Hoje entrei no Facebook, e chamou-me a atenção uma mensagem de um amigo meu, astrónomo, que fazia referência a um PÉSSIMO artigo num blog de ciência.
Fui vê-lo. O artigo é este.
O artigo é de André Levy Martins Coelho, que é biólogo, que tem doutoramento numa especialidade relativa à ecologia e evolução, tem uma página no YouTube, e até tem livros escritos em conjunção com o professor Francisco Carrapiço, conhecido na astrobiologia.
O que me apraz dizer deste péssimo artigo?
1 – Aqui nos EUA há algo a que se chama “accountability“, que se pode traduzir como “responsabilização”, ou assumir responsabilidades pela avaliação que é feita ao seu trabalho. Admira-me BASTANTE que num blog que se intitula “viver a ciência” deixem passar este tipo de artigos a promover e a divulgar a ignorância científica, e que não haja ninguém, sobretudo os outros colaboradores, que chamem à atenção o autor deste texto para imediatamente se retratar e não dar péssima imagem de si e de todos os outros no blog.
Admira-me ainda MAIS que existindo uma associação do mesmo nome, supostamente responsável por este blog, não avalie o que é escrito, e corrija tudo o que seja uma divulgação deficiente e ignorante da ciência.
Supostamente a missão desta Associação “pretende contribuir para a promoção da ciência e dos seus cientistas, ao mesmo tempo encorajando o financiamento privado em investigação científica”. Com estes artigos, e não havendo responsabilização, o que a Associação está a contribuir é para a promoção da pseudo-ciência e a contribuir para a ignorância científica.
Mesmo aqui no astroPT, que fazemos as coisas por carolice, e nem sequer pedimos doações, existe uma “accountability” notória. Quando há erros, são corrigidos. Quando há coisas mal ditas, e nos é explicado com razão, então é mudado. Se forem ver posts da semana passada, até vêem que fizemos isso por 3 ou 4 vezes. É normal. Da mesma forma que no passado, até já tivemos problemas com posts que não tinham uma racionalidade científica por trás, e os posts foram avaliados e retirados. Daí que acho um disparate o artigo, mas penso ser incompreensível que a associação e os outros autores do blog se deixem ser arrastados por esta falta de cultura científica. Ficam todos mal na fotografia!
2 – O astroPT tem inúmeros posts sobre pseudo-ciência, e sobre a falta de literacia científica existente na população.
Por vezes pensa-se que só quem não é de ciência é que é ignorante em assuntos de ciência. Isso não é verdade!
Existe muita iliteracia científica nos próprios cientistas, sobre matérias que saem fora do âmbito das suas pesquisas específicas.
Ou seja, como demonstram alguns estudos nesta área, o que se passa é que os próprios cientistas sentem-se perfeitamente à-vontade para falar de assuntos na sua área científica específica, mas quando saem dela, cometem os mesmos erros, dizem os mesmos disparates, e por vezes promovem a mesma incapacidade de raciocínio crítico das pessoas de áreas não-científicas. Os cientistas têm uma “bolha de conhecimento científico”, e quando falam de outras ciências, “metem água”.
Foi o que aconteceu neste artigo. O autor lembrou-se de escrever sobre assuntos que não domina, e promoveu a divulgação de disparates.
Isso é uma das formas de Iliteracia Científica.
3 – Este ponto 2 explicará também o ponto 1. É que a equipa desta associação, excepto uma pessoa, tem um conhecimento científico limitado à biologia. Daí que tudo o que saia deste âmbito, dão a entender que não conseguem avaliar os disparates.
4 – Os disparates começaram logo pelo título: Newton há mais de 300 anos ligou as leis da Terra às leis do Espaço. Toda a gente percebe que a Terra faz parte do “espaço”, faz parte do Universo, e que as leis científicas se aplicam em todo o lado. Penso que toda a gente percebe que a Terra não passa de uma rocha que mais não é do que a nossa nave espacial, na qual viajamos todos os dias, e que nos permite, por exemplo, dar uma volta ao redor do Sol todos os anos.
