Vida Inteligente no Universo

Conheci o Peter Ulmschneider recentemente. É um investigador alemão ligado ao estudo da astrofísica solar, mas que tem interesses na área da astrobiologia. Tem um livro publicado nessa área já com duas edições: o Intelligent life in the universe. Principles and Requirements behind its Emergence. O livro pode ser visto parcialmente aqui. Achei o livro interessante daí a minha referência a esta obra. Está igualmente disponível no Daily Motion uma palestra do Peter Ulmschneider em Maio de 2009 sobre este tema.


Prof. Peter Ulmschneider – Intelligent Life in the Universe?
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12 comentários

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  1. liebertonline.comEi..

    Bem já vi o tema explorado noutro paper: http://www.liebertonline.com/doi/abs/10.1089/ast.2009.0374

    2.2. The role of radiation and particle-induced stress
    on the evolution of life

    A further question regarding the evolution of life on
    planetary surfaces is whether different UV radiation qualities
    can be responsible for evolutionary processes, like on early
    Earth, when an oxygen- and ozone-free atmosphere was
    transparent for UV radiation at wavelengths>200 nm. This
    energetic UVC-range (200–280 nm), which is efficiently ab-
    sorbed by a multitude of organic molecules, may have af-
    fected the earliest stages of prebiotic evolution and thereby
    led to organic complexity. Some products may have had
    prebiological significance (e.g., Sagan and Khare, 1971;
    Mulkidjanian et al., 2003; Fekete et al., 2004; Ronto et al.,
    2004).
    Once biochemical scaffolding began to emerge from the
    more random building blocks of chemistry, most macro-
    molecules would have had well-defined structure-function
    relationships. Disruption of structure by radiation invariably
    results in a critical disruption of function in any well-defined
    biochemical scaffolding.

    Higher UV fluxes than on Earth, such as those experienced
    on planets of F-type stars (Kasting et al., 1997; Cockell, 1999;
    Segura et al., 2003), may have the potential to drive higher rates of mutation and thus
    produce a faster tempo of evolution.

    Given the potential damage caused by UV radiation, however, it is clear that the overwhelming selection pressure is probably more toward protecting from UV radiation to
    avoid increased rates of mutation.

    Portanto, a radiação UV pode ter potencial para acelarar a evolução..mas parece que a vida não gosta muito disso, eh, eh…

  2. É normal que os paid reprints demorem.

    Os meus também demoraram um bocado.

    É normal.

  3. Já falei com o autor e olha a resposta…

    The Editor, ASP did not agree to prepare pdf of his book. I have ordered paid reprints and I am waiting, You will get one! …..eh, eh, eh…portanto, é capaz de também não ter chegado aí…

  4. ahhhhhh

    pensei ke estivesses a falar doutro.

    eu vou tentar arranjá-lo pela universidade…

    depois eu deixo-te dar uma olhada 🙂 ehehehehe 🙂

  5. Ei

    O artigo do Zbigniew Pawe é um dos teus links, o último, eh, eh…

  6. Zé,

    "O problema da radiação altamente energética na questão da habitabilidade planetária só tem relevância se tiveres vida a formar-se à superfície, pois radiação energética pode facilmente desagregar moléculas orgânicas."

    <— isto foi o que eu disse quando até referi as estrelas massivas.

    "Mas em mundos com porções de água consideráveis (o caso da Terra) isso acaba por ser pouco relevante para o caso da vida, pois a partir de uma certa profundidade oceânica, a radiação não penetra…"

    <— precisamente. Daí que não entendo a obsessão pela radiação.

    "O caso que eu refiro é mais a emanação de plasmas solares ou solares ou de partículas energéticas que podem degradar a atmosfera de um planeta alterando as condições de habitabilidade desse planeta…"

    <— mas porque não pensar numa nova fonte de energia para vida realmente extrema?

    Onde está o outro artigo? Em que journal?

