Paisagem mercuriana: o horizonte de Van Eyck

Visão oblíqua de parte da formação de Van Eyck, uma região adjacente à bacia de Caloris. Mosaico construído com uma sequência de 9 imagens obtidas pela sonda MESSENGER a 03 de Junho de 2011.
Crédito: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington.

A equipa do missão MESSENGER divulgou ontem este espectacular mosaico que retrata uma visão oblíqua da superfície de Mercúrio. Obtido pela combinação de 9 imagens sequenciais, o mosaico mostra uma perspectiva invulgar de parte da formação de Van Eyck, uma extensa região formada pelo ejecta da bacia de Caloris.

Correlação entre a visão oblíqua e uma visão perpendicular sobre a mesma região. Estão indicadas cinco crateras facilmente identificáveis na visão oblíqua, bem como a direcção para onde estava voltada a câmara da sonda MESSENGER quando obteve as imagens que constituem o mosaico. Na visão perpendicular é possível observar ainda parte da bacia de Van Eyck, uma depressão com cerca de 270 km situada a leste de Caloris.
Crédito: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington.

A formação de Van Eyck é a mais proeminente de todas as unidades estratigráficas que rodeiam a bacia de Caloris. Distinguem-se em Van Eyck duas subunidades estreitamente relacionadas: crateras secundárias ao impacto que esculpiu Caloris; e lineações radiais que se prolongam desde Caloris Montes a locais mais periféricos situados até 1.000 km de distância. No mosaico de cima são visíveis algumas destas lineações a rasgar as planícies vulcânicas que caracterizam a região. A visão perpendicular desta região denuncia a presença nestas planícies de “crateras fantasma”, antigas crateras de impacto preenchidas por copiosos volumes de lava solidificada.

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