Daí que colocar um título em que se tem que escolher OU a Terra OU o espaço, é obviamente um disparate logo de entrada. Ou o autor pensa que é um “iluminado” que será um cientista muito mais inteligente e consagrado que o Newton, ou então é um disparate que visa promover uma PÉSSIMA ciência.
5 – Diz o autor que foi Sagan que lhe despertou o interesse pela ciência há já muitos anos atrás. Aconselho a reler os livros do Sagan. Porque é notório que OU não aprendeu OU já se esqueceu de tudo que Sagan defendia e provava na sua divulgação de ciência.
Sagan era reconhecido por saber de ciência de uma forma transversal, ou seja, era bastante culto em várias áreas científicas. O autor deste texto provou ser a antítese de Sagan.
Numa altura em que se visa ter um conhecimento mais abrangente, com esta suposta “escolha”, o autor visa promover a divisão na ciência!
6 – Realço esta frase: “Mas mesmo esse esforço de exploração do espaço me parece, reitero num contexto de recursos limitados, um desperdício”.
Qualquer pessoa minimamente inteligente (o que neste caso quer simplesmente dizer que tenha um mínimo de informação e que saiba procurar informação), consegue ir ao Google e procurar vantagens da exploração espacial no dia-a-dia das pessoas.
Neste blog, por exemplo, temos este post com centenas de aplicações (estamos a falar SOMENTE de tecnologias, e nem sequer vamos falar de como estudamos a Gravidade terrestre com exploração espacial, entre outras leis e teorias científicas. Ou até da detecção de asteróides em rota de colisão que possam acabar com a vida na Terra!). Leiam o post. E muitas mais temos nesta categoria.
Ou seja, escrever essa frase foi um disparate do autor do texto. Mas ainda se torna pior quando a seguir demonstra desconhecimento de como a exploração espacial também ajuda a saber o que se passa no fundo dos oceanos. Não me apetece estar a colocar aqui como isso acontece; quem tiver pelo menos 2 neurónios, que procure, que eu não ando a ser pago para ensinar “associações de ciência”.
Concluindo, defender que OU tem que se ir ao espaço OU tem que se saber mais do mar, é uma escolha que NÃO FAZ QUALQUER SENTIDO!!! Como o próprio Carl Sagan lhe diria, se o autor tivesse realmente compreendido Carl Sagan, em vez de somente mencionar o seu nome.
7 – Diz o autor: “a Astrobiologia, que em parte se preocupa com a descoberta de formas de vida noutros planetas”. Isto está certo. O problema é que o resto do texto é a assumir que a astrobiologia SÓ se preocupa com vida fora da Terra. E isso é UM ERRO!
A astrobiologia, como qualquer definição em sites científicos, em livros científicos, ou em “papers” da área diz, é o estudo da VIDA NO UNIVERSO. A TERRA está no UNIVERSO. Logo, o estudo da vida na Terra faz parte do âmbito da astrobiologia! E aliás, é isso que se vê na maior parte da investigação de astrobiologia.
Basta ir a conferências de astrobiologia para se perceber, por exemplo, que uma ENORME secção, e normalmente uma das que tem mais “adeptos” é o estudo de extremófilos – estudo da vida em condições extremas na TERRA! Incluindo nos MARES.
Aliás, basta ver quem trabalha com o NAI (NASA Astrobiology Institute), as actividades que o NAI faz, e sobretudo as áreas de financiamento que o NAI promove.
Desde educação, passando por microbiologia, estudo de extremófilos, e acabando em biologia evolucionária (evolutionary biology), não faltam temas promovidos e financiados pelo NAI (pela astrobiologia) para projectos da própria área do André Levy!!!
Ou seja, neste caso, parece-me ignorância donde vem parte do financiamento para a sua própria área. Ou então, é “cuspir na mão” que também dá de comer à sua área.
