Jeremiah Horrocks – um nerd em 1640

1619 – Inglaterra.

A Terra já era redonda. Para uma minúscula minoria de aristocratas, clérigos e outros, poucos, que soubessem ler, o facto era aceite, mesmo se tido como ultra-radical, enquanto fosse tema para ser debatido à luz das ciências aceites pelas fundações góticas das Catedrais Universitárias: a Matemática e a Teologia, como pontos racional e cardinal. Nada que pudesse ter uma analogia no século 21, pois claro.

A Física ainda não existia como tal, Newton ainda nem tinha vindo ao mundo e o mundo apenas continuava redondo para ver nascer Jeremiah Horrocks no seio duma família puritana, Pai Pastor, proprietário agrícola, pelos termos duma Liverpool rural e ainda muito singela, uma minúscula povoação. Para Liverpool ser mencionada através do universo teria ainda que aprender a juntar 4 para o rock. Para já nascia Jeremias Horrocks.

Aos 13 anos Jeremiah foi aceite como clérigo da sua comunidade… e como Teólogo e Matemático na Universidade de Cambridge.

Entrou na qualidade de ‘Sizar’, designação para ‘académico pobre’ e aprendeu Astronomia por si próprio.

Sizar não é, no entanto, um aluno, é um Professor!

“Versava com inusitada desenvoltura o Grego, o Latim e os textos das Sagradas Escrituras,” ressoa em tom grave a historiografia formal.

Em 1200 foi fundada uma Escola de Pitágoras e em 1209 a Universidade de Cambridge fui fundada por um grupo de estudantes de Oxford que fugiam da ira dos habitantes da sua cidade. Cidade e Universidade “Town and Gown” mantém uma relação tensa que é hoje parte do imaginário histórico da cidade. Da Universidade. Não senhora da Cidade! E o tom aquece….mas é claro que é da Universidade!!!!

O famoso Cambridge University Footlights Dramatic Club ou “Footlights,” como é conhecido, alcançou a sua proeminência na década de 1960 com a sua sátira e a sua comédia. O clube tem tido muitos estudantes com grande sucesso nas Artes, incluindo John Cleese, Stephen Fry, Hugh Laurie, Eric Idle, Bill Oddie e Emma Thompson, entre muitos outros.

Hoje a Universidade de Cambridge tem cerca de 17,662 alunos e muitos cientistas, filósofos, e matemáticos famosos passaram pelos seus portais, como Sir Isaac Newton, Charles Darwin e Stephen Hawking.

Era o maior nerd da sua época, aferem nos agudos os departamentos de computação.

Enfim, em Cambridge o debate tónico prossegue. Sempre com uma fatia de limão e algum gelo.

Aos 14 anos de idade Jeremiah assumiu as Cátedras, ainda e sempre no Emmanuel College onde ingressara, de Matemática e de Teologia.

Sobre as suas capacidades, eis um testemunho dum Académico contemporâneo referindo-se duplamente a Jeremiah e ao seu sucessor Stephen Hawking.

“Jeremiah foi…como se hoje um aluno de 14 nos do secundário revelasse experimentalmente, teoricamente e cabalmente que Stephen estaria completamente equivocado e que toda a Ciência teria que ter outros fundamentos.”

O Jeremiah é como se tivesse aparecido um super-computador, um laser, Pitágoras e Calvino todos na mesma sala.

Jeremiah teve uma vida breve, morreu subitamente, com 22 anos, em 1641.

Dos seus 14 anos de idade até ao fim, desceram sobre o redondo mundo 8 anos duma prodigiosa produção científica, o nascimento da Astronomia em Inglaterra, e a afirmação peremptória do método científico numa época totalmente dominada pela superstição, pelo pré-conceito não experimental, pela bruxaria e pela imposição ptolemaica dogmática e irredutível de Roma.

O legado de Jeremiah Horrocks é hoje considerado a pedra basilar da Ciência em Inglaterra, é a pedra basilar da posterior revolução industrial e do mundo moderno como este hoje o é.

Cedo comparou os trabalhos de Kepler com os de Copérnico, considerando os primeiros precisos e funcionais e os segundos à luz, literalmente, dum enquadramento conceptual, mas pejado de dificuldades nos registos das observações. Mas Kepler não só reunira e desenvolvera as tabelas Rupertinas de Tycho Brahe como, mais importante – ou tão importante como isso – formulara as suas 3 Leis.

