Vida em Europa?

A revista Isto É, aqui, publicou que a NASA tinha anunciado a descoberta de vida em Europa, lua de Júpiter.

Crédito: Isto É

Nas redes sociais, isto teve alguma repercussão…
O problema é que isto é absolutamente mentira.

Então, o que levou a que fosse publicada esta treta?
Não sei se foram enganados por páginas nas redes sociais que são peritas em especulações e mentiras sobre descobertas científicas…

O raciocínio de quem escreveu este artigo foi: a sonda Juno fez mais 4 imagens de Europa, confirmando que Europa tem um oceano de água no estado líquido, no interior de Europa, por baixo da sua superfície gelada.
Então, e citando: “Aonde há água pode haver vida, isso é regra. Existe, portanto, vida microbiana nos aproximadamente três mil e cem quilômetros de diâmetro da lua Europa, principal satélite natural de Júpiter”.

E pronto, o raciocínio foi: se há água, há vida microbiana. O que obviamente é uma falácia, porque não prova coisa nenhuma: é só uma suposição, tendo por base a vida que conhecemos na Terra.

Note-se que a NASA não diz nada sobre existirem evidências de vida microbiana em Europa. Porque não existem.
Foi só uma invenção jornalística.

(não vou sequer me meter na discussão sobre qual é o “principal satélite natural de Júpiter”. Simplesmente, não sei como chegaram a essa conclusão)

Crédito: NASA / JPL / DLR

1 comentário

    • Jonathan Malavolta on 12/11/2022 at 14:16
    • Responder

    Viu a fonte? “IstoÉ”, uma revista brasileira. Brasileiro (a maioria pelo menos) adora fake news, teorias da conspiração, pseudo-ciência, charlatães auto-intitulados “pica das galáxias” e principalmente tirar conclusões precipitadas, como se quisesse encontrar pelos em ovos. Isso vale tanto para a população em geral quanto para jornalistas. E o mais irônico disso tudo é que a ABI, Associação Brasileira de Imprensa, está há décadas já (desde antes do aparecimento da Internet no mundo, aliás) implantar no nosso jornalismo a checagem de fatos ANTES de se publicar alguma coisa; porém, os proprietários dos veículos de mídia brasileiros e os responsáveis por revisar e editar notícias postos por eles (proprietários) no cargo levam em consideração não os fatos, mas o viés de confirmação de crenças das pessoas em geral (infelizmente). Sei que muitos países europeus não ficam atrás quando o assunto é mídia. Publicar fake news e notícias sensacionalistas em geral deveria ser crime em qualquer país que se queira justo.

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