Encontramos uma nova Terra? NÃO!!! Mas é uma descoberta fantástica!

Ilustração artística do planeta Kepler-186f , o primeiro planeta do tamanho da Terra a ser descoberto na zona habitável da sua estrela. Crédito: NASA Ames/SETI Institute/JPL-Caltech

Ilustração artística do planeta Kepler-186f , o primeiro planeta do tamanho da Terra a ser descoberto na zona habitável da sua estrela. Crédito: NASA Ames/SETI Institute/JPL-Caltech

A conferência de imprensa terminou há cerca de 3 horas, mas já li tantos disparates em websites e em páginas de Facebook, que vou ter que começar este artigo por essas partes negativas, a corrigir as informações erradas que andam a ser transmitidas.

Desde já têm a minha permissão, caso vejam essa informação pela web, para colocarem um rótulo nessa página/website a dizer: “Sensacionalistas! Nunca mais volto cá!”

Caso leiam que se encontrou uma nova Terra, podem ter a certeza que essa página está a mentir.
Se lerem que foi encontrado um planeta gémeo da Terra, então essa página está, no mínimo, a ser sensacionalista!

Se lerem que o planeta é habitável (potencialmente habitável), notem as nuances da palavra.
Habitável é diferente de habitado. Habitável quer dizer que poderá ter um ambiente propício à vida que conhecemos. Ou seja, é só sobre vida que conhecemos, e pode ser para vida microbiana que respira enxofre (não tem nada a ver com animais, e muito menos a ver com humanos). E estamo-nos a referir às condições para a vida e não à vida em si!
Notem também que normalmente se liga a isto à temperatura do planeta na sua superfície – se a temperatura é adequada para a existência de água líquida à superfície.
No entanto, notem que não se está a falar de pressão, de constituição atmosférica, etc. Nada disso. Há vários fatores que podem colocar o planeta como habitável, mas nunca para nós, ou sequer para a vida como conhecemos.

Se lerem que é o primeiro planeta potencialmente habitável, saiam imediatamente desse website.
Em primeiro lugar, porque vocês já conhecem – através do AstroPT – o Catálogo de Planetas Habitáveis. Por isso, sabem que este não é o primeiro.
Em segundo lugar, porque todos vocês que me estão a ler, vivem no primeiro planeta potencialmente habitável conhecido dos Humanos: a Terra!

Se lerem que é o 1º planeta capaz de suportar vida, já sabem: não, não é!
Porque já existe a Terra, porque existe o Catálogo de Habitabilidade de Planetas e porque nesta descoberta não se sabe massa, pressão à superfície, composição, densidade, temperatura à superfície, atmosfera do planeta… não se sabe nada disso! Logo, querer vender isto como “planeta capaz de suportar vida” é sensacionalismo baseado em pura especulação.

Ainda sobre o planeta ser “gémeo” da Terra, já nem sequer vou pedir atenção para o facto da estrela-mãe ser uma anã vermelha e não uma estrela como o Sol.

Mas vou realçar alguns trocarem a distância de 500 anos-luz por 500 milhões anos-luz. Claramente matemática e distâncias não é com eles.

Uma descoberta fantástica que está a ser estragada pela necessidade de sensacionalismo de alguns…

Este diagrama compara os planetas interiores do nossos sistema solar com o sistema planetário constituído por 5 planetas que orbita a estrela Kepler-186, que se encontra a cerca de 500 anos-luz de distância da Terra. Kepler-186 é uma estrela anã vermelha com metade do tamanho e da massa do Sol. Crédito: NASA Ames/SETI Institute/JPL-Caltech

Este diagrama compara os planetas interiores do nosso sistema solar com o sistema planetário constituído por 5 planetas que orbita a estrela Kepler-186, que se encontra a cerca de 500 anos-luz de distância da Terra. Kepler-186 é uma estrela anã vermelha com metade do tamanho e da massa do Sol. Crédito: NASA Ames/SETI Institute/JPL-Caltech

Mas afinal o que se descobriu?
Agora que já retirei toda a emoção pseudo à notícia, o que sobra?
Sobra a fantástica descoberta que se fez!

Com dados adquiridos pelo Telescópio Espacial Kepler, astrónomos descobriram o primeiro planeta do tamanho da Terra a orbitar na zona habitável de uma estrela.

Ou seja, descobriu-se um planeta do tamanho da Terra! (só por si é fantástico, mas não quer dizer que o planeta seja semelhante à Terra)
E esse planeta tem uma órbita na zona habitável da sua estrela! (ou seja, poderá ter água à superfície, caso este fosse o único parâmetro)

A descoberta do planeta Kepler-186f confirma que planetas do tamanho da Terra existem na zona habitável de estrelas que não o Sol !
Isto é fenomenal!

(no entanto, notem que só estamos a falar de tamanho do planeta e na zona habitável de uma estrela anã vermelha… ou seja, não sabemos pressão, atmosfera, massa, composição (pensa-se que pode ser rochoso, mas não se sabe)… praticamente nada se sabe sobre este planeta. Pode ser bastante diferente da Terra. E notem que a zona habitável de uma estrela anã vermelha, é muito mais próxima da estrela que a zona habitável ao redor do Sol)

O Telescópio Espacial Kepler mede a quantidade de luz que é bloqueada pelo trânsito do planeta em frente da estrela. A partir disto, pode-se determinar o tamanho do planeta, o período da sua órbita (ano) e assim saber a distância a que o planeta está da estrela, e a quantidade de energia estelar recebida pelo planeta.

Dizer que o planeta tem o “Tamanho da Terra” neste caso quer dizer que o tamanho deste planeta é pouco maior que a Terra (menos de 10% maior).

Os anteriores planetas que tinham sido descobertos em zonas habitáveis eram muito maiores que a Terra. Daí a importância desta descoberta!
Cada vez estamos um pouquinho mais próximo de planetas como a Terra. “Small steps, Ellie, small steps.

Como disse Paul Hertz, diretor do departamento de astrofísica da NASA:
“A descoberta de Kepler-186f é um passo significativo para no futuro encontrarmos planetas similares à Terra. As missões futuras da NASA, como o Transiting Exoplanet Survey Satellite e o James Webb Space Telescope, irão descobrir os exoplanetas rochosos mais próximos da Terra e determinar a sua composição e condições atmosféricas, continuando o desafio da Humanidade de encontrar mundos como a Terra”.

Um planeta do tamanho da Terra transita em frente de uma estrela como o Sol (na esquerda) e em frente de uma anã vermelha como Kepler-186 (na direita). A quantidade de luz bloqueada pelo transito de um planeta do tamanho da Terra na zona habitável numa estrela como o Sol é 4 vezes menor que o transito numa anã vermelha, o que faz com que se torne mais fácil de detetar o planeta. Crédito: Wendy Stenzel

Um planeta do tamanho da Terra transita em frente de uma estrela como o Sol (na esquerda) e em frente de uma anã vermelha como Kepler-186 (na direita). A quantidade de luz bloqueada pelo transito de um planeta do tamanho da Terra na zona habitável duma estrela como o Sol é 4 vezes menor que o transito numa anã vermelha, o que faz com que se torne mais fácil de detetar o planeta em órbita de uma anã vermelha. Crédito: Wendy Stenzel

O planeta Kepler-186f encontra-se no sistema da estrela Kepler-186, que se encontra a cerca de 490 anos-luz de distância da Terra.
O sistema planetário ao redor de Kepler-186 é constituído por 5 planetas.
A estrela Kepler-186 é uma anã vermelha (são as estrelas mais comuns na Galáxia), com metade do tamanho e da massa do Sol. E, claro, com menos luminosidade e mais fria que o Sol.

