Como sabem, há um mês atrás escrevi este post, em que demonstro com factos que o que a autora anónima desse blog andava a dizer, eram mentiras totalmente contrárias ao conhecimento que se tem do assunto.
Há dias atrás, escrevi mais este post, a demonstrar mais uma vez com factos baseados no conhecimento que o que essa autora anónima diz, é tudo uma carrada de mentiras.
(quando digo “mentiras”, obviamente que se depreende que são afirmações contrárias ao conhecimento. Este é um local de conhecimento. Este é também um local de ciência. Na verdade, as duas palavras são sinónimas. Ciência vem da palavra em latim Scientia, que traduzido em português quer dizer conhecimento. A definição mais consensual de ciência é que Ciência = Conhecimento Acumulado. Este local, astroPT, é um local de ciência, de conhecimento, na internet, como Museus, Centros de Ciência, Planetários, etc, o são fora da internet. Daí que ninguém pode ficar surpreso por aqui se defender o conhecimento objectivo dos assuntos, independentemente das crenças de cada um. E daí que ninguém pode ficar surpreendido por aqui se combater o obscurantismo anti-conhecimento, anti-ciência, anti-estudos, anti-experiências. Quem faz afirmações contra a ciência e os cientistas, está a afirmar que é contra o conhecimento. Quem nega as explicações científicas e envereda por conspirações sem nexo, está, por definição, a negar o conhecimento. Por outro lado, quer as pessoas queiram ou não, o nosso mundo é um mundo científico – não só em termos de tecnologias que todos usamos (incluindo os pseudos também as usam), mas as próprias pessoas pensam de forma científica a todos os minutos do dia. Assim, se as pessoas querem ter conhecimento do mundo onde vivem, têm obviamente que ter conhecimento da ciência existente. Daí que tudo o que é dito neste espaço é sempre avaliado à luz da ciência, do conhecimento. Nunca alguém poderá levar a mal (ou considerar difamações), avaliações à luz do conhecimento/ciência)
Neste último post, um leitor, Daniel, disse que a autora anónima que se esconde atrás da identidade Ravena, é afinal uma pessoa chamada Laura Botelho.
Podem ler esse comentário, aqui.
Notem que não fui eu que o disse, mas um dos leitores do nosso blog.
Respondi a esse comentário, aqui.
Ora esse comentário levou a que a dita Laura Botelho, na passada 4ª feira, me contactasse privadamente a ameaçar com processos em tribunal. 😀
Normalmente não ligo a estas coisas, de tão absurdas que são estas formas de ameaçar, de tentar amedrontar à força, próprias dos bullies que não têm razão nem argumentos racionais para defenderem as suas posições.
Mas só para terem uma ideia daquilo que recebemos de vez em quando, só porque decidimos avisar a população para não caírem em vigarices (à luz do conhecimento), cá fica este caso.
A Laura Botelho tem esta página de Facebook. Tem uma foto dela mais consentânea com a realidade, aqui.
Ela auto-define-se como “conselheira de bem estar e saúde“. No entanto, a atitude que toma quando as suas crenças são postas em causa é logo ameaçar com tribunal. Penso que como “conselheira de bem-estar” está tudo esclarecido.
Ela diz também que a “high school” (escola secundária) dela foi em “Master NLP – Neuro Linguistic Programming“.
Ora, isso é uma escola estranha. Fui procurar o que é isso. Basta uma rápida consulta no Google e na Wikipedia.
Podem ler, por exemplo, na wikipedia:
“Reviews of empirical research on NLP showed that NLP contains numerous factual errors, and failed to produce reliable results for the claims for effectiveness made by NLP’s originators and proponents. According to Devilly, NLP is no longer as prevalent as it was in the 70s and 80s. Criticisms go beyond the lack of empirical evidence for effectiveness; critics say that NLP exhibits pseudoscientific characteristics, title, concepts and terminology. NLP is used as an example of pseudoscience for facilitating the teaching of scientific literacy at the professional and university level. NLP also appears on peer reviewed expert-consensus based lists of discredited interventions. In research designed to identify the “quack factor” in modern mental health practice, Norcross et al. (2006) list NLP as possibly or probably discredited, and in papers reviewing discredited interventions for substance and alcohol abuse, Norcross et al. (2008) list NLP in the “top ten” most discredited, and Glasner-Edwards and Rawson (2010) list NLP as “certainly discredited”.”
E aqui.
Devo referir que devem ver todas as fontes lá referidas, por instituições e cientistas credíveis, e até podem comprar os livros/artigos científicos com os estudos, que demonstram que isto é uma pseudociência.
Realço também este dicionário, que deveria ser obrigatório para quem quer saber se algo é uma fraude ou não, aqui.