Jeremiah começou então por confirmar as observações de Galileu das 4 luas de Júpiter. Comparou um cálculo de Kepler sobre o trânsito de Vénus ocorrido em 1631, reviu os cálculos, deu esse fenómeno como certo e estava de facto certo. Não há qualquer registo histórico da observação simplesmente porque ninguém o observou, ou registou. Mas…

Kepler previa o próximo trânsito para 1756 e Jeremiah discordava dessa previsão, discordando explicita e naturalmente dos cálculos de Kepler. Sem dúvida que as precauções explicitas do próprio Kepler teriam ajudado quem o lesse, mas Jeremiah refez todos os cálculos (Kepler demorara a vida toda para os coligir, aceder, rever, rasgar, rever uma e outra vez e reconstruir) e propôs que os trânsitos venusianos ocorrem aos pares, de 8 em 8 anos, no primeiro par e ainda em cada 105.5 anos ou 121.5 anos, alternadamente, no segundo par.
De 8 em 8 anos

& (^)

De 105.5 anos, depois 121.5 anos, depois 105.5 anos,

 

     (x,                             x+16,                          x,  )

 

Decorridos sobre o trânsito do par em questão.

Questão resolvida, o cálculo está perfeitamente correcto e era apenas mais um exercício na esteira da designação de planetas gigantes a Júpiter e a Saturno – uma negação da visão Eclesiástica da Bíblia, que tinha a Terra por planeta de suma importância e de suma dimensão – da formulação da primeira Teoria da Gravidade antes de Newton, da correcta atribuição da ponderação da gravidade da Lua nas Marés (que Galileu não obtivera nas suas tentativas sobre as observações no Adriático) e ainda da observação de que os Cometas são visitantes do Sistema Solar (erráticos nas órbitas) e da primeira prova de que a órbita da Lua é uma elipse.

Isso já Jeremiah fizera com 19 anos de idade, aos 20 desafiava a autoridade única de Kepler entre o eruditos. Estávamos em 1639.

O choque era tremendo, e os cálculos de Jeremiah previam o próximo trânsito de Vénus para 1639!

A Europa continental entretanto dilacerava-se; Giordano Bruno, o Matemático com a Cátedra de Pádua, era sucessivamente excomungado na Praga Hussita e queimado na fogueira dominicana de Roma. Condenado pela heresia de afirmar que Júpiter e Saturno são muito maiores que a Terra, contrariando, tal como o fez 20 anos depois Jeremiah Horrocks, a Bíblia e a posição oficial de todas as igrejas cristãs europeias. Os radicais, os extremistas e os fundamentalistas queimavam o mundo. A nobreza feudal usava e abusava duma simples carta de Protesto para reclamar pelas armas mais território e servos da gleba ou mais cidades tributárias (os territórios estavam associados aos castelos), numa ilógica económica já obsoleta pelos descobrimentos, pela renascença e pela maturação do mercantilismo. Já se registavam seguros marítimos, operações de créditos documentários, estabelecimento de feitorias permanentes e a instituição de companhias poderosíssimas que eram mais influentes per si, do que muitas coroas e estados. O capitalismo moderno nascia com a imposição de concorrência entre as potências atlânticas europeias, pela Holanda, Espanha, Portugal, Inglaterra e França (a Itália e a Alemanha não existiam) aos centros financeiros das repúblicas italianas herdeiras do império romano do Oriente, com as suas frotas navais na bacia do Mediterrâneo. Galileu podia comprar as suas jóias de vidros coloridos, transparentes, translúcidos e espelhados aos charlatani no mercado de Veneza, que as importavam desde todo o Oriente.

Centremo-nos de novo em Jeremiah Horrocks. 1639.
Um seu contemporâneo e colega astrónomo não hesitou em falar dum génio sem precedentes ou sequer passível de termos de comparação funcionais.

Já em 2004 foi a Universidade de Cambridge que decidiu dirimir numa inquirição da BBC: “Pensamos apenas que será imprudente orientar a escala de QI ao objecto Jeremiah Horrocks sob pena desta sair disparada pelo tecto do centro de análise quantitativa fora.”

São os nerds, a computarem a sua opinião.