O exoplaneta Kepler-186f tem uma órbita (o seu ano) de 130 dias terrestres. Isto quer dizer que, comparando com o nosso planeta, passam 130 dias cá, enquanto Kepler-186f completa uma órbita (um ano) ao redor da sua estrela.
Devido à estrela ser uma anã vermelha, este planeta recebe somente 1/3 da energia que a Terra recebe do Sol.

Crédito: Elisa Quintana

Crédito: Elisa Quintana

Thomas Barclay explica: “Estar na zona habitável não quer dizer que este planeta seja habitável. A temperatura do planeta depende bastante do tipo de atmosfera que terá. Não digam que este planeta é um gémeo da Terra. Se querem comparar, o máximo que devem dizer é que poderá ser um primo da Terra.”

Ilustração artística de especulações sobre como poderá ser a vista a partir da superfície do planeta Kepler-186f. A estrela pareceria maior no céu do que o Sol a partir do céu terrestre. Caso existissem plantas à superfície, elas seriam amarelo-escuras para absorverem a luz infravermelha da estrela. Crédito: Danielle Futselaar

Ilustração artística de especulações sobre como poderá ser a vista a partir da superfície do planeta Kepler-186f. A estrela pareceria maior no céu do que o Sol a partir do céu terrestre. Caso existissem plantas à superfície, elas seriam amarelo-escuras para absorverem melhor a luz da estrela. Crédito: Danielle Futselaar

Os planetas companheiros Kepler-186b, Kepler-186c, Kepler-186d, e Kepler-186e, têm órbitas (anos) de 4, 7, 13, e 22 dias ao redor da sua estrela. Apesar de serem todos planetas relativamente pequenos, pouco maiores que a Terra (menos de 50% maiores que a Terra), a verdade é que as suas órbitas tão próximas da estrela anã vermelha fazem com que eles sejam demasiado quentes para a vida como a conhecemos.

O próximo passo neste tipo de descobertas será descobrir um planeta do tamanho da Terra em órbita de uma estrela similar ao Sol.
E claro, é preciso perceber a composição química destes planetas.

Crédito: Tom Barclay

Crédito: Tom Barclay

O artigo original da NASA, e um dos poucos que vi na web que tem as informações corretas, está aqui.
O artigo científico, está aqui.
O artigo da investigadora-principal, Elisa Quintana, está aqui.
Os slides de apresentação da descoberta, aqui.

Atentem onde está o novo planeta em comparação com a Terra. Quem diz que é um planeta irmão da Terra está a mentir. Crédito: Victoria Meadows

Atentem onde está o novo planeta em comparação com a Terra. Quem diz que é um planeta irmão da Terra está a mentir. Crédito: Victoria Meadows

Já sabem separar a realidade da pura especulação por motivos sensacionalistas?

Agora atentem no website space.com que, infelizmente, também decidiu enveredar por algum sensacionalismo, como podem ler aqui e ver na sua infografia.

exoearth-habitable-rocky-earth-kepler-186f-140416a-02

Por último, deixem-me referir só mais um “detalhe”.
Se o artigo científico referisse “Venus-size”, a comunicação social inventava histórias? Claro que não!
E no entanto, este planeta é praticamente do tamanho de Vénus.
Só que a especulação de quem não sabe de astronomia, leva logo a que fiquem a “salivar” quando leem a palavra “Terra”.
Este planeta é do tamanho de Vénus (que é basicamente do tamanho da Terra). E nada nos diz que pode ser como Vénus. Pode ser ou pode não ser.
Publicar artigos de que este planeta é como Vénus – com rios de lava e muito vulcanismo – só por ter um tamanho similar, é um disparate tremendo!

122 comentários

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  1. Parabéns pela matéria. Muito boa, bem esclarecedora, crítica com os psedos e desvendadora dos sensacionalistas.

    1. Obrigado 🙂

  2. Mais um pro Ser humano destruir 🙁

    1. Sem fazer as contas agora, parece-me que, caso fossemos lá, só chegaríamos lá daqui a algumas dezenas de milhões de anos 😉

      Isto é, se saíssemos agora 😛

  3. planeta sem qualquer importancia muito longe, mesmo se descobrirem vida lá nunca daria pra gente usufrui-la

    1. Nem para comunicar com ela 😉

    • José Simões on 18/04/2014 at 22:44
    • Responder

    “Dizer que o planeta tem o “Tamanho da Terra” neste caso quer dizer que o tamanho deste planeta é pouco maior que a Terra (menos de 10% maior).”

    Tamanho 10% maior significa muito pouco. Pode referir-se a um RAIO 10% maior, ou a um VOLUME 10% maior (ou se quiserem, uma área de superfície 10% maior).

    1. Sim, tem razão. Expressei-me de forma ambígua matematicamente. Estou a falar do raio. 😉

      Note que eu usei os termos da NASA, que fala somente em size (tamanho). E o que é para eles o size (tamanho)? São os tais 10% a mais no radius (raio) que é dito no artigo científico.

      abraços

    • Maria Cristina on 18/04/2014 at 22:43
    • Responder

    Parabéns Carlos Oliveira! Muito esclarecedor! Diante de tanto sensasionalismo, é bom termos pessoas como você que transmite com conhecimento o que realmente é!

    1. Obrigado 🙂

  4. Carlos Oliveira, não seria possível, para os astrônomos e afins, saberem a composição atmosférica de um planeta somente pela sua luz e, consequentemente, pelos famosos “traços pretos”? E, logo no início do seu texto, você diz que não se sabe a composição atmosférica do planeta. Levando sua afirmação como verdadeira, porque eles não usaram tal artifício para enfim saber a composição de terem mais certezas perante à descoberta?

    Abraços.

    1. Sim, será possível se no futuro for possível fazer uma análise espetroscópica à luz refletida pelo planeta. Isso requer mais precisão e tecnologia (e tempo de estudo).
      Neste momento, a única coisa que se conseguiu fazer foi analisar a quantidade de luz bloqueada da estrela, devido ao transito do planeta 😉

      abraços!

    • Graciete Virgínia Rietsch Monteiro Fernandes on 18/04/2014 at 21:02
    • Responder

    Obrigada Professor por toda esta informação.
    Já tenho muitos argumentos científicos para responder aos pseudo.
    Um abraço.

    1. Obrigado Graciete 🙂

  5. meu caro, parabéns pelo texto!

    1. Obrigado 🙂

  6. Sei que e uma pergunta meio besta essa que vou fazer! Mais eu estou com essa duvida e não achei um artigo apropriado para conseguir tirar essa duvida…

    O planeta Kepler-186F e considerado um planeta rochoso, levando em consideração que no nosso planeta não ouve-se água ele seria considerado que tipo de planeta ?

    1. Eu não sei se consegui perceber a sua pergunta….

      O Kepler-186f pode ser rochoso. Ou não. Ainda não se sabe.

      O nosso planeta (Terra), Vénus, Marte e Mercúrio são planetas rochosos.
      http://pt.wikipedia.org/wiki/Planeta_tel%C3%BArico

      abraços!

  7. Que maravilha. Bom saber que existem sites assim nesse mundo.

    1. Obrigado 🙂

    • gabriel alves on 18/04/2014 at 19:24
    • Responder

    Carlos Oliveira vc tem facebook…se puder passar agradeço …quero ser astrônomo, mas minha tia falou que tem que saber muito de matematica, mas sou ruim nessa materia,tem outra soluçao

    1. Sim, se quer ser astrofísico, tem que estudar, saber e gostar de matemática 🙂

      Mas veja bem: quem corre por gosto não cansa 😉 . Se você quer mesmo ser algo, então tem que fazer os possíveis para lá chegar, independentemente dos obstáculos temporários que apanhar pelo caminho 🙂

      E, neste caso, a matemática até é fácil de se compreender, se você apanhar bons professores que o deixem entusiasmado com ela, que lhe ensinem bem, e que lhe permitam compreender as aplicações dos estudos da matemática na sua realidade do dia-a-dia 🙂

      Boa Sorte! 🙂

      Enquanto isso, leia estes artigos e vá se ligando à astronomia aos poucos 😉
      http://www.astropt.org/tag/comprar-telescopio/

      abraços!