“Neuro-linguistic programming (NLP) is one of many New Age Large Group Awareness Training programs. (…)
While I do not doubt that many people benefit from NLP training sessions, there seem to be several false or questionable assumptions upon which NLP is based. Their beliefs about the unconscious mind, hypnosis and the ability to influence people by appealing directly to the subconscious mind are unsubstantiated. All the scientific evidence which exists on such things indicates that what NLP claims is not true. (…)
It seems that NLP develops models which can’t be verified, from which it develops techniques which may have nothing to do with either the models or the sources of the models. NLP makes claims about thinking and perception which do not seem to be supported by neuroscience. This is not to say that the techniques won’t work. They may work and work quite well, but there is no way to know whether the claims behind their origin are valid. Perhaps it doesn’t matter. NLP itself proclaims that it is pragmatic in its approach: what matters is whether it works. However, how do you measure the claim “NLP works”? I don’t know and I don’t think NLPers know, either. Anecdotes and testimonials seem to be the main measuring devices. Unfortunately, such a measurement may reveal only how well the trainers teach their clients to persuade others to enroll in more training sessions. (…)
On a more cheerful note, Bandler has sued Grinder for millions of dollars. Apparently, the two great communicators and paradigm innovators couldn’t follow their own advice or perhaps they are modeling their behavior after so many other great Americans who have found that the most lucrative way to communicate is by suing someone with deep pockets. NLP is big on metaphors and I doubt whether this nasty lawsuit is the kind of metaphor they want to be remembered by. Is Bandler’s action of putting a trademark on half a dozen expressions a sign of a man who is simply protecting the integrity of NLP or is it a sign of a greedy megalomaniac?”
Notem que nada disto sou eu que o digo, mas é fruto de estudos independentes. Esse conhecimento está disponível para quem o queira ter.
Se virem vários sites no Google, como eu vi, vêem alguns a dizer que o Derren Brown, de quem já falamos nestes posts, é um dos que segue isso.
Na verdade, o que aconteceu foi isto:
“Several authors have claimed that Brown uses neuro-linguistic programming (NLP) in his act which “consists of a range of magical ‘tricks’, misdirection and, most intriguing, setting up audiences to provide the response that he wishes them to provide by using subtle subliminal cues in his conversation with them.” In response to the accusation that he unfairly claims to be using NLP whenever he performs, Brown writes “The truth is I have never mentioned it outside of my book”. Brown does have an off-stage curiosity about the system, and discusses it in the larger context of hypnotism and suggestion. In his book “Tricks of the Mind” he mentions that he attended an NLP course with Richard Bandler, co-creator of NLP and mentor of Paul McKenna, but suggests that the rigid systems of body language interpretation employed by NLP are not as reliable as its practitioners imply. He also mentions the NLP concept of eye accessing cues as a technique of “limited use” in his book “Pure Effect”. The language patterns which he uses to suggest behaviours are very similar in style to those used by Richard Bandler and by the hypnotist from whom Bandler learned his skill, Milton H. Erickson. Brown also mentions in his book ‘Tricks of the Mind’ that NLP students were given a certificate after a four-day course, certifying them to practice NLP as a therapist. A year after Brown attended the class, he received a number of letters saying that he would receive another certificate, not for passing a test (as he discontinued practising NLP following the course), but for keeping in touch. After ignoring their request, he later received the new certificate for NLP in his mailbox, unsolicited.”
Ou seja, ele diz que assistiu a um curso para saber o que era. Como já temos mostrado em vídeos, ele vai a essas coisas, para depois poder desmistificar as mentiras. Ele não “fala no ar”.
Isso não quer dizer que ele aceita os métodos deles. Pelo contrário, ele diz que as provas que eles dizem existir, não existem.
Ele também menciona que por ter assistido a 4 dias disto, foi-lhe logo dado um certificado de que poderia praticar este NLP como terapeuta. Um ano depois de assistir a esse curso de 4 dias, eles enviaram-lhe outro certificado, apesar de ele nunca mais ter assistido a coisíssima nenhuma.
Isto, pelos vistos, ele diz no livro dele, que eu ainda não li.
Este NLP, de que o Brown recebeu 2 certificados (um por atender 4 dias e outro por não atender nenhum dia), é o que a Laura Botelho diz que é a sua “high school” (escola secundária).
Como se percebe, até aqui nada disto sou eu que digo. Tudo está disponível na internet, em livros, e no que a Laura diz de si própria.
Como também se percebe nas notícias que ela envia para o seu Facebook, aquilo tresanda a conspirações, várias delas já desmistificadas aqui no blog.
Novamente, isto não sou eu que digo. Qualquer pessoa pode ir lá e comprovar por si próprios.
Só para dar um exemplo:
Notem novamente que não sou eu que ando a escrever essas barbaridades (à luz do conhecimento que se tem desses assuntos). Ela própria, de livre e espontânea vontade, anda a divulgar coisas que qualquer pessoa que saiba minimamente do assunto, percebe que é mentira. Ela anda a divulgar anti-conhecimento porque quer.
Então ela ficou ofendida com o meu comentário porquê?
O meu comentário, podem lê-lo novamente, está aqui.
Eu digo lá que não sei se ela é a Ravena porque o blog da Ravena não aparece no seu Facebook.
Será que ofendi-a por não conseguir provar isso? LOL
Digo que ela só tem “high school” e nunca frequentou a universidade, porque é essa informação que ela dá no Facebook dela.
Será que ela se ofendeu por eu repetir o que ela diz? LOL
A seguir digo que ela escolheu uma frase (“Qualidade de VIDA é ser seu próprio MESTRE, líder e terapeuta!!!”) em que se depreende que ela prefere que as pessoas doentes se curem a si próprias do que consultarem especialistas.
E isto está em concordância com os tais cursos de 4 dias que dão direito a certificados de terapeutas.
Novamente notem que ela própria é que colocou essa frase. No entanto, fica ofendida se reparam nisso.
Depois menciono blogs dela, que ela colocou no seu Facebook, como este e este.
