Já escrevi este artigo sobre as várias formas de desviarmos asteróides que estejam em colisão com a Terra.
São técnicas teóricas, já que até agora, não desviamos nenhum.
Em 2022, a NASA pretende colocar uma das técnicas em prática, tentando desviar o asteróide Didymos/Dimorphos.
Agora, uma nova simulação feita pela NASA, demonstrou que, atualmente, não seria possível salvar a Europa de uma colisão de um asteróide.
O cenário hipotético mostrava um asteróide que vinha em rota de colisão com a Terra.
Quando foi, supostamente, descoberto, o asteróide ainda se encontrava a 56 milhões de quilómetros da Terra. Assim, só iria colidir com a Terra passados 6 meses.
O asteróide fictício foi chamado de 2021 PDC.
Neste cenário hipotético, os cientistas trabalharam durante vários dias seguidos.
Com o passar dos dias, os cientistas foram determinando mais detalhes: o tamanho do asteróide (150 metros), a sua trajetória e em que ponto do planeta iria colidir (entre a Alemanha, Austria, e República Checa).
No final, perceberam que dada a tecnologia atual, não seria possível evitar a colisão do asteróide na Europa.
Assim, os cientistas concluíram que 6 meses não é tempo suficiente para nos preparamos para o impacto de um asteróide.
E no entanto, existem muitos asteróides que nem sabemos que existem e outros que só os detectamos tarde demais.
Por exemplo, em Julho de 2020, tivemos o cometa 2020 F3 (NEOWISE) a dar-nos um espetáculo nos nossos céus. Esse cometa só foi descoberto 4 meses antes.
Em 2019, um asteróide que dizimaria uma cidade, chamado 2019 OK, passou perto da Terra. Ele só foi detectado alguns dias antes.
Em 2017, o asteróide 2017 AG13 passou perto da Terra. Foi descoberto 2 dias antes.
Em 2013, o meteoro de Chelyabinsk fazia certamente parte de um asteróide muito maior. Mas não o detectamos. Só soubemos deste fragmento que colidiu com a Terra, quando ele colidiu com a Terra.
Para o final, deixo a primeira página de hoje do jornal/tablóide britânico Daily Star, sobre este assunto:
6 comentários
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Boa noite! Sr. Carlos Oliveira o que tem a dizer sobre os destroços do foguetão chinês Long March 5B que está prestes a entrar na atmosfera terrestre? Acha que vai provocar danos onde cair? Será que se desintegrará ao entrar na atmosfera?
Valha-me Deus! Esta China só nos dá problemas, primeiro foi o virus Covid-19, agora isto do foguetâo, qualquer dia provoca uma guerra mundial, sem querer,…enfim!
Obrigado.
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Ainda esta noite, irei colocar informação sobre isso. Estou a tentar perceber melhor onde vai cair para colocar a informação. Mas para já não se sabe 😉
Não é só a China. Já aconteceu com os EUA. Já aconteceu com a Rússia. Pelo menos, esses lembra-me 🙂
Por vezes, acontece.
Grande parte vai-se desintegrar na atmosfera.
O que chegar à superfície, em termos probabilísticos, tendo em conta que mais de 70% da superfície do planeta é água, provavelmente vai cair na água.
Como a maior parte dessa água está no Oceano Pacífico, então poderá cair aí, como já aconteceu no passado com outros.
Mas para já ainda não se sabe exatamente onde vai cair…
Ok, Sr. Carlos Oliveira, obrigado. Aguardaremos atualização.
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As últimas atualizações:
https://www.astropt.org/2021/05/09/foguetao-chines-em-queda/
“Parar asteroide”, diz o título. Logo a seguir “NASA quer desviar asteroide”. Pela lógica a “simulação” que a NASA fez teria a ver com isto. Então por que razão é só a Europa que não se salva? Os EUA salvam-se mas a Europa não? — surgiu-me a questão na leitura.. Bom, porque li outras notícias, onde se falava em “simulacro” para como a Europa se desenrascaria se apanhasse com um asteróide em cima, percebi que Isto não tem a ver com simulações de como defender “só a Europa” de asteroides que estejam no espaço em rota de colisão só com a Europa!
O artigo ficou um bocadito baralhado. Tem cá os links todos para irmos ler e perceber o que se passa, mas gera confusão.. A capa do Daily Star está absurdamente pior… Espera lá, O Daily Star é Britânico, não é? Eles não estão na Europa, deviam safar-se do asteróide! 🙂
Author
“Parar” no sentido de “parar/evitar a colisão”.
Como já utilizei o verbo desviar nos outros artigos sobre a mesma temática, decidi alterar o verbo. 😉
O facto de ser Europa, foi que na simulação, deu que ele iria colidir na Europa, na zona entre a Alemanha, Austria e República Checa. Portugal também se safava 😛
Gostei da capa, por fazer referência a esta simulação – coisa que mais nenhum jornal fez, na capa, que eu tenha visto – e por estar o Bruce Willis do Armageddon na capa. Acho que faz sentido ele estar incluído 😛
abraço!