SCIENCE EXCHANGE: “E-Bay para Cientistas”

E se quisesse fazer uma experiência e não tivesse condições no seu laboratório?

Esta situação é mais do que comum para a maioria dos investigadores, em todas as áreas do conhecimento. Na Astronomia, por exemplo, é muito comum o uso do sistema de aluguer de tempo de uso de telescópios (rent a telescope – veja-se o site do SPACE).

Nas ciências biológicas, com as quais estou mais familiarizada, a prática mais comum é a busca de parcerias, de colaborações, para poder levar uma ideia experimental a bom termo. Mais recentemente, o uso dos serviços de apoio à investigação existentes nalgumas universidades também têm vindo a ajudar, por vezes. Mas, nalguns casos, o investigador vê-se perante uma situação em que necessita de um ensaio ou análise que não tem possibilidade de fazer e que necessita com urgência, não tendo tempo para procurar novas parcerias.

Na semana passada, surgiu na California uma nova solução para esta problemática: a Nature chama-lhe o “e-bay para a ciência”! Mas, na verdade, chama-se Science Exchange e é um novo website que funciona como um marketplace para experiências científicas.

De forma resumida, é assim que funciona: um investigador coloca no site uma proposta de projeto que está interessado em concretizar (post); outros utilizadores (investigadores ou instituições) que tenham capacidade laboratorial para o fazer ou que queiram rentabilizar o seu equipamento podem licitar, propondo um valor por esse serviço (bid); depois de aceitar a licitação, o investigador pode ir seguindo o seu projeto através do site (tracking). Realmente, o processo de funcionamento não é muito diferente do E-Bay.

Como referiu a co-fundadora Elizabeth Iorns à Nature, “o objetivo do site é tornar a investigação científica mais eficiente, facilitando o acesso dos investigadores à competência técnica e a instalações subutilizadas”. A própria Elizabeth deparou-se com esta problemática enquanto investigadora na área do cancro de mama na Universidade de Miami (Florida, EUA).

Desde o seu lançamento (e fase de testes) já existem quase mil cientistas a utilizar o site e está acessível a investigadores de qualquer parte do mundo!

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