8 – O que me parece é que o autor imagina que astrobiologia só tem a ver com o espaço, e que só áreas astronómicas são financiadas pela astrobiologia, daí que defende o disparate que a astrobiologia não “merece” tanto financiamento como “a Terra”.
Também me parece, pelo texto, que o autor imagina erradamente que a astrobiologia tem a ver com o que se vê na ficção científica. Ou seja, como qualquer “pessoa normal”, este cientista também imagina que astrobiologia é a procura de vida como aquela que se vê nos filmes.
Apesar de dizer literalmente que “não iremos certamente descobrir as formas de vida que tipicamente surgem nos filmes de ficção científica”, o certo é que por todo o texto demonstra essa mentalidade: de que a astrobiologia anda atrás desse tipo de vida, concluindo esse mesmo texto com esta frase que o comprova: “deixemos a vida extra-terrestre para a ficção científica”.
Ele diz que leu o livro “Contacto” (ou melhor, ele diz que leu o livro “O Contacto”, quando esse NÃO é o título do livro) do Sagan, mas se tivesse percebido alguma coisa do livro, perceberia que neste seu texto defende a mesma coisa que as pessoas de mente pequena que o Sagan critica nesse excelente romance de ficção científica. O André Levy há uns anos atrás também diria aos Irmãos Wright, ou até a engenheiros que quisessem criar naves voadoras: “deixemos os aviões para a ficção científica“.
Ou seja, demonstra a mesma iliteracia científica sobre a astrobiologia do que os não-cientistas. Demonstra a mesma iliteracia científica sobre ciência que não é a sua área que os não cientistas. E vai daí, também escreve o mesmo tipo de disparates que os que não são de ciência.
Demonstra uma visão extremamente limitada da astrobiologia.
9 – Também me parece surpreendente que num blog de ciência, e novamente culpo a associação responsável por não avaliar estes textos, se diga mal de outras ciências! E com tantas “misconceptions”.
Actualmente, o $$ que vai parar à ciência é já tão pouco (e uma missão a Marte custa tanto como SOMENTE 2 dias no Iraque), e no entanto esta associação, com textos destes, promove áreas científicas andarem a “bater” noutras áreas científicas.
Gasta-se tanto dinheiro inutilmente em coisas que em NADA desenvolvem a humanidade, mas este autor e esta associação estão é preocupados com o dinheiro gasto na astrobiologia (e na exploração do espaço), e que parte dele até é para financiar as áreas do autor!
Recomendo novamente a leitura dos pontos 2, 6, e 7.
10 – O autor pode defender que o artigo é sobre os recursos limitados para a ciência, e pode defender que é uma visão pessoal sobre o financiamento da ciência, mas SEJA O QUE FÔR, NADA DESCULPA os argumentos utilizados, e a ignorância demonstrada sobre o assunto em causa.
Como demonstrei nos pontos anteriores, o autor utiliza argumentos errados, demonstra não saber o que faz a astrobiologia, e parte dessa ignorância (como se fosse conhecimento) para tentar discutir outros assuntos. Esta é a técnica utilizada pelos pseudos.
11 – Pelo Facebook também soube que no Twitter houve comentários a acharem este texto como “muito interessante”.
Isso é fácil de explicar.
O artigo é nitidamente do “contra”, e como parece promover uma discussão sobre financiamento, há sempre os menos atentos ou com pouco conhecimento que acham um artigo destes “muito interessante”.
Na verdade, o que se passa é o mesmo que nas discussões sobre o Criacionismo. Os Criacionistas, que nada percebem dos argumentos que utilizam, vão contra certas ciências, e quem não sabe do assunto, também acha esses textos “interessantes”.
Da mesma forma que há quem ache “interessante” aqueles que dizem que a Terra é plana! E há muitos que seguem esse disparate. Não sabem do que falam, e acham as ideias “interessantes”.