  8. O interessante é que esse exoplaneta está a uma distância em que possivelmente a mesma o tenha feito escapar das complicações que uma estrela anã M trás consigo.

    As anãs M são conhecidas por serem altamente ativas no início de sua vida, muitas vezes produzindo labaredas gigantes e freqüentes e elas também interagem gravitacionalmente com seus planetas, causando marés que aquecem o planeta e que os deixam com a rotação bloqueada.

    Possivelmente Kepler-186f pela distância em que se encontra não tem a sua rotação travada. Isso é muito interessante.

    1. Sim, isso são realmente informações importantes da equipa de investigação e que complementam bem o texto em cima.

      Se bem que se fosse “ao contrário”, como já aconteceu numa descoberta no passado, se pudesse dizer que o facto de ter uma das faces sempre voltada para a estrela, poderia dar uma interessantíssima dinâmica atmosférica.
      Há sempre uma “venda do peixe” no sentido daquilo que é descoberto 😉

      abraços!

        • Andreei on 19/04/2014 at 17:22

        Sim, quero lhe parabenizar por este blog magnífico, faço questão de entrar todo dia nele.
        A equipe inteira está de parabéns por nos proporcionar uma incrível e estimulante leitura sobre ciência.

      1. Obrigado 🙂

    • Manel Rosa Martins on 18/04/2014 at 13:45
    • Responder

    Planetas de tamanho (que nem sequer é massa) parecido com o tamanho da Terra estimam-se haver 17 mil milhões só na nossa galáxia, sem contar com os de tamanho semelhante sem estrela-anfitriã.

    Li os posts que o Carlos critica e dizem ser esta descoberta um Planeta tipo-Terra (Earth-like).

    Isso é muito simples de verificar de que se trata dum erro.

    A descoberta diz Earth-SIZE, do tamanho da Terra.,

    Não se conhece a sua composição, a sua massa, se tem ou não estações, se tem ou não seuqer água.

    Conhece-se o seu tamanho e a sua órbita.

    Se quando um cientista verifica um erro crasso não critica então nem sequer seria Cientista.

    O Sebastião e Octávio têm tido excelentes posts e desta feita erraram, o que só acontece a quem trabalha.

    Podem agora ou:

    1) corrigir e aprender com o erro.

    2) manter o erro e não corrigir, enganando, mesmo que sem intenção, os seus leitores.

    A Ética é o que fazemos. Verem esta critica construtiva como um desmerecimento ou um ataque pessoal é desnecessário, e sobretudo nada tem de Ciência.

    Abraço aos 3. 🙂

    1. Infelizmente, os outros dois preferiram perder tempo em discussões estéreis e defesas inglórias das mentiras, do que em corrigir um mero erro. Enfim…

  9. Que legal…fantástico terem feito tal descoberta tão longe!!! E o avião da Malasya Arlines aqui na Terra, quando será descoberto????

    1. O que tem uma coisa a ver com a outra?

  10. Olá Carlos,
    vi que comentou sobre meu artigo, e fico feliz por saber que ele chega a pessoas tão especializadas como você.

    “Se lerem que é o 1º planeta capaz de suportar vida, já sabem: não, não é! Porque já existe a Terra, porque existe o Catálogo de Habitabilidade de Planetas (…)”

    Como está no corpo do texto, eu estava me referindo a outro planeta que não seja a Terra. Isso parece óbvio.
    Quanto ao Catálogo, este é sim o 1º planeta rochoso na zona habitável.

    Não entendi a necessidade de querer desmerecer outros sites, se este já é uma referência no assunto.

    Sem mais. Grande abraço.

    1. Otávio,

      Como certamente reparou, o Otávio colocou o seu artigo num grupo de astronomia, e eu comentei imediatamente no seu post dizendo que ele estava totalmente errado no título sensacionalista.

      Não, não é o 1º planeta rochoso na zona habitável. Porquê? Porque ainda não se sabe a sua constituição.
      Os cientistas são claros, o artigo da NASA também. Você tirou uma conclusão contrária aos artigos sobre a descoberta.

      E não, não é o 1º planeta capaz de suportar vida. Porque não se tem qualquer informação sobre condições para a vida nesse planeta. Mais uma vez, você fez uma afirmação (até em título) que é totalmente errada. Ainda pior, você põe que a sua fonte é a NASA, quando a NASA não diz nada disso. Isto é enganar os seus leitores, e abusar do nome da NASA (dizendo que foi ela a fonte, quando ela não diz nada disso).

      Não é um desmerecimento de outros sites. É uma avaliação do que outros dizem. E o que o Otávio tem escrito lá é contrário ao que é dito pela NASA. Não acha que deveria corrigir?

      Se o Otávio publicar um artigo dizendo que a NASA encontrou elefantes em Marte, quando a NASA não diz nada disso… não acha que deveria ser chamado à razão e deveria corrigir o erro?

      abraços

  11. E só pra te lembrar, para efeito de classificação, Vênus é classificado como planeta terrestre, assim como Terra, Mercúrio e Marte. Terrestre, ou telúrico, é usado em contraposição a gigante gasoso ou gigante gelado. Mas, claro, você sabe de tudo isso. 🙂
    Abs,
    S.

    1. Não precisa lembrar. Eu dou aulas sobre isso.

      Mas com este comentário você quer defender que para si, Terra e Vénus são a mesma coisa. O seu argumento é que Vénus é outra Terra.
      Qualquer pessoa que tenha o mínimo de conhecimento de astronomia, sabe que eles são bastante diferentes.

      abraços

    2. Olá Salvador Nogueira, eu também discordo um pouco desta classificação, por mim deveríamos prestar atenção nas características dos astros, por isto criei uma proposta de classificação, de todos os astros numa única nomenclatura.
      Terra e Kepler-186f são bastantes semelhantes e ganham uma classificação semelhante também.

      Terra = MeGo e Kepler-186f é MiGu
      Já o Sol fica PaLo e o sol dele ficaria OuLi
      A ideia é que duas silabas definam a massa e o tamanho do astro (qualquer um)
      E pretendo acrescentar uma silaba a mais a temperatura
      (acho que nesse feriadão faço isso)
      pra saber mais sobre essa minha proposta que chamei de CUA ou Classificação Unificada dos Astro.
      Te convido a conhecer a ideia aqui => http://forum.intonses.com.br/viewtopic.php?f=77&t=287247

      1. Xevious,

        Como chegou ao Kepler-186f é MiGu ?

        O que é o “Mi”?

      2. Já compus a terceira sílaba, referente a temperatura, agora fica assim: Terra e Vênus ficam diferentes.
        Terra = MeGuFa
        Venus = MeGuGa
        Veja mais detalhes aqui => http://forum.intonses.com.br/viewtopic.php?f=77&p=343230#p343230

      3. Xevious, eu torno a perguntar:

        Como chegou ao Kepler-186f é MiGu ?

        O que é o “Mi”?

      4. Oq é “Mi”.
        É uma designação de escala, no caso referente a massa, “M” esta entre “L” e “N”.
        É uma notação algoritmica como os graus da escala Richter.

        Um terremoto grau 4 não é 2x maior que um terremoto escada 2, ele é 100x maior.
        Entre cada grau a um fator de 10x.

        Na CUA cada grau de escala tem um fator de 100x.
        E existe uma subclassificação dada pela vogal, que aumenta a precisão e melhora para se falar.
        No caso da massa cada vogal tem uma diferença de 2,5x

        Um exemplo de astro tipo “L” é a Lua, que seria “Lu”, ou seja é “L” mas quase no final da classificação “L”
        Nós estamos num astro de tipo “M” no caso “M” + “e”
        E o Kepler-186f é 10% maior oq basta para ele receber a designação “Mi” em vez de “Me”

        Já o “Gu” é a segunda silaba, é referente ao volume.
        Terra, Vênus e Kepler-186f tem volumes tão semelhantes que tem a mesma designação “Gu” nesta classificação.