Como se percebe, são blogs carregados de pseudociência. Qualquer cientista percebe isso. E qualquer pessoa com um mínimo de pensamento crítico e com um mínimo conhecimento dos assuntos, também chega a essa conclusão.
Por isso, ela está ofendida porquê? Por um cientista e uma pessoa com conhecimento dos assuntos em causa ter chegado a essa conclusão após avaliar o conteúdo dos blogs dela? Ficou ofendida devido a isso? Enfim… LOL
A seguir falo de outro blog dela, que ela também menciona no Facebook (como se percebe, tudo isto é divulgado por ela e nada é inventado por mim), em que ela diz isto:
E este foi o meu comentário:
“Neste ela diz que dá workshops sobre neurolinguística, emoções, mente e FÍSICA QUÂNTICA!!!
Ou ela é um génio maior que o Einstein, ou então é uma vigarista!
Como ela fala de quântica da mesma forma como falam os mentirosos que andaram a vender pulseiras quânticas para enganar toda a gente e foram condenados por essa fraude, então não é difícil de perceber que ela é igual a eles.
Note-se que ela nunca foi à Universidade estudar nada… mas acha que sabe tanto para dar workshop de Física Quântica! LOL”
Realço que isto é tudo a partir das informações que ela dá. Ela diz que a escola dela foi aquele NLP que dá certificados rápidos… e com isso acha que tem capacidade para dar workshops sobre Física Quântica.
Ela ofendeu-se por um cientista que anda a estudar há vários anos, que investiga os fenómenos, e que nem assim tem capacidade nem conhecimento para falar de Física Quântica (porque não é especialista, com licenciatura, doutoramento, e pós-doutoramento nisso), ter a opinião correcta que ela com esses cursos de 4 dias também não tem capacidade para tal? Enfim… LOL
Ou será que ofendi-a por lhe chamar vigarista?
Em 1º lugar, eu não a chamei vigarista. Eu disse que ou ela é um génio ou é uma vigarista. As pessoas é que devem tirar as suas próprias ilações, tendo em conta a escola que ela diz ter frequentado, e o facto de ela andar a dar workshops sobre Física Quântica, para os quais são precisos muitos anos de estudo, incluindo doutoramentos especializados no assunto.
Em 2º lugar, o que diriam de alguém que anda a vender pulseiras quânticas ou outro tipo de ideias quânticas, sem ter qualquer noção do que é a quântica e sabendo que nem o seu produto tem qualquer propriedade quântica nem a dita pessoa tem qualquer conhecimento de física quântica?
Em 3º lugar, a definição de vigarista no dicionário que consultei é: “Enganador. Aquele que se aproveita da boa fé de alguém.” O dicionário também diz que um vigarista faz “propaganda enganosa“. Tendo em conta esta definição, o que diriam de alguém que é, por exemplo, empregada de limpeza, mas entra num hospital e faz-se passar por médica para começar a “curar” os doentes que, obviamente, na sua boa-fé acreditam que ela é médica? E o que diriam de alguém que diz que tem um curso de NLP, mas faz-se passar por especialista em Física Quântica? Será que ela consegue fazer este simples exame, por exemplo?
A seguir mencionei um outro blog dela, em que ela se auto-intitula de “laura botelho quântica”. LOL
Antes de mais, vejam bem a quantidade de blogs a dizer as mesmas coisas que esta pessoa tem. O objectivo é simples: chegar a um maior número de pessoas com as suas tretas.
Mas continuando, neste blog ela diz isto:
E eu digo no meu comentário: “Neste ela diz que a doença não existe e a cura também não.”
Está ou não está lá escrito?
Novamente, ela ficou ofendida por eu dizer aquilo que ela diz? LOL
Já nesta página, ela diz isto:
“Quero introduzir o conceito de MetaMedicina no Brasil – onde Corpo e mente trabalham como um processo sistêmico.
Minha meta é levar o conhecimento dessa nova visão da medicina, desse novo modelo terapêutico e diagnóstico ao brasileiro que quiser melhorar a sua saúde e elevar sua qualidade e excelência de vida.”
Depreendo que ela aconselha as pessoas a não irem aos especialistas, o que neste caso são os médicos.
E daí eu ter dito isto no meu comentário:
“Ela diz que leva a fraude da Metamedicina para o Brasil. O objectivo é, obviamente, enganar o maior número de brasileiros possível e ficar rica.”
Percebe-se pelo número de blogs e páginas dela, que ela quer atingir o maior número de pessoas.
Quanto à Metamedicina, neste site diz que é pura fraude, e neste site diz que é a Seita da Morte.
O dicionário utilizado em cima, diz que isto será um futuro tópico deles.
Mas se forem à página de wikipedia do mentor disto, Ryke Geerd Hamer, então já se podem tirar algumas conclusões.
Diz essa página que “Ryke Geerd Hamer (…) a system of pseudo-medicine that purports to be able to cure cancer. The Swiss Cancer League described Hamer’s approach as “dangerous, especially as it lulls the patients into a false sense of security, so that they are deprived of other effective treatments”. Hamer held a licence to practice medicine from 1963 until 1986 when it was revoked for malpractice. Hamer’s system came to public attention in 1995, when the parents of a child suffering from cancer refused medical treatment in favour of Hamer’s methods. Hamer is charged and convicted in several European countries and is responsible for numerous deaths among his patients.”
