Andron

Andron: o labirinto negro é um péssimo filme.

É um filme que tenta copiar e juntar aspetos dos filmes The Hunger Games e The Maze Runner.
Infelizmente, falha redondamente na cópia.

Ou seja, nem é original, nem sequer é um filme razoável: é mesmo mau.

No ano 2154, dez sobreviventes acordam sem qualquer memória de quem são ou porque estão ali.
Eles estão num género de labirinto, bastante escuro, bizarro, e claustrofóbico. O local parece um hospício antigo, que poderá ter fantasmas…

As pessoas vão-se encontrando e formando pequenos grupos.
E vão cooperando entre elas, ajudando-se mutuamente.

Ora, a cooperação não é o objetivo do “jogo”.

Na verdade, eles estão num jogo.
Chama-se Jogos da Redenção – The Redemption Games.
No final, só um deles pode sobreviver. O vencedor ganha a liberdade.

Como não pode existir cooperação, mas sim carnificina, com os “concorrentes” a morrerem um a um, o Game Master vai colocando coisas no jogo: objetos, memórias, combatentes androides, novas paredes, etc – tudo com o objetivo de dividir os concorrentes, matá-los ou fazer com que se matem uns aos outros.

Enquanto isso, o mundo exterior, controlado por uma elite muito rica, está todo a assistir ao jogo e a apostar em quem será o sobrevivente.

Basicamente, os “concorrentes à força” precisam lutar entre si para sobreviverem, enquanto as pessoas do mundo externo os observam e apostam no seu destino.

No final, 2 concorrentes vencem: um casal ganha a liberdade.
(até no final, o filme é idêntico ao filme Hunger Games. Afinal não é só um vencedor, mas sim um casal)

Existem algumas críticas sociais no filme que são interessantes.
Por exemplo, a elite dá circo às pessoas, entretenimento, enquanto elas vivem na pobreza extrema e são tratadas como escravas.
As últimas palavras do filme são: “Continuem a ver, escravos”. Isto claramente é uma crítica social, de que somos escravos da televisão e dos jogos de computador… e somos manipulados dessa forma pelas elites no poder.

Perto do fim, também se percebe que tudo o que eles vêem, incluindo todo o planeta, é realidade virtual, é uma ilusão. É uma ideia parecida com a do filme Matrix.

Não entendi uma coisa: a elite utiliza os Jogos da Redenção para controlar a população – controlar o número de pessoas que existe no mundo, de modo a melhor se aproveitarem os recursos disponíveis.
A população aposta no vencedor. Se os apostadores (que são basicamente escravos da elite) apostarem na pessoa certa (naquele/a que no fim será o vencedor), então o concorrente vencedor, a sua família e os apostadores ficam livres. Mas se os apostadores apostarem em alguém que morre, então tanto o concorrente como os seus apostadores morrem.
Ora, se toda a gente apostar, então a elite deixa de ter escravos: porque a maioria morre, e alguns ficam livres.
Isto não faz qualquer sentido!

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