        Inclusive pretendo reformular a escala relativa a temperatura que fiz por último, ela esta muito ampla e quanto mais ampla menor a precisão.
        A maior temperatura ganhou a letra “Q” e deveria ganhar uma letra mais próxima do fim.
        Decidi então alterar o fator de 3x para 2,5, mas ainda não concluí todos os cálculos.
        Depois de concluído vou disponibilizar o download de um programa que fiz em C# e também vou atualizar a página que fiz em PHP que serve para dar o resultado com essa classificação, por enquanto ela só conta com as duas primeiras vogais e ela pode ser acessada aqui => http://www.tele-tudo.com/propcosmica/index.php

      5. “Oq é “Mi”.
        É uma designação de escala, no caso referente a massa,”

        Qual é a massa deste planeta e qual é a fonte para essa massa? 🙂

        abraços

      6. A fonte para a massa de Kepler-186f é a Wikipedia, lá fala em 0.32 ± 3.77 massas da terra
        ou seja uma grande imprecisão, mas decidi fazer uma média, que daria 2,045 massas da Terra
        e este valor na CUA resulta em “Mi”

        Mas se considerar os intervalos declarados na Wikipedia ficaria entre “Ma” e “Mo”

        A medida que termos mais precisão a respeito da massa de Kepler-186f poderemos ajusta-lo e poderá até mesmo ter a mesma escala que a Terra como é o caso de Vênus

        Aproveito pra anunciar que alterei a classificação quanto a temperatura, aumentei a precisão, antes sobrariam 9 letras e agora sobram 3 letras, para novas descobertas no espaço, ainda mais quentes que as já conhecemos.

        Agora Terra fica com “MeGuGo”
        e Venus fica com “MeGuHu”
        Mais detalhes aqui => http://forum.intonses.com.br/viewtopic.php?f=77&t=287247&p=343235#p343235

  12. Carlos, vamos ter de concordar em discordar nessa. Mas, de toda forma, obrigado pelo feedback.
    Abraço,
    S.

    1. Salvador, mais uma vez deixe-me repetir: o conhecimento científico não é uma questão de opinião (em que se concorda ou discorda). Eu não lhe dei a minha opinião. Eu disse-lhe a realidade. Basta ler os artigos para perceber a verdade objetiva dos factos.
      Se você nega os factos… então aí o problema é pior… porque você está a negar o conhecimento dos cientistas.

      E neste caso, você claramente mentiu no título que colocou (é completamente o oposto do que os cientistas dizem) e mostra-se incapaz de reconhecer o erro e pedir desculpa aos seus leitores por os ter induzido em erro.

      Como eu disse num comentário anterior: errar, todos podemos errar. Agora, não saber admitir e reconhecer o erro, parece-me muito grave.
      Uma pessoa escrever sobre ciência e defender que o conhecimento científico é uma questão de opinião, parece-me bastante grave.
      Uma pessoa dizer que escreve sobre ciência e transmitir o oposto daquilo que os cientistas descobriram, parece-me uma enorme falha profissional da sua parte.

      abraços

      1. O conhecimento científico não é questão de opinião, concordo. Ambos concordamos que a descoberta era a identificação de um planeta com 1,1 vez o raio da Terra em torno de uma estrela anã vermelha na zona habitável — isto é o que está no meu texto.

        O que é questão de opinião é a representação que se faz do conhecimento, ao levá-lo ao público leigo. E você é muito ingênuo se acha que existe forma objetiva de apresentá-lo, ou mesmo de produzi-lo. Na hora de dar um título, por exemplo, existe uma seleção de informações. E me surpreende a sua ignorância sobre a função de algo tão básico quanto um título. A função é *chamar* para o texto, não substituí-lo. Mas chega. (…) (…comentário editado…)

      2. Salvador,

        O seu comentário teve a última frase editada. A razão é óbvia: não admito que você me insulte.

        Quanto à minha ignorância sobre os títulos, tem razão. Nas minhas cadeiras de comunicação de ciência, nunca me disseram que deveria mentir. Apesar de me advertirem para os perigos do sensacionalismo (“Give me a murder a day!”) e de me incentivarem a pensar sempre por mim, com sentido crítico, e nunca a confundir “jornalismo de ciência” com “vomitar frases bombásticas e mentirosas para chamar gente”. Disseram-me para colocar a informação credível acima desses “truques” para enganar leitores.
        Para si, isto é ignorância. Ok. Fiquei a entender a sua visão do que é jornalismo de ciência.

        Você cometeu um erro no seu texto. Mentiu. Defendeu a mentira. Não teve a ética de corrigir o seu texto. E acaba insultando quem lhe apontou o erro.

        Por mim, está finalizada a crítica. Já ficou aqui exposto através dos seus comentários que para si é mais importante o seu ego e enganar os seus leitores, do que simplesmente corrigir a informação errada que você transmite.

        Passe bem.

  13. Que legal, será que eles usam FaceBook lá ?

    1. LOL 😛

  14. Provavelmente qualquer entusiasta da astronomia conseguiria entender a mensagem do Carlos. Errar e achar que ta certo é quase uma insanidade das descritas por Einstein.
    Belo artigo Carlos, Parabéns!

    1. Obrigado 😉

  15. Eu adquiri o ( bom ) hábito de comparar toda noticia sobre astronomia que eu leio em jornais com o que vocês aqui do Astropt informam. As vezes nem me dou ao trabalho de ler em outra fonte que não seja aqui ou nos sites da Nasa e afins.As vezes fico até decepcionado qdo os jornais noticiam primeiro…
    Mais uma vez um excelente trabalho do Astropt.

    Abs.

    1. Excelente hábito 😉

      Obrigado pela preferência 😉

    2. Faço o mesmo que você já faz algum tempo. Minha esposa víu a notícia no Face e logo veio toda empolgada e eu disse. Espera sair no AstroPT. 🙂

      1. Excelente! 😀 Obrigado pela preferência 🙂

  16. Carlos parabéns pelo excelente artigo, realmente foi muito esclarecedor.

    1. Obrigado 🙂

  17. Caríssimo, parabéns pelo texto. Mas achei deselegante você chamar meu post de mentiroso. Primeiro porque faltou ler. Pelo título, pouco se apreende, mas o texto especifica exatamente quem é o tal planeta, e o que pode se esperar dele.

    Segundo porque mesmo o título não é mentiroso. Ao chamar o Kepler-186f de “outra Terra”, não vejo onde está a mentira. É como dizer que Colombo foi mentiroso ao chamar um novo continente de novo mundo! rs

    Outra: se você acompanha a literatura científica a respeito, sabe que os astrônomos usam a expressão “Earth-like”, como contraposição a “Superearth”. Aí mais um motivo para chamar o planeta de “outra Terra”. Acho que você, sinceramente, sentiu uma necessidade inexplicável de descredenciar tudo que está se dizendo a respeito do assunto. Uma pena.

    Abraço,
    Salvador

    1. Caro Salvador Nogueira,

      Eu li o seu texto.
      Mas basta atentar para o título: “Momento histórico: encontramos outra Terra no Universo”. Isto é totalmente mentira.
      Se você quer defender algo que é totalmente mentira, ainda fica pior…

      Sim, eu sei as expressões que os astrónomos usam, porque por acaso eu sou licenciado em astronomia, dando aulas de astronomia. Também acompanho a literatura senão, que faria num departamento de astronomia?

      Quanto à expressão “Earth-like”, talvez você tenha dificuldade em ler o inglês, mas peço-lhe que releia quer o artigo da NASA quer o artigo científico. Está lá em letras bem grandes: Earth-size.
      Não é como a Terra. É do tamanho da Terra. Você confundiu.