Mais abaixo diz isto:
“Hamer’s license to practice medicine was revoked in 1986 by a court judgment in Germany, which was reconfirmed in 2003. As he continued to treat patients, Hamer was investigated several times on allegations of malpractice and the death of patients. He was jailed for 12 months in Germany from 1997 to 1998, and served a prison term from September 2004 to February 2006 in Fleury-Mérogis, France on counts of fraud and illegal practicing. He subsequently lived in voluntary exile in Spain until March 2007, where Spanish doctors hold him responsible for several tens of preventable deaths. In 1997 he owned clinics in Germany, Belgium, Italy, Austria, and the Netherlands. Later he apparently moved to Norway.”
Devem ler as fontes apresentadas.
Ainda mais abaixo, é explicado que as respostas dos médicos são claras: é pseudociência sem evidências comprovadas.
O tal dicionário que devem sempre consultar, também diz isto sobre esse Hamer:
“Dr. Ryke Geerd Hamer went from suspecting a causal link between his wife’s death and his own cancer with the shooting and eventual death of their son, Dirk, to a full-blown practice of medical quackery that claims all diseases are due to conflict and shock. From there he went on to invent a treatment for cancer and other diseases called conflictolysis. It is reported by critics that over 140 cancer patients have died despite this treatment and nobody has been cured. Also, you won’t find anything in the scientific literature in the way of controlled studies or other scientific methods of testing and evaluating Hamer’s claims. Scientific tests evolved in the evidence-based world and are a way of avoiding self-deception and of determining whether apparent patterns are illusory.”
Já eu no meu comentário disse isto: “É assim chamada porque é baseada nos trabalhos de Ryke Geerd Hamer, que foi condenado por levar à morte muitos dos seus pacientes com tretas pseudos de New Age.”
Como se percebe, nada do que eu disse foi uma opinião minha, daí que não devia levar a Laura Botelho a ficar ofendida. Tudo o que eu digo sobre este assunto pode ser lido em vários outros lados. São estudos feitos, são análises ao trabalho feito, e são textos baseados no conhecimento do assunto por quem estudou o assunto. Ou seja, como sempre, baseio-me no conhecimento dos assuntos. Não é uma opinião minha.
Mas a Laura Botelho embirrou com as minhas palavras… como se fosse eu a dizer estas coisas todas. LOL
Acabei esse comentário com esta frase:
“Enfim… se a Ravena é esta Laura Botelho, a fraude em que ela está metida gera milhões de dólares a enganar pessoas.”
Tendo em conta tudo o que podem ler sobre a Metamedicina, penso que não disse nada de especial. O tal dicionário que mencionei em cima, penso que é claro ao classificar as investigações do Hamer como crenças sem base científica. Se essa crença é divulgada para outras pessoas como sendo conhecimento (quando não o é à luz da ciência, do conhecimento), então essa é a definição de fraude, como podem ler aqui e aqui.
Se a minha interpretação é errónea, corrijam-me. Se o dicionário está a avaliar erradamente o MetaMedicina, então os “metamédicos” devem reclamar com esse dicionário.
Resumindo e concluindo: tudo o que eu disse baseou-se nas informações dadas pela própria Laura nos seus blogs e página de Facebook, e em literatura diversa sobre as crenças dela com as quais fez um negócio.
Daí que não vi nada que pudesse ofender a Laura. A não ser que ela se ofenda com as suas próprias palavras e crenças pessoais.
Mas a irracionalidade das pessoas surpreendem até aqueles que lidam com esta gente há já vários anos.
Daí que surpreendeu-me ver uma mensagem enviada para o meu Facebook, desta Laura Botelho, a dizer que me ia processar.
Para perceberem o tipo de pessoa que a Laura Botelho é, deixem-me mostrar-vos a conversa dela:
Deixem-me relembrar-vos que ela diz na sua página de Facebook que é “conselheira de bem-estar”. Percebe-se o bem-estar dela, certo?
A 1ª mensagem dela sinceramente nem sei como hei-de classificar.
Começou por me chamar “moço”. Deve pensar que está a falar com os amigos dela…
Seguidamente disse-me para eu a contactar por e-mail. O que só me deu vontade de rir. Então se ela me está a contactar por Facebook, porque raio quer que eu lhe envie um e-mail? Enfim, os paradoxos próprios de quem não pensa.
E acaba assumindo que eu visto “calaças”. Não sei o que são calaças, mas devem ser vestimentas feitas com “energias etéreas” só ao alcance daqueles que se auto-proclamam de iluminados.
Seguidamente enviou este vídeo, sobre “Calúnia, injúria e difamação na Internet”.
Curioso que ela acha que está certa por andar a divulgar pseudociência (classificada como pseudo em todos os testes realizados por aqueles que têm conhecimento), mas acha que avaliar essas coisas que ela divulga, já acha que é difamação sobre ela. Ela não entende o que é uma avaliação feita por especialistas. Ela não entende o que é ter conhecimento. Daí que acha que pode dizer o que quiser e negar o conhecimento, mas se alguém apontar que o que ela diz é errado (baseado em fontes de conhecimento), então isso é difamação sobre ela.
Como se percebe, ela não entende as diferenças entre avaliação e difamação, não entende as diferenças entre argumentos pessoais e ao conteúdo, e não entende as diferenças entre ciência e pseudo (pseudo = anti-conhecimento). Por fim, ela não entende as diferenças entre “falar-se no ar” ou utilizar o que ela própria diz sobre ela e o que outras fontes dizem sobre aquilo em que ela acredita.