Da mesma forma que há quem siga este “investigador de OVNIs” que diz que a Terra é oca e os ETs vêm de dentro da Terra. É uma ideia “muito interessante” para quem é ignorante no tema. Para quem tem pelo menos 2 neurónios, percebe pelos argumentos utilizados que é um total DISPARATE.
Da mesma forma que quem compra as “pulseiras quânticas“, acha uma ideia interessante. É burro/ignorante sobre o assunto em causa, e acha “interessante” as ideias que eles “vendem”. É tudo um rosário de disparates, mas quem não sabe, acha “interessante”, e segue alegremente na sua ignorância.
Da mesma forma que quem bebe esta “água milagrosa” também a acha interessante. Não sabe que pode matar, por isso, é “interessante”.
E poderia dar muitos mais exemplos dos pseudos (leiam aqui), porque este texto e os comentários de “muito interessante” só promovem uma cultura pseudo-científica, ou seja, promove este tipo de sociedade ignorante.
12 – Não conheço o autor do texto, logo não sei se é bom cientista ou não.
Só afirmo que com textos destes, demonstra não saber de astrobiologia, demonstra nem saber para onde vai o financiamento dessa mesma astrobiologia, demonstra não saber os benefícios diários da exploração espacial, demonstra ter iliteracia científica (não devia discutir assuntos que não domina), demonstra querer promover guerras dentro da ciência, e demonstra promover uma cultura pseudo-científica nos argumentos utilizados.
Pior do que isso, a associação que se diz de ciência e que promove estes textos, claramente aceita este tipo de textos a divulgar a ignorância sobre uma área científica.
Pela astrobiologia e pela educação científica,
Carlos F. Oliveira
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A continuação desta “saga”, pode ser vista aqui:
http://www.astropt.org/2010/08/18/conhecer-a-terra-e-o-espaco-mais-uma-vez/
Mais um exemplo acabado de colocar no nosso blog, liderado por um centro de astrobiologia, de modo a conhecer melhor a vida na terra (e especular para outros ambientes):
http://www.astropt.org/2010/08/10/poderiam-as-bacterias-extremofilas-do-rio-tinto-sobreviver-no-clima-hostil-marciano/
Estou aqui a trabalhar e, de repente, até falo com outro exemplo perfeito de para onde são canalizados os recursos da astrobiologia:
John Scalo é professor aqui na UT em Austin, e é um dos investigadores do NAI (Instituto de Astrobiologia da NASA). Aqui na UT temos alguns investigadores do NAI.
E que faz ele?
http://astrobiology-beta.arc.nasa.gov/directory/profile/2169/john/scalo/
Estuda estrelas, exoplanetas, e discos planetários.
Tendo em conta que um dos grandes objectivos da procura de exoplanetas é saber o nosso lugar no Universo, e tendo em conta que saber o nosso lugar no Universo é uma questão central no conhecimento humano e que sempre fez parte da história da humanidade, parece-me que opinar que é um desperdício ter este tipo de conhecimento, que é um “desperdício” a “exploração do espaço”, é entrar por caminhos obviamente errados…
Só para ver se consigo ser mais claro sobre o financiamento.
Exemplo perfeito: Penelope Boston.
http://en.wikipedia.org/wiki/Penelope_Boston
Ela é, para TODOS os efeitos, uma astrobióloga.
Tem livros, escreve artigos, participa em documentários de astrobiologia, e até dá palestras no TED a favor da astrobiologia, sobretudo da vida em Marte.
Até faz parte de sociedades como “Mars Explorers”.
http://marsexplorers.org/officers/boston/
E há muitos outros exactamente iguais a ela:
http://caveslime.org/people/
E é também para estes que vai algum financiamento da astrobiologia, e até “bolsas espaciais” da NASA.
Mas não andam a procurar vida extraterrestre, apesar da Dra. Boston pensar que eles existem em Marte. Eles andam sim à procura de extremófilos na Terra em condições que poderão existir em Marte.