      Já agora, se você tivesse lido os artigos, saberia que não poderia ser “como a Terra”, já que se sabe poucas características do planeta. Seria um abuso falar de “como a Terra” com base na ignorância sobre o planeta.

      Como jornalista de ciência, você não deveria respeitar quer as notícias científicas quer a função de jornalista (que deveria ser informar devidamente)?

      Sim, como educador científico, eu sinto a necessidade de dizer às pessoas a verdade, e avisá-las para terem cuidado sobre as mentiras e os sensacionalismos idiotas que lêem na internet.

      abraços

      P.S.: sabe, você poderia vir aqui admitir que se enganou, que errou no seu texto, e que escreveu sensacionalismos bobos para chamar gente. Errar, toda a gente erra. Em vez disso, o Salvador Nogueira desiludiu ao tentar (sem conseguir) defender uma mentira.

      1. Carlos,
        eu temia ser dragado para uma discussão sem fim, mas já que aconteceu, vamos lá.
        Eu escrevi, no título:

        Momento histórico: encontramos outra Terra no Universo

        Então, vamos quebrar por etapas.

        Momento histórico? Sim, acredito que sim. O objetivo maior do Kepler (para não falar da pesquisa de exoplanetas em geral) era encontrar a frequência de planetas do tamanho da Terra em órbitas na zona habitável. Esse é o primeiro confirmado. Momento histórico, portanto.

        Encontramos outra Terra? Aqui, admito, depende. Depende do quê? Da definição de “Terra”. Desafio-o a encontrar tal definição na IAU. Até 2006, nem definição de planeta tínhamos, que dirá de categorias planetárias. Informalmente, os astrônomos chamam de “Terra” todo aquele exoplaneta com as mesmas proporções da Terra. O Planetary Habitability Laboratory, da Universidade de Porto Rico, por exemplo, usa as classificações “Terran”, “Superterran” e “Subterran”. De Terrano a Terra, convenhamos, não há muita distância. Mas, claro, é sempre importante qualificar o que se quer chamar de Terra, por mais que não exista uma definição precisa. É o que faço no texto, meticulosamente. No título, até por falta de espaço, não haveria como. (Note que, no blog, procuro fazer todos os títulos em uma linha — neste post, em regime de exceção, fiz em duas. Não haveria como fazer em mais linhas.) E se você cita o título do artigo, que usa Earth-sized, eu cito a primeira linha do abstract: “The quest for Earth-like planets is a major focus of current exoplanet research.” Por ora, com as capacidades de observação disponível, não fica muito mais Earth-like que o atual planeta. Permita-me então a licença de chamá-lo de Terra, ou de Terrano, como o fazem os pesquisadores do PHL-UPR. (Outro detalhe importante é que eles usam Terrano inclusive para planetas não tão hospitaleiros como a Terra.

        No Universo? Um pouco amplo, sem dúvida. Podia ter dito na Via Láctea, ou mesmo na vizinhança galáctica. Mais preciso. Mas achei que “no Universo” soava melhor, e dispensava qualquer conhecimento astronômico do leitor.

        Por fim, gostaria de dissipar um pouco esse seu asco pelo que chama de “sensacionalismo”. Eu tive um grande professor na faculdade de jornalismo da USP, por sinal português, Manuel Chaparro, que dizia com muita propriedade que não há pecado em sensacionalizar, se a notícia for de fato sensacional. Como o seu próprio título indica, ela é sensacional. Não me dá licença para mentir no título, como você me acusa, mas com isso também jamais posso concordar, e os meus argumentos já estão suficientemente esmiuçados acima; podes até não se apaziguar com eles, mas aí deixarei a cargo de cada leitor fazer esse julgamento.

        A concessão que posso lhe fazer é admitir que o título é vago e pode dar margem a múltiplas interpretações. É verdade. Mas também não sou partidário da cultura imediatista em que vivemos, onde o sujeito precisa entender tudo em 140 caracteres. Você mesmo precisou de uns bons parágrafos para explicar a descoberta. Injusto cobrar que eu explique em duas linhas o que você explicou em centenas delas.

        A título de reflexão, peço para que você olhe para a imagem que julgou APROPRIADA para divulgar o trabalho. Não o culpo. A Nasa, ninguém menos a produziu, os pesquisadores aprovaram e eu também usei no meu post. Olhe para ela, com toda atenção do mundo. Ela reflete a descoberta? Observando a imagem — e vamos convir que hoje uma imagem fala mais que mil palavras, diante de um público com sério déficit de atenção — o que você vê? Você, por acaso, talvez, enxerga nela… outra Terra?

        Estaria você então, por meio da imagem, cometendo o mesmo pecado que eu supostamente teria cometido, induzindo seu leitor ao erro, a pensar que se trata mesmo de outro planeta similar à Terra? Essa fica para a sua reflexão. Mais uma vez, parabéns pelo texto. Goste você ou não, estamos os dois no mesmo barco, tentando levar um pouquinho mais de conhecimento por todos os cantos do nosso pálido ponto azul. Se você visse os comentários do meu blog, saberia que nem todos concordam com a minha abordagem, muitas vezes. Acontece. A diversidade de opiniões é uma coisa bonita, que deve ser nutrida. E agradeço por ter dispensado atenção ao meu texto. Mas me acusar de mentir é um pouco forte e exagerado. Na pior das hipóteses, aceito a crítica de que fui impreciso no título. Mas mentiroso? Menti tanto quanto a imagem que ilustra seu post, logo de saída.

        Abraço,
        Salvador

      2. Caro Salvador,

        Não tem que ser dragado para lado nenhum. Bastaria admitir o seu erro e corrigir seu título. Era só. Prestava um serviço à ciência.

        “Momento histórico? Sim, acredito que sim.”

        Depende do que entende por “momento histórico”. A mim parece-me claramente mais um small step até chegar ao cimo da escadaria (se alguma vez chegar). E é assim que a ciência progride: com small steps.