☉ Sol, ☾ ● ◯ Lua, ☿ Mercúrio, ♀ Vénus, ♁ Terra, ♂ Marte, ♃ Júpiter, ♄ Saturno, ♅ Úrano, ♆ Neptuno, ♇ Plutão, ⚳ Ceres. ☄ Cometa.

Em 1639 é observado o trânsito de Vénus previsto pelos cálculos de Jeremiah Horrocks. E é ele quem regista:

 Domingo, 24 de Novembro de 1639

“Observei cuidadosamente desde o nascer do sol até às 9h00 da manhã. Fiz uma interrupção até pouco depois das 10h00 e prossegui até ao meio-dia. Nessa altura fiz novo intervalo até às 13h00.

 

Tinha que atender a assuntos da mais alta importância, para fazer jus às minhas vestes ornamentais, que forma ou elaboração alguma justificam negligenciar. Mas durante este tempo vi nada no Sol excepto uma mancha pequena e comum…isto, evidentemente, nada tinha que ver com Vénus.

 Às três e um quarto da tarde, liberto, pelo cumprimento dos meus deveres espirituais, para dentão me dedicar à minha observação, as nuvens, que como por intervenção Divina, haviam dispersado deixando um céu plenamente aberto, convidando-me a regressar ao grato labor das minhas observações. Deparou-se-me de seguida um espectáculo sumamente agradável, o objecto das minhas estimativas mais optimistas, uma mancha de magnitude inusitada e em forma de círculo perfeito, centrara-se por completo sobre o lado esquerdo do disco solar, de tal modo que as penumbras do Sol e de Vénus coincidiam com toda a precisão, formando um ângulo de contacto. Sem já duvidar que isto era de facto a sombra do planeta, eu imediatamente empenhei-me a observá-la com toda a minúcia e persistência. ” [Jeremiah Horrocks On the Transit of Venus (Tr Whatton, 1859) p. 124.]

[Nota: Jeremiah é metódico e enfático no uso de “eu mim próprio” I myself”, para desde logo assumir completa, individual e expressa responsabilidade no Tratado que se propunha publicar. Estava a defender quaisquer amigos ou colaboradores de eventuais más repercussões, denotando-se ter sido um Homem também de enorme coragem e integridade.]

 Jeremiah Horrocks anotou numa escala horária até ao pôr-do-sol as suas observações, enquanto a escassas dezenas de quilómetros de distância, o seu amigo, astrónomo e colaborador na anotação do fenómeno, William Crabtree, se deparava com uma tarde nebulosa. Mas eis que pelo fim da tarde o céu apresentou-se limpo também a William, e este também anotou a observação do trânsito de Vénus com enorme emoção, que adjectivou como um descontrolo emocional “mais próprio duma mulher.”

Forma curiosa esta de dizer “deslumbramento completo”, mas se virem a gravura entendem melhor. Estávamos em 1639 e não em 2011. Foi há 372 anos, numa tarde de Domingo.

 

Foi pena que a Inglaterra ainda estivesse a usar o calendário Juliano em vez do Gregoriano, já entretanto adoptado no continente europeu não ortodoxo.

Daria numa quinta-feira e Jeremiah com certeza estaria um pouco menos solicitado pelos cumprimentos dominicais e um pouco mais liberto para a observação.

De facto e de registo, o distintíssimo e emeritíssimo Professor Doutor Jeremiah Horrocks, Luz da Humanidade, Primus Inter Pares, teve que arregaçar as mangas pois só dispunha de 35 minutos de observação até ao pôr-do-sol aparente que se registou às 15h e 50 minutos. Anotou 3 cuidadosas medições, às 15h.15mn, 15h35mn e às 15h45mn. Ao certificar 3 medições logrou calcular a trajectória do Trânsito, o seu ângulo e a sua velocidade orbital. Derivou ainda um valor para a paralaxe solar, ligeiramente inferior aos registos prévios, concluindo que o Sol estava mais afastado da Terra do que até aí se pensara. Em 1640 escreveu a sua obra “Venus in Sole Visa”, e ainda encetou o seu tratado sobre as dimensões do Sol.

“Uma mancha comum.”