Ou seja, como MUITOS OUTROS, estes recebem financiamentos para estudar a vida na Terra… ou seja, andam a estudar a vida no Universo!
Penso que há 4 pequenos problemas neste texto:
“Entendemos que André Levy produziu legitimamente um artigo pessoal sobre o financiamento dado à Astrobiologia, que considera excessivo em comparação com outras áreas de saber.”
Ele não falou só da astrobiologia, mas também ignorou as vantagens da exploração espacial. Não só mostrou desconhecer as vantagens, como erradamente assumiu que por não as conhecer então elas não existem.
Isto é um erro. Não é “legítimo”. Pelo contrário, é mentir às pessoas.
Por outro lado, como é que ele pode considerar excessivo um financiamento que ele demonstrou desconhecer?
Se é uma opinião baseada no desconhecimento, então é uma opinião ao nível dos pseudo.
Ele que repare em 1º lugar quanto do financiamento vai para o estudo da vida na Terra, e assim já percebe que está a opinar contra o estudo da vida na Terra.
O que basicamente torna a sua opinião num paradoxo.
“Não há nenhuma guerra em curso entre as diversas áreas científicas nesta Associação e a “ignorância científica” não faz, certamente, ninho em cenários que permitam o debate de ideias.”
Isto não é um debate de ideias.
É uma opinião de quem se baseou na sua ignorância sobre um tema (ler comentário 24), para divulgar algo que não é verdade.
E nem falarei novamente nos “erros de facto” (título de livros), “homenagem auto-biográfica” (dito pelo próprio David Levy), na mentira de dizer que não fez a equivalência com a ficção científica, ao dizer que a astrobiologia é a “contrastante”, e a própria ignorância que demonstrou da área da astrobiologia, incluindo do seu financiamento (ler os pontos no comentário 24).
Claro que toda a gente tem direito a dar a sua opinião.
Só se pede é que seja uma opinião informada. Será pedir demais?
“lastimamos o debate estéril que foi gerado em torno do mesmo”
Como me informaram no Facebook, esta caracterização do debate foi bastante infeliz e errada.
Será estéril só porque é de opinião contrária à da associação?
O debate foi útil, necessário, pedagógico (informou sobre os erros do texto), e teve um resultado notório que foi de vocês próprios (incluindo o autor) reconhecerem que o texto está muito mal feito.
Logo, de estéril não teve nada.
“canalizando-o para caminhos que nada têm a ver com a ciência em si.”
Note-se que o texto do David Levy não era para ser sobre ciência. Era para ser simplesmente uma opinião sobre financiamentos (foi ele que o disse).
E os comentários aqui foram no mesmo sentido: não é uma discussão científica. É simplesmente uma correcção de erros, que o David Levy, como desconhecedor da área (e já o reconheceu), deveria ter em atenção.
De resto, penso que o vosso texto está muito bom, bastante sóbrio.
A única coisa que eu critico a Associação Viver a Ciência é publicitar um texto com graves deficiências de conhecimento.
Novamente, digo que a única coisa que se pede é uma opinião informada.
Pelo vosso esclarecimento, parece-me que têm esse objectivo também. Ainda bem!
Cá ficamos à espera então do novo texto do David Levy sobre o tema.
[…] 15 – Astrobiologia: Mensagens. Detectar e Contactar ETs. Sinal WOW. Hawking. Palestras. Paradoxo de Fermi (simulação de computador, sem solução). Sagan. Dentro de Buracos Negros. Buraco Negro de Outro Universo. Luas. Vida em Vénus. Astrónomo Russo. Educação. Documentários (Alien Planet). Discussão. […]
[…] alguma controvérsia, incluindo comentários neste mesmo blog, um post e comentários no blog «astro.PT» e um esclarecimento por parte dos moderadores deste blog. Depois da troca de comentários em […]
[…] Na sequência do post “Conhecer a Terra E o Espaço”, publicado no blogue astroPT, como reacção a este texto, a Associação Viver a Ciência […]