Girino Cósmico

LEDA 36252, o girino cósmico. Créditos: NASA, ESA, and D. Elmegreen (Vassar College), B. Elmegreen (IBM’s Thomas J. Watson Research Center), J. Almeida, C. Munoz-Tunon, and M. Filho (Instituto de Astrofisica de Canarias), J. Mendez-Abreu (University of St. Andrews), J. Gallagher (University of Wisconsin-Madison), M. Rafelski (NASA Goddard Space Flight Center), and D. Ceverino (Center for Astronomy at Heidelberg University)

LEDA 36252, o girino cósmico.
Créditos: NASA, ESA, and D. Elmegreen (Vassar College), B. Elmegreen (IBM’s Thomas J. Watson Research Center), J. Almeida, C. Munoz-Tunon, and M. Filho (Instituto de Astrofisica de Canarias), J. Mendez-Abreu (University of St. Andrews), J. Gallagher (University of Wisconsin-Madison), M. Rafelski (NASA Goddard Space Flight Center), and D. Ceverino (Center for Astronomy at Heidelberg University)

Esta imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble mostra um girino cósmico, com a sua cabeça brilhante e uma cauda alongada, nadando na piscina escura do espaço.

Na verdade, é uma rara galáxia anã denominada LEDA 36252, também conhecida como Kiso 5639, que se encontra a cerca de 82 milhões de anos-luz de distância da Terra.

Galáxias com esta configuração (parecidas com girinos) são raras no Universo local – em 10000 galáxias, somente 20 têm esta configuração.
No entanto, eram mais abundantes quando o universo era jovem. Observações do Universo primordial feitas pelo Ultra Deep Field do Telescópio Hubble mostram que cerca de 10% das galáxias são assim, “girinos”.

Este tipo de galáxias são laboratórios cósmicos para os astrónomos entenderem melhor a acreção de gás, a violenta formação estelar, e a formação de aglomerados estelares globulares.

As estrelas nestas galáxias são muito antigas, sendo assim “fósseis vivos” do Universo primordial, do tempo em que estas galáxias se formaram.

Estas galáxias são provavelmente estágios pelos quais as galáxias têm que passar enquanto se formam/crescem. A nossa Via Láctea terá sido assim há vários milhares de milhões de anos.

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No entanto, esta galáxia em particular, LEDA 36252, tem uma surpreendente quantidade de jovens estrelas na sua “cabeça”, com uma massa equivalente a 10 mil sóis. Estas estrelas praticamente não têm outros elementos, além de hidrogénio e hélio. Isso quer dizer que “recentemente” esta galáxia sofreu um violento surto de formação estelar, mas o gás utilizado foi gás existente no espaço intergaláctico que “choveu” sobre a galáxia.

A “cauda” também tem aspetos surpreendentes, com estrelas azuis (jovens) e pelo menos quatro regiões de formação de estrelas (anteriores à da cabeça).

Sem surpresa, devido às estrelas massivas, a galáxia mostra evidências de fortes ventos estelares e explosões de supernovas. Estas supernovas criaram “cavidades” quer na cabeça quer noutras partes do “girino”.

Fontes: Space Telescope, Hubblesite

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