Vejam com binóculos uma Nova em Golfinho

Koichi Itagaki, um astrónomo amador do Japão, descobriu uma Nova com uma magnitude 6.8 (ou seja, pode ser vista com binóculos) na constelação Delphinus mais precisamente no local 20h 23m 30.68s +20° 46′ 03.7″ (vejam a localização da Nova Del 2013 nas próximas imagens)


Uma Nova acontece quando uma estrela anã branca num sistema binário (de duas estrelas) retira gás (hidrogénio) da sua companheira. Esse gás após orbitar a anã branca “cai” para a sua superfície como se fosse a queda de enormes bombas termonucleares. Ao acontecer isso, vemos as “explosões” como uma Nova (parece que uma estrela apareceu num sítio onde aparentemente não existia a estrela). Uma Nova pode crescer rapidamente em brilho, no equivalente entre 50 mil a 100 mil o brilho do Sol.
Isto não é uma supernova, onde o núcleo da estrela implode com muito maior potência. No caso das Nova, as estrelas sobrevivem, e quiçá entrarão em Nova novamente anos mais tarde (por “anos” entenda-se, dezenas de anos, centenas de anos, milhares de anos, dezenas de milhares de anos, etc).
Leiam mais sobre esta novidade que podem ver nos céus, aqui e aqui.

Modelo da formação de uma Nova. Uma estrela anã branca atrai matéria da sua companheira gigante vermelha.
Esse material rodeia a anã branca, até cair para a “superfície” da anã branca onde explode violentamente.
Crédito: NASA/CXC/M. Weiss
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Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
4 comentários
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Se eu estivesse, hoje, a entrar na Universidade, sem dúvida que escolheria um curso de Astronomia.
Um abraço.
Força um refresh completo da página Ctrl+F5, para ignorar definições que estejam em cache de CSS, etc…
Está impossível ler neste novo layout. Uso Chrome …
Author
Nós não temos um novo layout… já tentou o Firefox, IE… ou então apagar a cache do Chrome?
abraços