Micróbios com 50 mil anos?

Crédito: Alexander Van Driessche

Numa caverna com enormes cristais de gipsite nas montanhas de Naica, no México – que estiveram isolados do resto do mundo durante milénios -, cientistas/investigadores da NASA encontraram microrganismos “adormecidos”/hibernados.
Os micróbios foram encapsulados nessas formações (cristais) há potencialmente 50 mil anos (entre 10 mil anos e 50 mil anos).
Após os levarem para laboratório, os cientistas conseguiram reavivar/ressuscitar esses micróbios.

Como é que estes microorganismos abrandaram o seu metabolismo ao ponto de conseguirem se manter vivos durante dezenas de milhares de anos? Não se sabe.

Os organismos que vivem nestas condições nas cavernas são extremófilos, e realizam a quimiossíntese – a extração de energia a partir da oxidação dos minerais (ferro, manganês, cobre e enxofre) – para sobreviverem.

As condições nesta caverna são: temperatura de 60ºC e humidade de 99%.
Os Humanos têm que entrar com “fatos espaciais”, e só conseguem estar lá dentro durante alguns minutos.
Estas condições infernais são as ideais para esta “super-vida”.

Penelope Boston, que foi diretora do Instituto de Astrobiologia da NASA, disse que esta é vida que não conhecemos: estes micróbios “não são parentes próximos de nada que esteja nos bancos de dados genéticos conhecidos”. E acrescentou: os 40 tipos diferentes de micróbios e vírus são tão estranhos que são 10% diferentes dos parentes genéticos mais próximos (uma distância similar entre os Humanos e os cogumelos).

Esta descoberta demonstra, mais uma vez, como a vida se consegue adaptar e sobreviver em condições extremas.
Além disso, a vida pode sobreviver de forma dormente durante milénios.

Assim, os cientistas pensam que esta descoberta pode ajudar a descobrir vida (microbiana) noutros planetas do sistema solar.
Por exemplo, no ambiente hostil de Marte, este tipo de vida microbiana pode sobreviver em cavernas marcianas. Como estes extremófilos podem sobreviver adormecidos durante milénios, quiçá poderemos encontrar vida similar em ambientes subterrâneos semelhantes no planeta vermelho.

Fontes: Live Science, National Geographic, Phys.org, Forbes, IFLS, All That’s Interesting, VOAnews, Telegraph, Super-Interessante.

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