O vídeo tem outra curiosidade: o médico queixa-se das pessoas acusarem e não se identificarem. Ou seja, o médico está precisamente a falar de todas as pessoas, como a Ravena, que se escondem atrás de identidades falsas, para na Internet andarem a dizer mal da medicina, dos médicos, e do médico A ou B. Isto é o que a Laura faz com as “notícias” completamente erradas que ela divulga no seu Facebook. Ela está a insultar e a difamar os cientistas e o conhecimento científico. Além disso, ela usufrui do conhecimento científico que ela nega, o que na prática é a definição de hipocrisia.
Já eu, ao contrário da Ravena que o médico critica, estou totalmente identificado.
Como se percebe, são formas diferentes de estar na vida. Uns com transparência e outros não. E como se percebe, o médico no vídeo queixa-se é de pessoas como a Ravena.
Logo a seguir ela envia uma foto, print screen, do meu comentário no outro post. Pelos vistos, é para enviar para tribunal.
Deve ter medo que eu apague o comentário.
Não só esse comentário continua, como agora tem este post completo para fazer print screens. Enjoy.
Estas foram as minhas respostas para ela:
“Moça, está à-vontade. Tem o meu e-mail quer aqui no Facebook quer no blog de que é leitora. Já agora, agradeço-lhe o facto de ler o meu blog.
Note igualmente que eu não provei que a Laura era a Ravena, e digo isso. Note também que o que eu digo da MetaMedicina, está fundamentado com links.
Por isso, agradeço o processo. É uma forma de receber um contra-processo. Aproveitei para fazer alguns print screens ao seu Facebook e aos seus blogs também… assim, fica-se a saber das vigarices de que eu estive a falar e que são punidas por lei. Obrigado :)”
Seguidamente, disse mais isto:
“Quanto às suas vigarices, até já pensei em começar pelos workshops de Física Quântica… penso que evidência mais clara, não há.
Só aqui na Universidade, tenho algumas dezenas de especialistas que não se importarão de serem testemunhas em demonstrarem que vocês nada sabem sobre esse assunto.
Por isso, novamente, agradeço que ponha os tribunais a trabalhar :)”
Ela respondeu: “Nos veremos em breve”.
Ao que eu retorqui:
“Pode-me ver quando quiser. Eu não me escondo atrás de identidades falsas. Já pensou em fazer o mesmo?
Pois, é verdade… a transparência é algo que vocês clamam mas que hipocritamente não fazem.”
A seguir ela concluiu dizendo isto:
“Parvo, fica quieto, a pessoa que é a “Ravena” entrará comigo nessa empreitada. Vamos colocar o Sr, no seu devido lugar.
Já estamos nos comunicando inclusive com Dr. Hammer. Acho que os advogados dele vão gostar de ler o que vc escreveu.
Ainda tem o pessoal da MetaMadicina.
Vamos montar um grupo bem divertido.
Vai demorar, mas aguarde… Reze para o mundo acabar antes de nos encontrarmos.
cambio e desligo”
Digo “concluiu” porque a seguir ela bloqueou-me, e por isso deixei de lhe poder responder.
Esta é uma atitude típica de quem não tem argumentos para discutir o assunto, e também a atitude daqueles que atiram pedras e a seguir vão-se esconder fazendo-se de vítimas.
Mas a minha resposta seria:
Já comunicou com o Dr. Martelo? É que “Hammer” é martelo em inglês. Já o vosso mentor chama-se Hamer (com um único “m”). Bem, estes erros nem à martelada…
E então acha que uma pessoa que já esteve presa por fraude é a sua melhor testemunha contra pessoas que trabalham diariamente em Física Quântica? LOL É assim que quer provar que sabe de Física Quântica para dar workshops sobre isso? LOL
Quanto ao pessoal da “MetaMadicina”, estou realmente com medo deles. É que não sei quem são. A MetaMedicina sei o que é… agora a “MetaMadicina” que deve ser baseada em “madicina” desconhecida, não sei. Reconheço a minha ignorância sobre “madicina”.
Quanto a 2012, espero que se sinta responsável por estas situações. Se dependesse de mim, os vossos sites seriam responsabilizados por manipularem e levarem à loucura algumas pessoas (que depois dá em mortes). Mas eu confio que os tribunais, mesmo que pareçam lentos, farão o seu trabalho.
Quanto a rezar para o mundo acabar… LOLLL reconheço: fez-me rir. Tem certeza que não quer seguir uma carreira de comediante? Com a sua experiência de NLP, poria as pessoas a rir num instante… e note, era mais terapêutico e toda a gente saía de lá contente. É uma sugestão que lhe dou, para o bem da população brasileira.
Outra sugestão, se quiser algo mais científico e não nas artes, é que poderia utilizar o seu tempo para aprender algumas coisas de ciência.
Ou seja, poderia utilizar o seu tempo para o progresso da Humanidade… não acha que seria um tempo melhor empregue? Eu acho que é, até porque eu faço isso. É outra sugestão que lhe dou.
Eu percebo que a ciência baseada em factos pode não dar tanto $$$ como as pseudociências baseadas nas mentiras (anti-conhecimento sem quaisquer evidências)… mas pronto… poderia, no mínimo, tentar. Que diz?