Lembram-se desta anotação? Significa que observava o Sol regularmente. Não o façam com qualquer instrumento óptico ou mesmo a olho nu. Tem que se ter um protocolo de procedimentos e os óculos que se vendem por aí não protegem, podem causar é cegueira permanente.

Peço às crianças que lerem que ensinem os pais, os adultos e os amigos: não se deve olhar directamente para o Sol, vejam como fizeram os cientistas, olharam para a luz do Sol mas não directamente, foi para o cartão, como se pode observar na pintura e na gravura da época.

Jeremiah Horrocks

Uma criança com 14 anos de idade que é Professor Catedrático de Matemática e de Teologia numa das mais exigentes Universidades do Mundo?

Como é possível ter nascido e crescido assim um ser humano com tamanhas capacidades?

Jeremiah Horrocks prosseguiu para o seu Cosmos persistente e minucioso, cumprido o seu dever, para perto do seu círculo perfeito, no dia 3 de Janeiro do Ano da Graça do Senhor Jeremiah Horrocks de 1641. Tinha 22 anos.

É hoje lembrado como Pai da Astronomia inglesa.

11 comentários

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  1. Foi uma visita breve, mas cheia de novidades!
    Mais pessoas com o perfil de Horrocks neste planeta, pelo que foi descrito, deverão ser sempre bem vindos!

  2. Olá, Manel

    É esta a deliciosa descrição da emoção de Crabtree feita por Horrocks:
    “… Emocionado pela contemplação, ficou algum tempo sem se mover, quase não confiado nos seus próprios sentidos, tomado por excesso de alegria; porque nós astrónomos temos como que uma disposição feminina, ficamos dominados pela alegria das ninharias, e tais assuntos menores praticamente não impressionam outros; … ”
    😀

      • Manel Rosa Martins on 05/09/2011 at 01:24
      • Responder

      Olá Sérgio, para te agradecer. Estou ainda assim como que “emocionado pela contemplação” duma prosa com esse nível assombroso. É….glup…estou sem palavras.
      Obrigado

  3. Olá Manel,

    excelente artigo! Desconhecia completamente e logo um assunto que gosto tanto – trânsitos 😉
    Só não gostei foi da minha classificação na escala dos browsers – uso um Mac, e não digo mais nada 😉

    Eu referiria ainda que a importância das observações dos trânsitos de Vénus é de que estas viriam mais tarde, já no século XVIII, permitir o cálculo preciso da distância da Terra ao Sol, a famosa Unidade Astronómica. Esta campanha de observações teve contornos épicos, digna de um livro, ou pelo menos um artigo 😉

      • Manel Rosa Martins on 05/09/2011 at 02:01
      • Responder

      Então Luís, Huge Queer é no fundo um Design-Nerd, um Nerd fascinado pelo design e pelo lado estético do interface, do GUI. e dos outros. :))
      Belo acrescento, mais um campo encetado por Jeremiah Horrocks que teve um desenvolvimento histórico de importância crucial. O conjunto das expedições que relatas foram um investimento bastante importante para várias das potências envolvidas. Sim, o tema exige um obra de fundo. Lembro-me que a BBC tem uma série dedicada, no género das que fez focadas na expedição de Charles Darwin e na descoberta das nascentes do Nilo, ou ainda uma centrada na vida do explorador, poeta (traduziu “Os Lusíadas” para Inglês) e diplomata Richard Burton.
      Tks you Huge Queer :)))))

      Pergunta provocatória: O Mac atrapalha-se com o Firefox por cima? :))

        • Manel Rosa Martins on 05/09/2011 at 02:44

        He is a little queer in his ideas, an enthusiast in some branches of science.

        Por minha completa ignorância apenas conhecia esta conotação da palavra Queer. Neste contexto e no contexto do entusiasmo fanático dos fãs da empresa de Steve Jobs pela originalidade dos seus produtos. Para quem não tem segundas intenções, é óbvio, a gaffe sempre assume proporções “épicas.”

        Foi esse o meu contexto até porque desconhecia qualquer outro. Confesso-me um total ignorante sobre as nuances das palavras mito-urbanas. Uma coisa concluo: ser-se ignorante dá sempre menos bom resultado. Ups, não era minha intenção chamar gay a quem quer que fosse. Só não devo apresentar desculpas porque gay (pelos vistos a conotação mais preponderante de Queer) não é um insulto: é uma orientação sexual. Nessa conotação o meu anterior comentário seria duma vulgaridade e duma boçalidade em que não me reconheço. Está esclarecido.