  7. springerlink.comOlá Carlos

    O problema da radiação altamente energética na questão da habitabilidade planetária só tem relevância se tiveres vida a formar-se à superfície, pois radiação energética pode facilmente desagregar moléculas orgânicas. Mas em mundos com porções de água consideráveis (o caso da Terra) isso acaba por ser pouco relevante para o caso da vida, pois a partir de uma certa profundidade oceânica, a radiação não penetra…mas enfim não tenho um review recente sobre isso…

    O caso que eu refiro é mais a emanação de plasmas solares ou solares ou de partículas energéticas que podem degradar a atmosfera de um planeta alterando as condições de habitabilidade desse planeta….

    Podes ver o paper do Lammer et al. (2009) que a partir da pág. 200 desenvolve o tema de forma bem actualizada.

    http://www.springerlink.com/content/1442151wv3pr0

    O artigo do Zbigniew Pawe…parece ser muito interessante já o pedi a ele para dar uma vista de olhos…

  8. springerlink.comspringerlink.comsciencedirect.comZé,

    Concordo com tudo o que dizes.

    Só vou comentar sobre a radiação.

    Acho que é uma extraordinária limitação mental de vários astrobiólogos (e de muitas outras pessoas, claro), só verem a radiação como algo negativo.

    A natureza prova-nos diariamente que consegue "dar a volta" a potenciais problemas, tornando-os oportunidades.

    Sabemos de vida na Terra que utiliza a radiação a seu favor.

    Então porque não pensar na radiação como uma possível nova fonte de energia para a origem da vida e subsequente evolução?

    Eu sei que alta energia faz com os elementos constituintes não consigam estar juntos.

    Vê-se isso até nas temperaturas extremas de estrelas massivas.

    Mas, fora isso, não me choca que a vida possa ter começado por tornar um problema numa oportunidade.

    Já agora:
    http://www.springerlink.com/content/x420453vl4126http://www.springerlink.com/content/k456p38q41367http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleU

  9. Carlos

    Uma avaliação minha sobre a palestra…

    A ideia de que devem existir muitas civilizações extraterrestres é forçada, os argumentos que apresenta, biológico e astronómico não são suficientes para justificar isso.

    A vida é sensível à radiação solar é também um exagero…nem toda a vida é sensível a isso…

    O problema das marés e da travagem gravitacional é uma limitação na habitabilidade planetária tem razão nisso…

    O problema da longevidade estelar é também uma limitação para o desenvolvimento de vida complexa também tem razão nisso, embora não seja muito claro a que a vida se refere…

    Fala bem da formação estelar, afinal é a área dele….

    Tem piada falar da equação do Drake com ele (o Drake) na assistência…

    A solução que encontrou com equação de Drake para o nº de planetas habitáveis é obviamente discutível.

    Não era preciso o meteorito do Casaquistão para saber a idade da Terra, desde 1953, que se sabe a idade da Terra e não foi com o meteorito do Casaquistão..

    O facto da Lua estar 10 vezes mais perto na origem da vida não teve influência que se conheça.

    Dizer que o velociraptor era muito inteligente é pura especulação…

    Dizer que é quase certo que inteligência extraterrestre existe é também pura especulação…

    Quanto à parte final foi no gozo…não tava a falar a sério…

    Sobre as limitações que deu para a vida no início de que falas…ele não fala bem de limitações fala do ambiente inicial…portanto, não é muito claro nessa parte da palestra…fala da Lua, mas não se percebe porque está lá a Lua??? Quanto ao bombardeamento de meteoritos e de radiação (ou melhor dizendo de plasmas de origem solar/estelar) são de facto factores limitativos da habitabilidade no início da Terra, embora ele não diga isso claramente, nem faça as devidas conexões a esse nível…mas havia muitos mais de que não fala na palestra…

    Quanto aos problemas de lógico que apontas de facto existem…a palestra é confusa nisso do SETI e nas comparações que faz…

    Como eu disse no post é um tipo da astrofísica solar a falar de astrobiologia e embora tenha escrito um livro sobre vida inteligente no Universo..não é um especialista no assunto…

  10. Olá,

    Quanto ao livros tamos em sintonia. Dizes o que eu disse 🙂

    Em relação à palestra, eu percebo o que ele quer dizer. Mas ele diz de forma errada.

