Tay desmascara o estado do discurso na internet

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Tay é um chatbot criado pela Microsoft. Basicamente, é um programinha de conversação automática que se faz passar por um qualquer humano nas redes sociais, mas na verdade era somente um programa de computador.
Tay é sofisticado: foi criado com o objectivo de aprender como as pessoas falavam nas redes sociais e depois ele próprio (o programa) aplicar essa aprendizagem nas suas próprias palavras que dissemina pelas redes sociais.

E o que aconteceu?
A experiência foi um sucesso! Tay aprendeu a falar como os utilizadores mais profícuos das redes sociais. E por isso em somente 24 horas passou a publicar insultos racistas, defesas de conspirações, promoção de genocídios, entre várias outras ofensas à moral humana.

Tal como dizia Umberto Eco: as redes sociais deram voz aos imbecis.

2 comentários

  1. Na índia foi feito o mesmo experimento e deu tudo certo.

    Portanto podemos notar que há mais falhas culturais mesmo do que de software.

    Inclusive poderíamos utiliza-la para obter um índice de imbecilidade de preconceito por cultura.

    • Dinis Ribeiro on 31/03/2016 at 09:26
    • Responder

    Meditando sobre a expressão “ofensas à moral humana”…

    Lembro-me deste recente filme (Ex Machina) que venceu o Óscar 2016 na categoria de efeitos visuais:

    …convence o piloto de helicóptero que veio buscar Caleb a levá-la no lugar dele, e foge, misturando-se à sociedade dos seres humanos…

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Ex_Machina_(filme) / https://en.wikipedia.org/wiki/Ex_Machina_(film) / http://www.imdb.com/title/tt0470752/

    Já agora, valerá talvez a pena (re)ver estes links:

    Deus ex machina é uma expressão latina com origens gregas.
    As tragédias de Eurípides eram notórias no uso deste recurso.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Deus_ex_machina

    https://en.wikipedia.org/wiki/Deus_ex_machina

    The term has evolved to mean a plot device whereby a seemingly unsolvable problem is suddenly and abruptly resolved by the inspired and unexpected intervention of some new event, character, ability or object. Depending on how it is done, it can be intended to move the story forward when the writer has “painted himself into a corner” and sees no other way out, to surprise the audience, to bring the tale to a happy ending, or as a comedic device.

    The term was coined from the conventions of Greek tragedy, where a machine is used to bring actors playing gods onto the stage.

    The machine could be either a crane (mechane) used to lower actors from above or a riser that brought actors up through a trapdoor. Preparation to pick up the actors was done behind the skene.

    The idea was introduced by Aeschylus and was used often to resolve the conflict and conclude the drama. Although the device is associated mostly with Greek tragedy, it also appeared in comedies.

    Sugiro também: https://en.wikipedia.org/wiki/Mechane & https://en.wikipedia.org/wiki/Machine

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