      1. LOL !

        Também tenho o Firefox instalado, mas habituei-me ao Safari e não sinto necessidade de mudar, por enquanto.

        > Só não devo apresentar desculpas porque gay (pelos vistos a conotação mais
        > preponderante de Queer) não é um insulto: é uma orientação sexual.

        Absolutamente de acordo ! Não sei qual a conotação associada aquela imagem mas poderia gerar mal entendidos. Daí o toque subtil (pouco) na minha mensagem. Foste perspicaz 😉

  4. Desconhecia o Jeremias 🙂

    Eu aos 14 anos também já tinha feito isso tudo… ooooops… queria dizer aos 114 😛

      • Manel Rosa Martins on 04/09/2011 at 07:06
      • Responder

      Jeremiah, Jeremias seria quase católico, ele era Protestante e Puritano, deixei assim para o som espartano ressoar a pregador e orador diário. Ele foi rezar 5 ou 6 Missas nos intervalos das observações, foi uma canseira por ser Domingo. :)) Hoje o Jeremias entrava num estágio de actualização de 3 quartos-de-hora em Cambridge e faço ideia (ou não) do que sairia nos anos seguintes. Mas para serem coisas mesmo boas deveria voltar para Oxford, ele e Cambridge toda, esses vadios.:))

      Os estudantes de Oxford de 1209 que fizeram a Univ. em Cambridge armaram depois uma guerra descomunal com os habitantes de Cambridge por causa dos custos dos arrendamentos dos quartos e 16 acabaram mesmo por ser enforcados.

    • duarte josé seabra on 04/09/2011 at 05:14
    • Responder

    Obrigado, Manel Rosa Martins.
    Em mim, e certamente em inúmeros leitores do blog, fez-se luz…

    Nota pessoal:
    Fui ver o trânsito de Vénus a Vimioso, há uns anos… Estavam lá centenas de pessoas… Foi fantástico.

    Uma questão:
    Existiu algum português com percurso que se assemelhe a esta extraordinária pessoa ?
    Bartolomeu de Gusmão ?(creio que era brasileiro)
    Pedro Hispano ?
    Pedro Nunes?
    Damião de Góis?
    Refiro-me à capacidade conceptual, ao uso do método racional, dedutivo, científico, antecipando-se ao”ar do seu tempo”. À luta contra o obscurantismo e o saber”canónico”…

      • Manel Rosa Martins on 04/09/2011 at 06:50
      • Responder

      Caro Duarte José Seabra,
      O Infante D.Pedro das Sete Partidas e Bartolomeu Dias também se juntam ao seu ilustre grupo. Será sempre subjectivo, mas pelo seus critérios de observação e experimentação metódicas atrevo-me a sugerir Garcia de Orta.
      Obrigado pelo que escreveu, foi também um prazer enorme ir descobrindo Jeremiah Horrocks, ter sabido que William foi bom Pai de família (a gravura é uma excelente janela para vida familiar e informal) e que estes trabalhos foram reconhecidos. Mas repare que esse reconhecimento veio de Paris e bastante depois. O iluminismo só obtém a sua base Filosófica com Espinoza e a sua base científica com a experiência Crucis (crucial) de Newton. É quando Newton prova que a cor vermelha é primária passando-a por 2 Prismas. Vence o argumento com Descartes, a Luz tem origem natural e não divina, e nasce a Ciência moderna. A afirmação total e definitiva vem só em 1905 quando Rutherford prova a Kelvin que a Teoria da Evolução de Charles Darwin é um facto. (Linhas de factos, e são 4 mecanismos distintos). Fica para os próximos episódios :))

  1. […] Newton (luz, documentário). Hawking (documentário). Bruno (aqui). Bohr. Cassini. Maxwell. Horrocks. Curie. Feynman. Ibata. Manning. História da Ciência. Einstein: Relatividade Geral, Relatividade […]

  2. […] – conspiracionistas e inquisidores anti-Ciência incluídos – desprezaram na escola.(*) Jeremiah Horrocks propôs que os trânsitos venusianos ocorrem aos pares, de 8 em 8 anos, no primeiro par, e em cada […]

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