Cubo

Recentemente, vi novamente este filme: Cubo.
Noto agora que é um filme datado, de 1997, com pouca ação e um diálogo medíocre.

No entanto, quando saiu, adorei o filme. Ficou um dos meus filmes de eleição.
E não só a mim, já que se tornou um filme de culto para muita gente.

No filme, percebemos que 7 pessoas com diferentes aptidões e personalidades acordam numa prisão singular: um interminável labirinto de divisões em cubo, onde em muitas divisões existem armadilhas mortais.
Eles vão ter que navegar pelas divisões, para ver se saem ilesos deste labirinto prisional.

O filme começa muito bem, logo com uma das pessoas a morrer numa dessas divisões com armadilha mortal.
Depois, os outros unem-se de modo a conseguirem desvendar o quebra-cabeças das divisões, e tentarem chegar à saída. Facto interessante: a solução está na matemática.
Obviamente, um a um, vão morrendo todos, não só porque caem em divisões com armadilhas, mas também pela paranoia que se vai apoderando deles.

No final, só um sobrevive: o homem autista.

Como referi no início, gostei bastante deste filme.
O conceito foi muito interessante. As armadilhas estavam muito bem desenhadas. A paranoia foi muito explorada. A claustrofobia também. E a solução matemática é a cereja no topo do bolo.

Sobretudo, achei a história bastante criativa, apesar de ter deixado muitas perguntas por esclarecer.

Em 2002, saiu a sequela: Hipercubo.

A história é basicamente a mesma, desta vez com 10 personagens, sendo que as salas parecem mais modernas e estão muito melhor iluminadas.
As armadilhas também são mais modernas, sendo que por vezes a gravidade está “virada do avesso” (fantástico!).

O melhor da sequela é introduzir a dimensão de tempo: mover-se entre salas quer dizer viajar no tempo: pode estar-se a ir para o passado ou para o futuro. Até se pode ver realidades alternativas.
Numa das salas, o tempo anda mais depressa, fazendo com que as pessoas envelheçam rapidamente e morram.
Esta distorção no espaço-tempo é a novidade deliciosa deste filme.

No final, novamente, uma das personagens consegue escapar do Cubo.
Mas é morta pelos construtores do cubo… e continuam várias perguntas sem resposta.

Apesar de achar que este filme é mais confuso que o primeiro – devido sobretudo a “brincarem” com o espaço-tempo -, continuei a gostar bastante deste filme.

Em 2004 saiu mais uma sequela, que na verdade é uma prequela: Cubo Zero.

Mais uma vez, um grupo de pessoas encontra-se preso num cubo com muitas salas e, aparentemente, sem saída. Várias salas têm armadilhas, e as pessoas vão morrendo ao longo do filme nas diversas salas.

A grande diferença nesta prequela é que, além das cenas dos prisioneiros dentro do cubo, também se veem os operadores do cubo que vigiam o que se passa dentro do cubo.
Algumas perguntas são respondidas devido a isto, mas outras perguntas são levantadas e para as quais não existem respostas…

Não gostei tanto deste filme, apesar da fabulosa cena inicial.
Preferia ter ficado sem respostas do que ter respostas parciais e demasiado religiosas (com perguntas sobre crenças em Deus).

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