Por fim, para resumir tudo, faço notar que a Laura Botelho em momento algum argumentou que o que fazia era correcto, nem nunca disse que estudou essas coisas anos e não dias, nem nunca disse que era doutorada em física quantica e por isso podia fazer workshops, nem nunca demonstrou com experiências cientificas que aquilo em que acredita e dissemina pelas pessoas está correcto.
Não, a Laura nunca fez nada disso, porque esta seria a atitude racional, e porque precisaria de apresentar evidências de tudo, e não tem essas evidências.
Por isso, a Laura limitou-se a atacar pessoalmente, pensando que assusta com processos em tribunal.
Além disso, a Laura poderia contrariar aqui no blog, aquilo que eu disse no meu comentário. Era livre de o fazer, apresentando argumentação coerente. Ao contrário do blog da Ravena, em que não podemos lá escrever quais são os factos sobre os assuntos (como eu quando enviei o comentário para lá a dar os factos sobre o cometa Elenin, e a Ravena não deixou passar porque quer manter os seus leitores na ignorância, manipulando-os a seu belo prazer), aqui logo que tenha uma postura racional e baseada em evidências, pode contrariar quem quer que seja.
E note que eu poderia muito bem estar enganado sobre si. E se eu estivesse enganado, ou eu simplesmente editava o comentário nas partes que estivessem erradas, ou então deixava estar o comentário e a seguir pedia-lhe desculpas publicamente. Já não é a primeira vez que o faço. Pode ver um exemplo, aqui. Eu sei que sou falível, por isso não me faço passar por infalível. Daí que quando me engano, assumo; e se tiver que pedir desculpas, peço. Esta é uma definição de “bom carácter“, de honestidade. Eu prefiro dizer que sou objectivo, doa a quem doer, mesmo que seja contra mim.
Daí que a Laura Botelho tinha tudo para tomar uma atitude consentânea com aquilo que diz de si no Facebook. Se o seu objectivo fosse o “bem-estar”, poderia simplesmente mostrar onde estavam os erros e o porquê deles, e o assunto ficava resolvido porque eu corrigiria imediatamente.
Mas não. A Laura Botelho preferiu tomar a atitude contrária ao bom senso. Em vez de tentar resolver o seu problema a bem, preferiu logo ameaçar com tribunal.
Sabe que palavras no Facebook ou o que as pessoas dizem sobre si mesmas pouco importa. O que conta mesmo são as acções das pessoas. Pelo menos, é assim que eu penso.
E posso estar enganado, mas tenho a impressão que a sua atitude demonstrou que os valores que em público diz defender não são aqueles que apresenta nos contactos em privado e/ou com aqueles que não seguem as suas crenças sem bases científicas.
Desta forma, as palavras pouco contam se as atitudes não corresponderem ao que a pessoa diz sobre si própria.
Note-se que o facto de um simples comentário num blog a ter levado logo a bullying alguém com tribunal, parece demonstrar não só que a Laura Botelho não quer saber do bem-estar das pessoas, mas sobretudo parece demonstrar que a Laura está focada é em alguma retribuição monetária que o tribunal lhe possa conceder.
Se o objectivo fosse só o seu “bom nome”, então era simples: como eu expliquei em cima, bastaria demonstrar com evidências científicas, baseadas no conhecimento, que o que eu disse era errado, e imediatamente eu pediria desculpas públicas. Nada mais simples.
Ao não o fazer, a Laura demonstra que o seu objectivo não é “limpar” o seu nome, mas sim algo que só o tribunal lhe poderá dar… e que eu assumo que sejam retribuições materiais.
Ao ter esta atitude, na minha avaliação da situação, a Laura demonstra que não quer discutir racionalmente os assuntos nem quer saber dos outros. Parece-me que a Laura demonstra que só está interessada em si própria.
De qualquer modo, cá aguardo as suas notificações para ida a tribunal.
Eu confio na sapiência dos tribunais. Já não estamos na Idade Média. Os juízes actuais têm sabedoria suficiente para diferenciarem: aquilo que tem evidências daquilo que não tem, aquilo que é conhecimento daquilo que são ideias anti-conhecimento, aqueles que estão ao serviço da Humanidade daqueles que se aproveitam dessa mesma Humanidade.
Será que o sr. A, que é trolha mas anda a dizer que é médico-cirurgião, fica ofendido e põe em tribunal quem lhe aponta o facto de que ele é trolha? Será isto difamação?
Será que o sr. B fica ofendido se, ao contrário do que ele defende e divulga, eu lhe demonstrar que os computadores não trabalham a carvão? Será isto difamação?
Será que os defensores da Terra Plana (e até há uma sociedade disso), ficam ofendidos se eu lhes demonstrar que há quase 2500 anos Aristóteles provou que a Terra era redonda, com 3 argumentos diferentes, só precisando de utilizar os olhos? Será isto difamação?
Eu percebo que demonstrar que há pessoas que defendem e divulgam mentiras (ideias contrárias ao conhecimento), estraga o negócio a esses que defendem essas mesmas mentiras (seja sobre 2012, seja sobre a Terra Plana, seja sobre Física Quântica, seja sobre OVNIs, seja sobre “deuses do passado”, etc). Eu percebo que isso é mau para o lucrativo negócio de desinformação.
Ao decidir tomar uma atitude violenta, a Laura Botelho, na minha opinião, está a demonstrar que o seu objectivo é defender a parte material do seu negócio.