    Ele quer dizer que existem nessas partes condições mais extremas.

    Só que "condições extremas" é sempre uma definição com base nos humanos e na vida que conhecemos melhor.

    O extremo para uns é o paraíso para outros. Já não sei quem disse isto mas é a verdade 🙂

    Alguém sabe de quem é esta quote fabulosa?

  11. Olá Carlos

    O livro não é propriamente de divulgação..é uma coisa um pouco mais avançada…

    Em relação a palestra, ainda só vi um bocadinho….essa parte dos voids, no deserto e no Ártico são obviamente um erro qualquer…ou então uma confusão entre vida simples e complexa…mas vou-lhe perguntar isso..a ver o que diz…

  12. arcodiv.orgEm termos de divulgação, não gosto do livro.

    Porque acho-o com muita mais substância e mais complexo em termos científicos. Por isso, se fôr para "alunos" mais avançados, então é muito bom.

    Obrigado por colocares a palestra aqui!!!

    Vê-se o Frank Drake a sentar-se na assistência à frente!

    Gostei quando ele começou pelos deuses. Eu faço o mesmo na minha aula 😉

    Ele diz que há regiões "almost devoid of life"?

    LOLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL

    mais um que não sabe as diferenças entre vida simples e complexa… ou complexa e complexa…

    a vida está por todo o lado. Incluindo no ártico.
    http://www.arcodiv.org/
    Logo, tudo o que ele diz a seguir, não faz sentido. por exemplo sobre a radiação. E logo a seguir sobre a zona habitável.

    vem tudo a partir de um erro.

    Então ele diz que a vida inicial era completamente diferente da nossa, mas depois as limitações ke dá é para a vida tal como conhece agora?

    Diz ke a vida passou a maior parte do tempo na água. mas as limitações ke dá é para vida em terra. Quando fala de radiação, bombardeamento, etc…

    A parte de quanto demora a haver inteligência é também extremamente antropocêntrica.

    Continuamos com um geocentrismo incompreensível.

    A Terra continua a ser especial na mente de muita gente…

    Concordo com ele de que os ETs serão MUITO diferentes de nós e que os ETs na FC são ridículos.

    Concordo que eles poderão ser imortais!

    "free-choice of their body"? São shape-shifters?

    Então a razão para o SETI não ter encontrado aliens é por eles estarem longe???

    Então os aliens são imortais mas não conseguem mandar mensagens rápidas?

    Então ele diz que os aliens podem visitar-nos porque são imortais, mas não podem mandar mensagens pró SETI porque estão longe????

    Parece-me mais um paradoxo dele.

    Além disso, antes disse que seremos tão diferentes prós aliens, como os primeiros seres unicelulares de há 4 mil milhões de anos são para nós, mas não consegue perceber que é por isso (diferença na ciência, atitudes, evolução, tecnologia) que o SETI dá resultados negativos???

    Enfim… tem vários problemas de lógica.

    Ele conclui dizendo que seres extraterrestres inteligentes existem e até nos estão a vigiar!

    E até diz que eles estarão aqui na Terra!

    E diz que estão cá para nos salvar do Bin Laden e de outros…

    Ou seja, vêm os anjos do céu…

    É exatamente a mesma coisa que dizia o George Adamski, que dizia que tinha ouvido um concerto de música de ETs loiros e altos que eram de Vénus…

    Enfim… antropocentrismo/geocentrismo e religiosidade não faltam.

    De resto, acho o livro melhor do que a palestra 🙂

    Mas ambos sofrem do mesmo problema de não compreender as diferenças entre vida e "vida que ele conhece".

    😉

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