Crédito: M. Weiss / CfA
Atualmente, temos naves/sondas, como as Voyager, que demoram dezenas de milhares de anos a chegar às estrelas mais próximas.
Mas imaginemos que desenvolvemos naves/sondas movidas a vela solar. Devagar e gradualmente, chegamos a velocidades enormíssimas. Em teoria, com um simples laser, poderíamos mover a nave ao ponto de chegarmos às estrelas mais próximas em menos de 100 anos.
Mas há, pelo menos, 3 grandes problemas com esta ideia:
– o espaço tem muitas partículas. Cada vez que uma dessas partículas, a grande velocidade, colidisse com a vela, faria um buraco nessa mesma vela. Ao fim de algum tempo, a vela pareceria um queijo suíço.
– não existe um mecanismo de desaceleração, travagem. Mesmo quando chegasse ao destino, ao planeta que quisesse estudar, continuaria a mover-se incrivelmente rápido. Não seria possível colocar a sonda em órbita de um planeta e estudar o planeta durante algum tempo.
– se apontássemos para passar perto do planeta, estando o planeta tão longe e noutro sistema planetário, as incertezas são imensas. O cone de incerteza da trajetória que existe sempre, num planeta tão longe, incluiria certamente o próprio planeta. Seria bem possível que, em vez de passar perto, a sonda colidisse com o planeta.
Neste caso, da colisão com o planeta, o que aconteceria?
À enormíssima velocidade da sonda, ela levaria milésimos de segundo para passar pela atmosfera do planeta.
Mesmo que a massa da sonda fosse pequena, à velocidade que iria, isso equivale a uma enorme bomba a colidir com o planeta. Supondo, idealmente, que a nossa sonda é muito pequena, mesmo isso daria um enorme estrondo na superfície e partiria algumas coisas.
Agora imaginem que esse planeta tem vida. E que essa vida é minimamente inteligente, como os seres humanos.
O que eles pensariam?
Obviamente, pensariam que estavam a ser atacados por uma outra civilização avançada.
Afinal, viam a sonda e perceberiam que não tinha sido construída de forma natural, mas sim que uma civilização avançada a construiu.
E, após a construir, enviou-a intencionalmente para o alvo: o seu planeta.
Ou seja, eles ficariam a saber que existem outras civilizações avançadas no Universo.
E assumiriam que a civilização que enviou a sonda tem intenções maléficas.
Conclusão: sem querer, de forma acidental, estaríamos a declarar guerra a outras civilizações.
Fonte: Sci-techuniverse
8 comentários
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Mais se uma inteligência extraterrestre podesse mandar uma sonda para estudar nosso planeta …. Suponhamos que tempos depois de enviar a sonda, sua próxima visita seria para estudar o solo da terra, com estudos passado saberiam que se tratava de um planeta rico em minerios e tbm havendo vida inteligente, com isso planejaram uma aterrissagem sutil e estudar a civilização de nosso planeta! Então, como são raças superiores, rapidamente persoadiram os grandes líderes mundiais e acordaram elementos de nosso planeta em troca de tecnologia!!
Author
Não entendi.
A última parte viu em filmes de ficção científica, mas não corresponde à realidade, se eles forem muito diferentes de nós.
Quanto ao início do comentário, não entendi a ligação ao artigo…
Professor,
O acelerador de partículas pode nos ajudar a desenvolver novas tecnologias de velocidade espaço/tempo?
Author
Hadan, o que são tecnologias de velocidade espaço-tempo?
abraços
Desculpe, eu quis dizer se o acelerador de partículas não poderá nos ajudar a desenvolver meios de viajar na velocidade da luz ou até superior?
Author
Não. Esse não é o objetivo do LHC. O LHC faz investigação em física de partículas.
abraços
Estamos a considerar à partida, que nos consideramos uma civilização “avançada” em comparação com a outra do dito planeta – penso que é um bocado presunçoso. A ciência não tem dúvidas de que somos visitados por seres, que só podem navegar a velocidades superiores à velocidade da luz. Daqui, um pequeno exemplo do nosso atraso. A teoria real de que o nosso limite de velocidade está muito aquém da VL, aplica-se à matéria tal qual a conhecemos. Então e se a “matéria” desses povos tiver mesmo muito menos densidade, tipo per-espírito, “materializável” à nossa vista (a nossa percepção das partículas como observadores, altera como sabeis o seu comportamento)?
Author
“Estamos a considerar à partida, que nos consideramos uma civilização “avançada” em comparação com a outra do dito planeta” — Não. Somos avançada no sentido de poder enviar sondas para outros planetas. Os outros podem ser mais avançados que nós, que veem na mesma uma sonda/bomba a ser enviada para eles.
“A ciência não tem dúvidas de que somos visitados por seres” — isto é falso.
“aplica-se à matéria tal qual a conhecemos.” — obviamente. O resto é especulação ou vigarice.
“Então e se a “matéria” desses povos tiver mesmo muito menos densidade” — é absolutamente irrelevante. Veriam na mesma uma sonda mais densa do que a matéria deles a entrar no seu planeta e a explodir como uma enorme bomba na sua superfície.
abraços