Mas quem tem capacidade, conhecimento, e inteligência para avaliar essas situações, não está a difamar ou a ofender ninguém, está simplesmente a avaliar o conteúdo das afirmações.
Da mesma forma, quando eu avalio os testes dos meus alunos, não estou a difamá-los. Estou simplesmente a avaliar as suas afirmações com base no conhecimento que temos do assunto.
Se a Laura Botelho diz que 2 + 2 = 765481, eu vou dizer que isso é objectivamente uma mentira. Isto não é uma difamação. É uma constatação. É uma avaliação daquilo que disse à luz do conhecimento actual.
Se a Laura Botelho diz que dá workshops de Física Quântica sem nunca ter tido conhecimento formal de Física Quântica, então está a vigarizar (definição está aqui) quem se inscreve nesses workshops. Novamente, isto não é uma difamação. É uma constatação com base naquilo que diz que faz com aquilo que diz que aprendeu. As suas competências não lhe permitem andar a dar cursos desses. Era o mesmo que um trolha dar cursos de medicina, só porque passou umas horas a abrir os intestinos às pessoas. Ele pode achar que fazer isso lhe dá competência para dar cursos de medicina, mas a verdade é que não dá. Isto não é difamação. A isto chama-se Literacia Funcional: saber avaliar quem são os especialistas, de acordo com as suas competências e “background”.
Enfim… eu acho curioso que a Laura pense que pode dizer aquilo que quiser, mesmo indo contra o conhecimento, e mesmo existindo estudos dizendo que isso é pseudociência, mas se alguém lhe mostra as fontes credíveis que avaliam as suas afirmações como não sendo verdade, então para a Laura isto é difamação e calúnia.
Enfim… o mundo da Laura não é certamente o mundo real.
E ainda se acha cheia de razão, como se as opiniões baseadas na ignorância e superstições sobre os temas fossem tão importantes como o conhecimento que se tem dos temas.
Este é um dos indicadores, dado por Carl Sagan, de que se está a falar com alguém que é pseudo.
E, digo eu, este é também é um dos indicadores de que se está a falar com alguém que é hipócrita (definição aqui): alguém que vive numa sociedade científica, em que utiliza a todos os minutos do dia os resultados do conhecimento científico, e no entanto simultaneamente usa os resultados desse conhecimento (ex: computadores e internet) para negar esse conhecimento. (e já nem vou referir a hipocrisia de publicamente dizer que quer bem-estar, paz, e energias positivas nos seres humanos, ao mesmo tempo que privadamente anda a ameaçar com processos em tribunal aqueles que demonstrarem a inconsistência das suas crenças).
Como disse um dos nossos autores: “Eis um absurdo contrassenso desta civilização tão moderna: tecnologias possibilitadas pelas descobertas da Ciência são utilizadas diariamente por gente que nos procura convencer de que a Ciência não existe.”
Isto são atitudes irracionais.
E note que eu não fiz nada para isso acontecer. Foi a Laura Botelho que decidiu mostrar-se desta forma.
Se, como diz na sua página do Facebook, anda preocupada com o destino da Humanidade e é contra a hipocrisia, então sugiro que faça uma auto-reflexão, leia o que é hipocrisia, e pense se realmente anda a cair nesse erro. Ao mesmo tempo, reflicta sobre poder andar a fomentar um regresso da humanidade à Idade das Trevas – assim chamada devido a dar-se bastante valor à ignorância, a misticismos, a fantasias, a conspirações, a pseudociências, a ideias completamente absurdas, a ideias anti-conhecimento, e a vendedores de banha de cobra que se aproveitavam da credulidade das pessoas para ficarem ricos ao ludibriarem e manipularem essas mesmas pessoas com mentiras anti-conhecimento. Durante a Idade das Trevas as pessoas eram levadas a não querer saber do conhecimento, e o resultado na vida delas era claro: a mortalidade infantil era elevadíssima, e aqueles que passavam da infância, após uma vida de trabalho praticamente escravo, morriam por volta dos 30 anos.
Este é o resultado das ideias contrárias ao conhecimento dos assuntos: as pessoas serem manipuladas de modo a terem uma vida de porcaria, terem uma qualidade de vida péssima, e morrerem cedo. Os únicos que beneficiam com este tipo de sociedade são os vendedores de banha de cobra – aqueles que não querem que as pessoas tenham o conhecimento real dos assuntos, que é um conhecimento científico dos assuntos, já que a nossa sociedade é uma sociedade científica.
Para se saber, por exemplo, sobre o cometa Elenin, bastaria às pessoas comprarem telescópios e tentarem vê-lo por si próprias. Infelizmente, os vigaristas inventaram um sem-número de conspirações para manipular as pessoas com desinformação. O objectivo é claro: ficarem ricos com os crentes. Os crentes poderiam comprar telescópios e ver por si próprios, mas as pessoas, infelizmente, são preguiçosas mentalmente, e daí que preferem acreditar em qualquer disparate dito na internet.
Peço-lhe que faça uma reflexão, e vá ler alguns dos seus posts (juntamente com os da Ravena), e veja o que andou a dizer sobre o cometa Elenin, e se alguma coisa se concretizou. A seguir, repare se não está a tomar a mesma atitude anti-conhecimento sobre uma miríade de outros assuntos.