        “encontrar a frequência de planetas do tamanho da Terra em órbitas na zona habitável.” <--- mas não tem qualquer frequência. "Encontramos outra Terra? Aqui, admito, depende. Depende do quê? Da definição de “Terra”." <--- não, não depende. Os artigos são claros. O planeta é do *tamanho* da Terra. Não diz que é outra Terra. Diz que é do *tamanho da Terra*. Assim como poderia dizer que é do tamanho de Vénus. Também agora vai dizer que por ser do tamanho de Vénus, depende da definição de Vénus? Por favor... não brinque comigo 😉 “The quest for Earth-like planets is a major focus of current exoplanet research.” <--- em momento algum é dito que agora se encontrou um "Earth-like planet". Nem podia. Porque seria mentira. O que é dito sim é que se procura por eles, e, claro, encontrar agora um com o tamanho da Terra na zona habitável é mais um passo para isso. Mas não se diz que é um planeta como a Terra, nem diz que é um planeta como Vénus. Aliás, é interessante você colocar isso. Porque isso é mais um argumento a meu favor. Eles dizem claramente que o foco é tentarem um dia encontrar um planeta como a Terra. Para já encontrou-se um do tamanho da Terra na zona habitável. Se o objetivo é encontrar um como a Terra, é porque ainda não foi encontrado... ao contrário do que você afirma no seu título. Se eles dizem que ainda não foi encontrado (andam a pesquisar para um dia o encontrarem), e se o seu título diz que já foi encontrado... não lhe parece que isto é mentir? "que dizia com muita propriedade que não há pecado em sensacionalizar, se a notícia for de fato sensacional" <--- ele também diria que não há pecado em mentir? É que, novamente, não foi encontrado qualquer planeta como a Terra. Nem como Vénus. Não foi encontrada outra Terra no Universo. Nem outra Vénus. Foi encontrado sim um planeta do tamanho da Terra e de Vénus (presumo que saiba que já existem outros descobertos). A única novidade agora é que duas características foram encontradas no mesmo planeta: do tamanho da Terra e na zona habitável. Esta é a novidade. Não é que o planeta é outra Terra ou outro Vénus. Não se tem dados sobre massa, composição ou atmosfera. Dizer que é uma outra Terra, é mais do que sensacionalizar: é dizer algo que não pertence à descoberta; é inventar algo que nada tem a ver com a notícia. "Você mesmo precisou de uns bons parágrafos para explicar a descoberta. Injusto cobrar que eu explique em duas linhas o que você explicou em centenas delas." <--- o meu argumento não é esse. Esse não é o seu problema no título. Se você colocasse em título: "Encontrados elefantes num exoplaneta." Acha que seria mentira? Se você colocasse em título no seu excelente artigo sobre o eclipse lunar: "Esta noite a Lua Sangrenta vai exterminar a Humanidade". Acha que isto seria mentira? Ou tudo se resume a sensacionalizar para si? No meu artigo, eu distingo aquilo que considero mentira, daquilo que é sensacionalismo... "A título de reflexão, peço para que você olhe para a imagem que julgou APROPRIADA para divulgar o trabalho." <--- qual imagem? Eu coloquei várias imagens. Está falando da 1ª? Se é a 1ª, leu a legenda? Está claro para toda a gente que aquilo é uma ilustração artística. Está lá explícito. Se eu dissesse que aquilo era uma foto a um planeta, será que você conseguia admitir que seria uma mentira? A imagem é uma ilustração da NASA. Nada mais. Basearam-se mais no amarelo escuro, pelas especulações. Só isso. Mas note, liberdade artística com base em especulações, é diferente de afirmar que se descobriu outra Terra. Porquê? Porque não descobriu. "público com sério déficit de atenção" <--- este é um ponto interessante. Realmente tem razão. O público de net lê pouco e gosta mais de ver imagens. Aliás, numa página de FB, ao divulgar o post, a primeira pergunta lá era se aquilo era uma fotografia real. Ou seja, essa pessoa nem sequer se deu ao trabalho de ler a legenda da imagem.... quanto mais o artigo. Mas até por causa disto, não se deve mentir às pessoas no título. Porque é isso que fica mais com elas. Muitas delas nem lêem o resto e ficam sideradas só pelo título. Este é mais um argumento para se ter atenção aos títulos, e não levar as pessoas ao engano com uma afirmação que não corresponde à realidade da descoberta. Eu não controlo os artistas da NASA. Mas controlo o que posso escrever nos meus artigos (incluindo títulos). E note, apesar de eu adorar a NASA e trabalhar de vez em quando com dados deles, como deve ter visto pelos meus posts, eu não me coíbo de os criticar se também eles cometem erros. Eu não vejo qualquer problema com isso. "induzindo seu leitor ao erro, a pensar que se trata mesmo de outro planeta similar à Terra?" <-- acha que aquele planeta é parecido com a Terra? Sinceramente, eu não acho 😉 "estamos os dois no mesmo barco, tentando levar um pouquinho mais de conhecimento por todos os cantos do nosso pálido ponto azul." <--- concordo. Daí que esperava que você tivesse corrigido o título. A bem da comunicação científica correta. Eu corrijo vários dos meus textos. Por exemplo, neste texto, apaguei a palavra "renascido" sobre o Kepler (porque foi antes dele "morrer"), e completei umas frases em baixo, comparando com Venus-size. Eu não tenho qualquer problema em corrigir as coisas quando elas realmente estão um pouco mal. Nem vejo porque haveria de haver problema. Se o objetivo é levar a informação correta às pessoas, então só devemos mesmo é corrigir o que está mal. Mas pronto, parece que divergimos neste ponto. "A diversidade de opiniões é uma coisa bonita, que deve ser nutrida." <--- pessoalmente não concordo. Não tenho paciência para opiniões ignorantes dos assuntos (e nos EUA lido muito com isso dos extremistas). O Universo é que avalia a informação e diz qual está correta. As minhas opiniões sobre os assuntos são irrelevantes. Por exemplo, este meu texto não é uma opinião minha. É a realidade. Não foi descoberto qualquer planeta como a Terra. Foi descoberto sim um planeta do tamanho da Terra (um só parâmetro no grupo de parâmetros que perfazem um planeta). "Mas me acusar de mentir é um pouco forte e exagerado." <--- eu não o acusei de mentir. As minhas palavras são estas: "Caso leiam que se encontrou uma nova Terra, podem ter a certeza que essa página está a mentir." E coloquei um link para o seu artigo, em que no título diz precisamente isto. Ou seja, eu avaliei o seu título e percebi que era uma mentira. Só isso. Como avaliei isso? Lendo o artigo da NASA e o artigo científico. Não é uma opinião minha. Não é uma acusação. E muito menos é algo pessoal (a você). Nem podia ser pessoal, porque não o conheço. Se você no próximo texto colocar como título: "1 + 1 =7". Esse título é mentira. Não tou a acusar você de ser mentiroso. Estou simplesmente a dizer que, em face da realidade, esse título é mentiroso. E não sou eu que o digo: é a realidade do assunto. Impreciso? Seria impreciso se dissesse que 2 + 2 é cerca de 4,2 Seria impreciso se dissesse que o planeta está entre o tamanho da Terra e de Urano. Dizer que é uma outra Terra quando não o é, não é uma imprecisão... Tal como dizer que um elefante é uma formiga grande não é uma imprecisão. abraços!

    2. Adenda: o seu artigo sobre o Eclipse Lunar está excelente. Imagine que tinha como título: “Esta noite vamos morrer todos devido à Lua Sangrenta”. Sabe o que seria? Uma total e completa mentira. Se conseguir perceber isso, talvez compreenda que pelo bem do jornalismo científico, devia mudar o seu título errado neste artigo sobre o exoplaneta.

      1. Obrigado pelo elogio ao artigo do eclipse. Acho uma diferença muito grande entre os dois casos, contudo.

        O primeiro é “Achamos outra Terra” ou “Achamos um planeta do tamanho da Terra na zona habitável”

        O segundo é “Vamos todos morrer devido à Lua Sangrenta” ou “Vai ter eclipse lunar hoje”.

        Acho que dá para notar a diferença entre os dois casos, não? O primeiro peca, talvez, pela imprecisão. O segundo sim é uma mentira deslavada.

        Abraço,
        Salvador

      2. Salvador, eu li alguns dos seus artigos, e você tem artigos muito bons. Não é um elogio 😉 . É a realidade.

        Mas neste, errou no título. Não foi descoberta outra Terra. É só isso. Errou. Como toda a gente pode errar.
        Mais do que errar, custa-me mais a entender a sua relutância em admitir o erro e possivelmente até o corrigir para mais leitores não serem levados por esse erro.

        Sinceramente, não sei se dá para notar a diferença entre os dois casos.
        Se você agora publicar um novo artigo a dizer que Vénus é igual à Terra (só porque tem o mesmo tamanho), então aí percebo que para você existem diferenças no tratamento dos dois casos.
        Mas se você defender que Vénus (que tem basicamente o mesmo tamanho da Terra) é bastante diferente da Terra, então aí, qualquer argumento seu sobre “diferenças entre os dois casos”, cai por terra e você é apanhado na sua própria argumentação. É que se você defende que Vénus é diferente da Terra, então esse novo planeta vai ser certamente ainda mais diferente, e o seu título torna-se assim um enorme erro.

        abraços

      3. Sabe, esta nossa discussão teve uma vantagem: dá para perceber muito bem e de forma simples qual foi a descoberta.

        Os investigadores e a própria NASA dizem: o nosso objetivo com estas pesquisas é um dia encontrarmos um planeta como a Terra. Ainda não o encontramos, mas temos esperança que um dia o consigamos fazer. Para já demos mais um passo nessa direção ao descobrir um planeta do tamanho da Terra na zona habitável da sua estrela. Não é ainda o objetivo de outra Terra, mas é um passo na direção certa.

