Japão termina com a pandemia?

Crédito: CNN Brasil

Ao contrário da cultura latina (que gosta bastante de abraços e beijinhos), a cultura asiática já tem incutida em si algum distanciamento social.
Além disso, a cultura asiática dá uma elevada atenção aos mais velhos – comparando com a cultura latina, e ainda mais com a cultura norte-americana. A cultura asiática vê os mais velhos como uma mais-valia em termos de conhecimento e experiência, e não como um “fardo”; por isso, o Japão vê a proteção dos mais velhos como algo essencial na sociedade.
Adicionalmente, desde que existiram outras pandemias nessa zona, os países asiáticos passaram a integrar a máscara facial como algo normal na sua vida quotidiana.

Além destes três factores, o Japão é conhecido pela sua população seguir as normas sociais que lhe parecem ser melhores para o grupo. Por exemplo, se não é para haver ajuntamentos, não os há.

Por fim, o Japão tem aderido às vacinas contra a COVID-19.
Desde que atingiu 70% da população vacinada, que o Japão tem decrescido imenso o número de infetados, hospitalizados e mortes por COVID-19.
Até meados de Outubro, a adesão à vacinação foi exponencial. Depois disso, estabilizou, tendo aumentado menos de 10%.

Devido a todos estes fatores, sobretudo à recente vacinação em massa, o Japão viu o seu número de mortes diárias por COVID-19 ser praticamente nulo desde meados de Outubro até agora.
(compare-se estes números atuais do Japão, com as mais de 200 mortes a 19 de Maio deste ano, quando somente 2% da população Japonesa estava vacinada)

Crédito: worldometers

8 comentários

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    • Cláudia Ramalho on 25/12/2021 at 13:13
    • Responder

    Como é óbvio não é só a astronimia que é ciência. Ninguém disse sso, e o Jonathan ao acusar-me disso não está a ser intelectualmente honesto. No entanto vinha aqui em busca de artigos sobre astronomia, era o que me fazia vir aqui. O próprio nome do site o indica “astropt”.

    Daqui a dez minutos vai ser lançado o Telescópio Espacial James Webb e nem uma nota aqui sobre isso.

    Tal como disse, respeito a opção editorial mas retirei-o dos meus favoritos. Vou passando de vez em quando e pode ser que um dia volte a ser leitora diária.

    1. Pessoalmente, também tenho direito a ter Natal 😉

      Nos próximos dias terá certamente uma notícia, estruturada e equilibrada (em vez de escrita à pressa), sobre o Telescópio Espacial James Webb.

      abraços

      • Jonathan Malavolta on 31/12/2021 at 01:47
      • Responder

      Não a acusei disso, apenas disse que alguém está precisando estudar mais um pouquinho sobre ciência e integração científica. Área alguma da Ciência se faz de forma isolada, mas em conjunto com outras áreas (isso é o que chamo de integração científica). Demorei para responder pois estava atrás de elaborar alguns exemplos práticos que me permitissem explanar da melhor forma possível:

      1. Todos sabemos da importância da Matemática, então o que seria do químico, do físico, do astrônomo e do biólogo se a Matemática não existisse (e nem existissem cientistas interessados especificamente nela)? Por exemplo, um químico tem de produzir um certo polímero. Se é à Matemática que cabe o estudo dos padrões (número é padrão, quantidade é padrão, qualidade também é padrão), como um químico produziria o polímero para a indústria na qual trabalha se não existisse a integração desta com a Matemática?

      2. “Está-se a falar de Covid neste ambiente, não de matemática”, alguém retrucaria no item 1. O mesmo químico poderia se envolver na produção de vacinas para a Covid, já que a Química também flerta com a Biologia, a Medicina, a Enfermagem e a Farmácia. E aqui a Matemática também se integra, já que é a Estatística (Matemática) que vem sendo utilizada para estudar o vírus em questão e o quão ele afeta a humanidade como um todo. Conhecer o índice de infecção (ou seja, conhecer Matemática) permitiria a um médico reconhecer os padrões da doença causada pelo vírus, padrões estes que também precisam ser conhecidos pelo químico e pelo farmacêutico para produzirem as vacinas necessárias (não só no que diz respeito à quantidade de vacinas mas também no que diz respeito à quantidade de medicamento necessária para cada dose, por variante).

      3. Em se tratando de Astronomia, foco deste blog (como você mesma lembrou), devemos levar em consideração que astrônomos (e astronautas) são seres humanos. Com uma doença dessas à solta, forçando todos a ficarem em suas casas (nem todo mundo tem telescópio em casa, tampouco plataforma de lançamento de foguetes ou base de treinamento astronáutico), faz-se necessário nossa compreensão acerca da doença e de como ela vem sendo tratada pelas autoridades e órgãos oficiais de saúde pois desse entendimento depende o retorno de tais profissionais a suas atividades de rotina, estudo e pesquisa. E para essa compreensão, é natural que os cientistas (e astrônomos são cientistas) se empenhem em tentar entender o máximo possível da Microbiologia, já que a Virologia – que estuda e entende os vírus e príons – é parte fundamental dos estudos produzidos pela Microbiologia. Sem isso, os pesquisadores da Astronomia não poderão voltar às pesquisas (impedindo produtores de conteúdo astronômico de igualmente trabalhar).

      Peço desculpas se o comentário anterior pareceu presunçoso, não foi a intenção; sou autista e por conta disso minha comunicação dá-se em um nível diferente do seu, e o mesmo pode se dizer da compreensão sobre integração científica. Espero que tenha conseguido uma explicação mais clara dessa vez, sobre a importância de artigos a respeito do Corona.

      Abraços!

      1. Só como complemento: a minha área científica é a astrobiologia, que curiosamente é uma área multidisciplinar, que inclui a biologia, e ainda mais especificamente a microbiologia.

        A vida mais provável no Universo é a microbiana…
        E os vírus poderão estar por todo o lado 😉

        O famoso astrobiólogo Chandra Wickramasinghe defende que várias pandemias virais que afetam humanos vieram do espaço (panspermia), incluindo o vírus da gripe.

        abraço!

        P.S: quando se pensa em NASA, pensa-se em astrónomos. No entanto, grande parte dos trabalhadores são engenheiros.
        Quando se pensa em astronautica, pensa-se em astronautas. No entanto, uma das áreas em maior progressão é a medicina espacial.

    • Claudia Ramalho on 21/12/2021 at 08:20
    • Responder

    Infelizmente este já não é um blog de astronomia. É agora de covid. Respeito isso, mas acabei de o retirar dos meus favoritos

    1. O blog sempre foi de vários assuntos relativos à ciência…. até porque educação científica faz-se assim, de forma multidisciplinar.

      Por vezes, a atualidade supera o resto…

      • Jonathan Malavolta on 22/12/2021 at 19:18
      • Responder

      Só astronomia é ciência? Microbiologia não?
      Só astronomia merece ser denominada ciência? Microbiologia não?
      Só astronomia afeta a vida humana? Microbiologia não?
      Alguém por aqui está precisando estudar um pouquinho mais de ciência e integração científica, e garanto que não sou eu.

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