.

No final, salvam-se todos e retornam a casa.

O filme A Wrinkle in Time (Uma Dobra no Tempo; Uma Viagem no Tempo) é baseado no livro com o mesmo nome.

O livro é melhor que o filme.
E o livro é muito considerado nos EUA, sendo um dos livros que devem ser lidos nas escolas americanas.
Quando cheguei aos EUA, dei-me conta disto, já que era um livro que tinha influenciado muitos dos meus amigos americanos. Assim, li o livro. E até hoje não entendo a enorme aclamação deste livro por parte do público norte-americano.

Quanto ao filme, é visualmente muito belo.
Mas fica muito aquém daquilo que poderia ser, sobretudo em termos científicos.
Apesar de ter os seus pontos fortes, fiquei com a mesma sensação do livro: estava com expectativas que fosse muito melhor, e fiquei desiludido.

É um filme excelente em termos de mensagens sociais.
É um filme muito bom para puxar pela imaginação das crianças. É um filme que pode desenvolver a confiança (a auto-estima) nos jovens.
No entanto, é um filme que transmite demasiadas ideias pseudo. E isso conspurca o cérebro das futuras gerações.

Adorei os 3 seres excêntricos:
Mrs. Whatsit (O-Que-É), representada pela Reese Witherspoon.
Mrs. Who (Quem), representada pela Mindy Kaling, que cita frases famosas de pessoas ou livros.
Mrs. Which (Qual), representada pela Oprah Winfrey.

Um dos grandes pontos positivos do filme é a diversidade dos atores.

Adorei que, supostamente, tivessem viajado pelo espaço-tempo através da 5ª dimensão.

Gostei da utilização do Tesseracto em diversas explicações.

Gostei bastante das mensagens sociais:

Quando Meg se estava a sentir bastante em baixo, Oprah diz-lhe que existiram inúmeros eventos ao calhas no Universo para que ela fosse como é. Ou seja, cada um de nós é um milagre num universo de improbabilidades.

Outra mensagem fundamental no filme é que é bom ser-se diferente. Não devemos nos conformar em ser iguais a todos os outros.

O filme mostra que as “crianças estranhas”, que sofrem de bullying na escola, na verdade são especiais.

O pai de Meg estava desesperado para ter importância no Universo. Até deixou a família para ir atrás desse sonho.
O filme dá a entender que a família é mais importante que tudo o resto. O pai já era importante no Universo: era importante para a sua família e sobretudo para os seus filhos.

No filme é dito que todos temos defeitos.
E somos perfeitos assim!
Somos perfeitos com as nossas imperfeições.

Mesmo com defeitos, merecemos amar e ser amados.
Segundo o filme, todos nós – mesmos aqueles com imensos defeitos – merecemos amar e ser amados.

Aliás, segundo o filme: o Amor vence tudo.
O Amor é a luz que vence a escuridão, que vence as trevas (os defeitos humanos).

Não cheguei a entender como o pai de Meg e o amigo Calvin chegaram a casa…
A Meg não os levou de volta, e assim, segundo o filme, eles não poderiam ter feito o “salto”.

Supostamente, viaja-se pelo Universo com a mente. Isto é uma ideia pseudo.
Supostamente, é possível dobrar as dimensões do espaço-tempo, permitindo assim as viagens por outras dimensões. Isto faz com que na “realidade” (na nossa dimensão), possamos viajar quase instantaneamente. Viajamos através do Tesseracto, sendo que na nossa dimensão é uma forma de teleportação. Os seres viajantes até chamam a isso: Tesserar.
O problema é que tudo isto é feito… através da mente. Pseudo!

Supostamente, segundo o filme, encontra-se a frequência perfeita e muda-se fisicamente o que está à nossa volta. Isto é absurdo! Não se está a falar de mudar a estação de rádio, com o sintonizar de diferentes frequências. Não se muda de realidade, ao mudar de frequência. A frequência não é isso!

Pior ainda é que na consequência desta conversa, é dito que para se mudar de frequência, e assim tesserar corretamente, basta acreditar. Ora, isto é absolutamente pseudo!! Para quem escreveu isto, eu sugiro que faça a experiência que Richard Dawkins realçou: atire-se do topo de um edifício de 20 andares e acredite que vai falhar o chão e sobreviver…

No filme é dito que a escuridão está-se a espalhar pelo Universo, porque a escuridão (mal) viaja mais rápido que a luz (bem). Ora, isto só pode ser interpretado como o mal viajar mais depressa que o bem, porque se for interpretado literalmente é um enorme disparate – já que a escuridão é a ausência de luz, e assim ambos viajam à velocidade da luz.

O filme tem um grande tema: a luta do Bem contra o Mal.
Neste caso, o Mal é representado por um ser supostamente feito de energia maligna.
O problema é que a energia não é boa nem má. A energia não depende da nossa moral do momento. A energia não depende da moral dos humanos!
Isto é um geocentrismo psicológico que não faz qualquer sentido. Os Humanos não são especiais no Universo. Muito menos para afetarem características básicas do Universo.

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