Gato pesado causa uma cratera?

Nesta imagem vemos uma falácia muito comum, sobretudo na argumentação negacionista sobre as vacinas.
(exemplo: “ontem tomei a vacina. Hoje estou todo queimado na cara. Conclusão: a vacina queima a cara.” – o facto de ter estado várias horas ao Sol é ignorado).
Como já explicamos por diversas vezes (exemplos: aqui, aqui, aqui), a existência de uma correlação não implica que exista causalidade.
O facto de estar um gato deitado sobre uma cratera, não quer dizer que o gato tenha provocado/causado a cratera.
Até podemos imaginar cenários, e assumi-los como verdadeiros, em como o gato provocou a cratera.
Exemplos: o gato era muito pesado e ao cair provocou a cratera OU originalmente era um dragão, que após criar a cratera se transformou em gato.
No entanto, esses cenários estão feridos de morte devido à falácia inicial: o gato não causou a cratera, apesar do gato estar sobre a cratera atualmente.
Related
Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
Últimos comentários