Se como diz na sua página do Facebook, anda preocupada com o destino da Humanidade e é contra a hipocrisia, então se isso é verdade, sugiro que passe a dar conhecimento às pessoas – explique-lhes, por exemplo, como funcionam os computadores, como funciona a gravidade, como funcionam os telemóveis, como funcionam as auroras no céu, como funcionam os satélites, como funciona o sistema circulatório nos Humanos, como os Tardigrades sobrevivem em condições extremas, como funciona o electromagnetismo, como funcionam os vaivéns espaciais, como se enviam rovers para Marte, como funcionam os antibióticos, explique-lhes as equações de Newton, de Einstein, de Maxwell, e muitos outros, explique como Aristóteles provou que a Terra não é plana, etc. Faça isto, obviamente, SE e SÓ SE quer realmente dar conhecimento às pessoas e está preocupada com o destino da Humanidade.
Obviamente, SE o seu objectivo não é esse, SE os seus valores são outros (mais materiais), SE o que diz publicamente não é aquilo que põe em prática na sua vida, então continue a disseminar mitos e ideias falsas à luz do conhecimento (= à luz das evidências científicas). Se assume que os seus leitores são ignorantes (definição aqui) ao ponto de nem sequer perceberem que essas ideias são contrárias ao conhecimento dos assuntos, e se acha que, por isso, lhes pode omitir o conhecimento objectivo desses mesmos assuntos, então terei que concluir, à luz do conhecimento, que não está interessada no bem-estar deles.
Isto são trajectos claros de vida que as pessoas tomam. A vida é sua, por isso a escolha é sua.
Concluindo: continuo a não perceber onde é que eu fui ofensivo e difamatório.
Pelo contrário, em face de todas as mentiras anti-conhecimento que são ditas pelos pseudos, acho que nós, cientistas, divulgadores de conhecimento, e todas as pessoas com um mínimo de racionalidade e conhecimento, é que se devem sentir manipuladas e ofendidas por haver tantos vigaristas a disseminar falsas informações de assuntos sobre os quais não têm conhecimento.
Pela verdade, pela ciência, pelo conhecimento,
Carlos Oliveira
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Carlos, esse seu post me fez lembrar de uma situação vivida aqui e que o tribunal (em cidades pequenas como a minha chamamos de “fórvm”; e sim, escreve-se com “v” para lembrar da origem latina que tanto a língua portuguesa quanto o sistema judiciário adotado no Brasil tem) caiu em gargalhadas e depois falou grosso com o sujeito. Contando em público que é pros leitores poderem rir também:
Há algum tempo atrás, minha mãe idosa ganhou um vizinho “evangélico”. Embora nunca tivemos uma convivência DE FATO com o mesmo, no começo jurávamos tratar-se de pessoa de bem. O tempo provou que estávamos errados… O sujeito tentou a todo custo derrubar NOSSO muro, que está 100% dentro de nosso terreno, invadia DIRETO nosso quintal, sempre ofendia minha mãe e a mim, e de quebra ainda agrediu minha mãe com uma serra elétrica de um conhecido fabricante (Makita). O sujeito alegava que era direito dele fazê-lo (derrubar o muro) e que nós deveríamos construir outro para nós E PARA ELE TAMBÉM! Só que nossa casa começou a ser construída na década de 1970, a dele só começou a ser erguida após 2015, e o nosso muro está 100% dentro de nosso terreno; ademais, um engenheiro civil (responsável pela fiscalização de obras em nossa prefeitura) já havia alertado-o que ELE deveria fazer um muro de arrimo EM SEU TERRENO para manter o grid natural de seu próprio terreno. O que o sujeito fez? Escavou toda a terra de seu próprio quintal, retirando o grid, e no lugar fez uma piscina e um jardim. Não deu outra, nosso muro começou a ceder pro lado do terreno dele, e só não ruiu porque muitos anos antes havíamos reforçado a estrutura interna do muro com grossos vergalhões de ferro. Pois bem, após todas essas agressões verbais E físicas, e vendo que mesmo assim não cedíamos, o sujeito foi até a delegacia de polícia, registrou um boletim de ocorrência contra minha mãe e contra minha “doença” (que até agora ele sequer esclareceu qual seria) e, na hora da audiência no fórvm, já entrou botando banca: “Eu sou evangélico, eu sou evangélico…” O juiz e o promotor de justiça se entreolharam e caíram na gargalhada. Quando o sujeito tentou repetir, o juiz falou grosso com ele: “E eu sou o juiz, ele é o promotor, e quem manda nessa ‘casa’ aqui sou eu! Você faça-me o favor de só abrir a boca quando for autorizado a fazê-lo, e mesmo assim somente e apenas para responder ao que NÓS lhe indagarmos, do contrário usarei minha autoridade para enquadrá-lo na prisão. Fui claro?” E assim acabou o processo, o sujeito nunca mais encheu o saco.
Pode-se concluir que será este o fim do processo aberto por essa tal Laura Botelho: da mesma forma como o juiz que cuidou desse caso não foi bobo e SABE diferenciar uma invasão de propriedade, que era o que este evangélico em questão estava fazendo conosco, de um DIREITO REALMENTE LEGAL, o juiz que for cuidar de seu caso também sabe diferenciar o crime de difamação de uma mera constatação da mentira. Um caso emblemático no Brasil é Lair Ribeiro, mas isso conto em outro comentário, senão me alongarei demais.
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