        E qual foi a sua interpretação disto? “encontramos outra Terra no Universo”

        Consegue perceber as diferenças entre o que foi descoberto e o seu título enganador? 😉

        • Paulo Schaefer on 24/04/2014 at 20:37

        Caro Carlos,

        Você, como educador científico, deveria entender que a ciências se faz muitas vezes por debates, principalmente quando se explora o limite do conhecimento. Tendo formação em astrobiologia, deveria ser o primeiro a saber que muito se discute sobre formação planetária e zona de habitabilidade. Discute-se até o que seria ser vivo. Pelo seu português me parece ser de Portugal e por isso vou entender que falhou ao interpretar o texto do Salvador Nogueira, em função de diferenças entre nossas linguas. (… comentário editado…)

      4. Paulo Schaefer,

        O seu comentário foi editado por motivos óbvios: aqui não é local para insultos nem para xenofobias. Mas ainda bem que o fez, assim ficou-se a perceber quem são alguns dos “crentes fanáticos” nos textos mentirosos do referido jornalista.

        Quanto à notícia em si, ele mentiu na notícia e tornou a mentir num artigo posterior.
        Não sou eu que o digo: é o artigo científico, é o artigo original da NASA e todo e qualquer astrónomo no mundo.
        Se o Salvador Nogueira é ignorante e falta-lhe a ética jornalística para reconhecer os erros, o problema é obviamente dele, não meu.
        Se você gosta de ser enganado, o problema é seu.

        Passe bem.

        • Paulo Schaefer on 24/04/2014 at 22:18

        (… comentário editado…)

      5. Paulo Schaefer.

        O seu comentário foi todo editado, porque eu não estou para aturá-lo.

        Este é um local de conhecimento. Se não quer conhecimento, não vem cá. É simples.
        Se quer ler artigos sensacionalistas e informações mentirosas, você sabe que tem outros locais onde poderá ficar deliciado.

        Quanto aos factos (eu só falo de factos, sejam eles em inglês, chinês, português do Brasil, português de Portugal, espanhol, italiano ou o que seja):

        “Momento histórico: encontramos outra Terra no Universo”
        —- Isto é totalmente mentira.
        NÃO se encontrou uma nova Terra. O novo planeta está MUITO DISTANTE de ser uma Terra.

        Num artigo mais recente, ele tornou a mentir: “o mais próximo que chegamos até agora de encontrar uma segunda Terra no Universo.”
        — mais uma vez isto é uma completa mentira, porque ele sabe que os seus leitores nada percebem do assunto e deixam-se levar por estes sensacionalismos baseados em mentiras. Ele sabe que assim, tem mais gente acéfala a partilhar o artigo, porque lê aquilo e pensa que é verdade.

        Já agora, se você se informar, percebe que este novo planeta é considerado como estando em 17º lugar no ranking de habitabilidade de exoplanetas. Existem 16 exoplanetas com mais probabilidade de serem habitáveis e, assim, mais parecidos com a Terra.
        (e nesta lista não estão incluídos planetas do nosso sistema solar, como Marte ou Vénus, que são mais parecidos com a Terra do que estes. E no entanto, em pleno século XXI, não se anda com grandes títulos a dizer que eles são outras Terras).

        Compare esta informação, científica, dada pelos astrónomos, com as tretas que anda a ler…

        Por isso, pare de tentar defender as mentiras difundidas por alguns… aqui não admitimos essas mentiras.

        Obrigado.

        • Paulo Schaefer on 24/04/2014 at 23:39

        OK Carlos,

        Só o fato de ter editado todo meu último comentário mostra que não entendeu minha posição. Ao editar e em seguida emitir a sua opinião, sem dar a chance de quem lê, avaliar o outro lado, nos deixa em situações opostas.

        Em resumo: O título + o texto do Salvador está bastante condizente com a notícia divulgada. Da mesma forma que pessoas ingênuas te perguntaram se a foto é real posso te dizer que os ingênuos vão compreender de forma incorreta o título do Salvador. Mas lendo o texto ( argumentação que você mesmo usou para justificar a foto) estas mesmas pessoas vão entender que encontrou-se um planeta que tem similaridade em tamanho e está na zona habitável. Para quem acompanha este assunto é claro que não foi encontrada outra Terra. Nem temos equipamentos para este tipo de verificação. Dá mesma forma que pessoas que veem a foto da NASA e saem a divulgar sem ler a notícia inteira, pessoas lerão o título do Salvador e também sairão a divulgar de forma incorreta se não lerem o artigo. Mas isto não é um problema do artigo e sim de quem lê superficialmente.

      6. “Para quem acompanha este assunto é claro que não foi encontrada outra Terra. ”

        Logo, o dito jornalista mentiu ao afirmar isso.

        O dito jornalista deveria saber que, na era da internet, muita gente só lê o título. Logo, ou o título é rigoroso ou então é enganoso. O dito jornalista optou por enganar essas pessoas.
        No mínimo, deixava a pergunta. Mas não. Nem a pergunta fez, de modo a poder responder no texto. Ele *afirmou*. E por isso, mentiu.

        E já agora, esta frase dele: “o mais próximo que chegamos até agora de encontrar uma segunda Terra no Universo.”
        Não é em título. E continua a ser uma mentira.

        abraços

        • Paulo Schaefer on 25/04/2014 at 00:06

        Carlos,

        Bobagem continuar a polêmica. Sinto muito pelo fato de você se referir ao Salvador de forma pejorativa e com o intuito de desqualificar o trabalho dele. Mas ele faz um trabalho de divulgação excepcional e em nenhum momento tenta enganar as pessoas como você coloca. Acompanhando o trabalho dele ficamos sabendo de iniciativas brasileiras em astronomia e podemos nos manter informados sobre as últimas descobertas na área. Ele hoje é um dos principais divulgadores de astronomia e espaço no Brasil em um dos jornais de maior circulação do País. Nós sabemos ler e interpretar os textos e certamente não nos sentimos enganados. E uma coisa boa no Salvador é que ele nunca edita um comentário, mesmo que sejam críticas pesadas a ele. Eu posso te dizer que, acompanhando o blog dele, já debati questões bem interessantes e principalmente pude verificar como as pessoas pensam diferente quando o assunto é ciências, astronomia, física etc. É interessante como questões religiosas são abordadas constantemente quando se discute origem do universo e exoplanetas. Tudo isto graças ao trabalho brilhante do Salvador. De qualquer forma obrigado por responder às minhas questões.

      7. É-me completamente irrelevante o resto do trabalho dele. Não é disso que estou a falar.

        Neste caso da descoberta deste planeta, ele errou e mentiu.
        Além disso, demonstrou falta de ética jornalística ao não ter corrigido o erro e pedido desculpas aos leitores pelas mentiras. Pior do que isso, mesmo sabendo que era mentira, publicou mais um artigo a mentir.

        Ele fez a mesma coisa para o exoplaneta, do que se no artigo sobre eclipses lunares ele escrevesse em título: “Luas Sangrentas: Vamos morrer todos.”
        Isto era uma enorme MENTIRA, tal como foi no caso do exoplaneta.

        Ele pode fazer o que quiser com os comentários na página dele. A ética jornalística deveria ensiná-lo a reconhecer os erros e a corrigir a informação errada dada inicialmente.

        Neste artigo, ele mostrou que não respeita o conhecimento que lhe é dado pelos cientistas.
        Se ele debate questões consigo, é bom para si. Ele pode dizer o que quiser, mesmo que seja uma enorme mentira, que você vai defender esse desrespeito ao conhecimento. Ou então, nem vai notar…

        abraços

        • Paulo Schaefer on 25/04/2014 at 00:38

        ” Ele pode dizer o que quiser, mesmo que seja uma enorme mentira, que você vai defender esse desrespeito ao conhecimento.”

        Viu como você faz? Agora passa a me atacar. Primeiro, os debates não são com o Salvador mas com outros leitores. E você não deve me tratar como ignorante, sem capacidade de discernimento. Você levou para o lado pessoal e realmente não tem condição de debater caso seja contrariado.

        Até mais….

      8. Deixe-me repetir: este é um local de conhecimento.

        Este não é um local para opiniões.

        Aqui respeita-se o conhecimento. Você demonstra que prefere as mentiras. Por isso, este local não é para si.

        Se o tal jornalista dissesse em título: “Luas Sangrentas: Vamos morrer todos.”
        Você ia defender ele, mesmo sendo uma enorme mentira.

        O que ele fez, foi mentir. E você defende-o na mesma.

        A NASA diz: este planeta tem o tamanho da Terra mas NÃO é como a Terra.
        Os astrónomos dizem: este planeta é só o 17º mais parecido com a Terra. Existem 16 exoplanetas mais parecidos com a Terra do que este.
        Qualquer pessoa que leia o artigo científico percebe: este planeta NÃO é outra Terra.

        E o que afirma este jornalista?
        “Momento histórico: encontramos outra Terra no Universo”
        “o mais próximo que chegamos até agora de encontrar uma segunda Terra no Universo.”

        Se você não consegue perceber que isto são mentiras para enganar leigos e ter mais “likes”, não sei mais o que lhe diga.

        Aqui não aceitamos mentiras. Se você não respeita o conhecimento e defende as mentiras, este local não é para si.

        Novamente lhe sugiro que se gosta de ser enganado, então este local (AstroPT) não é para si.

        • Paulo Schaefer on 25/04/2014 at 01:18

        Com certeza Carlos,

        Não é para mim. Você se coloca como o grande mestre a ponto de julgar a tudo e a todos quando o assunto é astronomia. Por favor fique em paz com todo seu conhecimento. Mas eu vou ficar com alguém que faz um trabalho excepcional aqui no Brasil.

        O Salvador não tem toda esta sua soberba (este será editado) e por isso consegue transmitir a informação desde leigos a pessoas da área. Quando não concordamos com ele, existe um debate, e ele corrige sim a informação quando existe alguma imprecisão.

        Mas OK. O blog é seu e você posta o que bem entende.

      9. Não há qualquer julgamento de pessoas. Se você não sabe ler, problema seu.
        O que existe sim é uma AVALIAÇÃO DA INFORMAÇÃO. E o que nos diz essa avaliação? Que a informação que o Salvador transmitiu é ERRADA e uma MENTIRA.
        Qualquer pessoa pode provar isso, lendo o artigo da NASA, o artigo científico, e o que os astrónomos dizem.

        Como se prova por este caso, ele não só não corrige a informação mentirosa, como ainda escreve artigos subsequentes – já sabendo que é mentira – e escreve mentiras novamente. Basta ler os 2 artigos dele para chegar a essa conclusão.

        Se a NASA tivesse por sistema processar as pessoas que escrevessem mentiras sobre as suas descobertas, pode ter a certeza que a Folha, e o Salvador, seriam notificados.

        Se você cegamente segue alguém que trata a informação tão mal, o problema é seu.
        Muito mal anda o Brasil quando o “trabalho excepcional” é transmitir informações erradas a leigos, que gostam de ser enganados. Não se está na presença de jornalismo científico. Está-se sim na presença de uma seita religiosa.

        Se para si, “soberba” é dar-lhe a informação correta sobre o assunto, só me faz ter pena de si.

        Repito: se gosta de ser enganado, o AstroPT não é para si.

        • Paulo Schaefer on 25/04/2014 at 13:00

        Carlos,

        Só para concluir.

        Quando você classifica o blog do Salvador como seita, (… comentário editado…)

      10. Paulo, este é o último comentário que lhe aprovo aqui. Tudo o resto vai para SPAM. Já o aturei mais do que devia.

        Eu não classifiquei o blog dele como seita. Eu classifico a atitude do Paulo como alguém que pertence a uma seita de adoração de jornalistas que escrevem falsidades (e toda e qualquer outra pessoa que leia o blog dele e que tenha a mesma atitude, está obviamente na mesma seita religiosa de carneiros).

        Quanto ao resto do comentário editei-o, porque novamente não aceito argumentos pessoais.
        Nada disto é sobre mim. Quando você vira isto para mim, erra redondamente (eu nunca lhe disse para você ler o que eu digo, nunca lhe disse para acreditar em mim porque tenho licenciatura em astronomia, nunca lhe disse que eu é que sei porque tenho um doutoramento).

        O que eu lhe disse sempre é que o que o jornalista diz está em contradição com o que dizem o artigo científico, o artigo da NASA, os investigadores e os cientistas.

        O artigo científico diz X, o artigo da NASA diz X, os investigadores dizem X, os astrónomos dizem X.
        O referido jornalista errou ao dizer Y e continua a defender esse erro. A atitude dele é ridícula, de uma prepotência incrível, de quem acha que sabe mais que todos os astrónomos do mundo (incluindo aqueles que fizeram a descoberta e escreveram o artigo científico sobre isso).

        Veja lá que a prepotência dele vai ao ponto de, para defender o seu erro, agora até sabe mais que todos os cientistas que trabalham para o PHL:
        http://phl.upr.edu/contact
        Ele sabe mais que toda a gente! É uma atitude de quem não tem qualquer noção do ridículo.
        E tudo isto porque é incapaz de reconhecer um erro…

        Exemplo: os investigadores matemáticos publicam um artigo mostrando explicitamente que 2 + 2 = 4.
        Já o referido jornalista coloca em grande título (e depois no corpo do texto) que os cientistas da NASA descobriram que 2 + 2 = 7.
        Isto é uma enorme mentira do artigo jornalístico, porque está em total e completo desacordo com o que os investigadores dizem.
        E que faz o referido jornalista? Defende o seu erro, argumentando que sabe mais que todos os matemáticos do mundo porque, segundo ele, “definir o que é o 1 ou o 2 ou o 4, é muito relativo, por isso pode ser 7”. Ele e os pseudos, estão claramente contra os cientistas que lhe dão a informação.

        O total desrespeito que ele demonstra pelo conhecimento e pelos cientistas alia-se à falta de ética jornalística (de não corrigir os seus erros) e a uma atitude acriançada de quando é apanhado a mentir sobre algo, aponta para tudo e todos: ou sou eu que não sei ler o português do Brasil, ou são os cientistas do PHL que não sabem o que fazem, ou são os investigadores que não souberam dizer o que ele diz. Enfim… tal como nas crianças, a culpa, para ele, é sempre dos outros. Só porque ele não quer admitir que errou e mentiu aos seus leitores.

        Nos dias de hoje, você pode ler o artigo científico e saber onde está a verdade.
        Nos dias de hoje, você pode ler o artigo original da NASA e saber onde está a verdade.
        Nos dias de hoje, você pode falar com os investigadores e saber onde está a verdade.
        Nos dias de hoje, você pode falar com os astrónomos e saber onde está a verdade.
        Em vez disso, você prefere discutir com astrónomos (também achando que sabe mais que eles) e defender os jornalistas que lhe dão informações falsas.

        Na era da informação, a ignorância é uma escolha.
        Este é um local de conhecimento. Claramente, conhecimento é algo que você optou por não ter. Fique bem com a sua escolha.

  18. Pronto. Já posso esquecer minha aposentadoria num planeta distante. 🙁

    1. 😛

  19. Boa noite Carlos Oliveira

    Obrigado pelo esclarecimento. Li a notícia no JN, fiquei a pensar se já haveria por aqui uma “revisão” sobre a matéria, claro que não me enganei ;-).

    Obrigado.

    Abraço

    1. 😀

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